Notícia na íntegra
Revitalização do Mercadão é entregue com a restauração da fachada e integração de novas tecnologias para segurança e conforto da população
Na Semana de Presentes para a Cidade de São Paulo, a população da capital e os turistas que frequentam o Mercado Municipal Paulistano, conhecido como Mercadão, passam a contar a partir desta segunda-feira (20) com um espaço totalmente remodelado após a entrega das intervenções para restauração completa da fachada e dos anexos, instalação de pilares, troca do piso, substituição de telhas, entre outras melhorias. Inaugurada em 1933, no aniversário da cidade, a área não recebia uma grande ação de requalificação há 20 anos.
Segundo o prefeito Ricardo Nunes, até o momento as intervenções contam com um investimento de R$ 45 milhões e devem ser totalmente concluídas até agosto. “Temos três motivos para celebrar: o aniversário da cidade, a comemoração da entrega do restauro do Mercadão e o sucesso dos modelos de desestatização. O Fundo Municipal de Desestatização já chegou a R$ 2 bilhões, além dos benefícios diretos e indiretos com esse modelo de gestão que chegaram a R$ 14 bilhões”, detalhou. “Antes da concessão, a gente tinha um custeio com o Mercadão de R$ 575 mil por mês, além de R$ 133 mil com o Kinjo Yamato, ou seja, R$ 708 mil por mês que a Prefeitura deixou de custear para ter uma parceria com o privado por meio da concessão”, completou Nunes exaltando o sucesso no modelo de concessão.
Coordenados pela Mercado SP SPE S.A, concessionária responsável pela administração do Mercado Municipal Paulistano, os trabalhos foram executados mediante aprovação dos projetos de restauro junto aos órgãos de preservação (Conpresp e Condephaat) e durante o processo de revitalização, cerca de 300 empregos diretos e mais de 500 empregos indiretos foram gerados. Com uma área total de 22.147 m², sendo 18.601 m² construídos, o Mercadão abriga 256 boxes, que incluem empórios, açougues, peixarias e restaurantes. Já o Mercado Kinjo Yamato, que também faz parte da concessão, conta com 109 boxes e barracas, totalizando 365 pontos de comércio entre os dois mercados. O Mercadão também oferece estacionamento com capacidade para 197 veículos.
Localizado em frente, o Mercado Kinjo Yamato ainda está em fase de restauro. Enquanto as intervenções no edifício do Mercadão já foram concluídas, as melhorias externas, incluindo estacionamentos e calçadas, receberam recentemente a aprovação dos órgãos de proteção e serão iniciadas em breve.
“A gente demorou um ano para assumir a concessão e conseguir iniciar o processo de restauro. O restauro foi uma obra muito complicada, mas muito gratificante”, apontou o CEO da Mercado SP, Aldo Bonametti. “Temos vários desafios pela frente e um deles é o calçamento em volta que vamos aumentar e deixar mais agradável, além de terminar o Kinjo Yamato até agosto”, completou Aldo destacando que cerca de R$ 90 milhões serão investidos nas obras até a conclusão dos trabalhos e que o objetivo é transformar o Mercadão na maior experiência gastronômica do mundo.
Melhorias
A restauração foi conduzida por escritórios de projeto especializados, com vasta expertise, e contou com equipes multidisciplinares que atuaram desde a elaboração dos projetos e memoriais até as aprovações junto aos órgãos de patrimônio. Cada etapa priorizou a cessação de danos, a garantia da estanqueidade das estruturas e o desenvolvimento de melhorias abrangentes, incluindo sistemas hidráulicos, elétricos, de drenagem, proteção contra descargas elétricas, revisão de coberturas, e ampliações estruturais.
Entre os destaques da revitalização estão:
- 6 mil novas telhas de vidro e 9 telhados novos, além da recuperação de outros 4;
- Substituição de madeiras e restauração completa da fachada e dos anexos;
- Manutenção e valorização dos vitrais históricos, que retratam a pecuária e agricultura paulista em dimensões e profundidades. Os cinco vitrais com cenas da vida dos colonos em seu cotidiano cultivo, colheita e criação de animais, foram criados por Conrado Sorgenicht Filho;
- Troca do piso, preservação das tampas comemorativas e implementação de acessibilidade;
- Instalação de 285 pilares e pendentes, garantindo iluminação cenográfica interna;
- Integração de novas tecnologias para segurança e conforto, proporcionando experiências culturais e gastronômicas únicas.
Turismo e segurança
Além de transformar a experiência dos comerciantes e visitantes, a revitalização impactou positivamente o turismo e a segurança no entorno. Em parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Polícia Militar, foram implementadas estratégias que reduziram significativamente as ocorrências na região. O fluxo de visitantes cresceu entre 10% e 15% ao ano desde 2021, e, em 2024, cerca de 30% a 35% do público total era composto por turistas, vindos de diversas partes do Brasil e de outros países.
“A última revitalização foi feita em 2004 e eu já percebi que toda vez que deixam o mercado mais moderno, mais lindo do jeito que ele é sempre acabam atraindo mais público, mais turistas para cidade”, explica o comerciante Marco Antônio Loureiro, 68 anos, responsável pelo Bar do Mané.
Atualmente, o Mercadão recebe, em média, 10 a 12 mil visitantes nos dias úteis e 20 a 30 mil nos finais de semana, consolidando-se como um dos principais pontos turísticos e culturais de São Paulo. A revitalização reforça o papel histórico e cultural desses mercados, devolvendo aos paulistanos e turistas o esplendor original dos dois equipamentos.
Moradora de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, a engenheira civil Elisa Lemos conta que está em São Paulo a trabalho e que não perdeu a oportunidade de conhecer o Mercadão. “Tomamos o café e, inclusive, comemos o famoso sanduiche de mortadela. Foi uma experiência bem legal. Sempre procuro conhecer o mercado público em todas as cidades grandes que vou pois isso é uma base da história das cidades”, disse.
“A cada semana passa por aqui uma quantidade de pessoas equivalente à população de uma grande cidade. Aqui é a ponta do compasso do turismo gastronômico do estado de São Paulo”, destacou o secretário estadual de Turismo e Viagens, Roberto de Lucena.
Concessão
A preservação da história e da identidade cultural dos bens tombados reflete o compromisso com a valorização do turismo e a revitalização urbana do centro de São Paulo. Adicionalmente, a concessionária já repassou mais de R$ 120 milhões em outorga à Prefeitura de São Paulo, gerando recursos para outros investimentos na cidade.
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