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Terça-feira, 11 de Março de 2025 | Horário: 15:56
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Unidade Básica de Saúde Jardim Lourdes, na Zona Sul, oferece terapias para pacientes reduzirem o uso de tranquilizantes

Objetivo da ação é proporcionar mais qualidade de vida à população

Com o objetivo de proporcionar um estilo de vida mais saudável para seus pacientes, a equipe da UBS Jardim Lourdes, localizada na região do Jabaquara,  Zona Sul, criou um grupo que tem como objetivo fazer com que as pessoas reduzam o uso de tranquilizantes e sedativos, substituindo-os por terapias alternativas. Essa classe de medicamentos atua no sistema nervoso central e, quando bem-indicada, pode contribuir no controle dos transtornos de ansiedade, insônia, epilepsia e outros.  No entanto, a recomendação é que seu uso seja a curto prazo, pois essas substâncias podem causar uma série de efeitos colaterais como perda de atenção, prejuízos na memória, dependência e tolerância, que é a necessidade de doses cada vez maiores para manutenção de efeitos terapêuticos.

Para diminuir essas implicações, a equipe multiprofissional da UBS (eMulti) propôs a realização da retirada assistida desses medicamentos para os pacientes que tivessem interesse e indicação para o processo. A ideia era adotar outras abordagens, além da medicamentosa, e proporcionar um estilo de vida mais saudável todos. Foi assim que, em julho de 2024, surgiu o grupo de desmame de tranquilizantes e sedativos, que já conta com 15 participantes. Desses, sete pararam totalmente de fazer uso da substância.

A estratégia surgiu após a realização da Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa (Ampi), por meio da qual os profissionais perceberam que um elevado número de participantes da UBS consumia esse tipo de medicamento há anos.

A paciente Maria Rosa do Nascimento, 60, fazia tratamento para depressão e teve que parar de trabalhar devido aos efeitos dos remédios, que causavam muita sonolência, além de falha na memória e problemas motores. Pouco tempo após o início do desmame e da prática de acupuntura, ela conseguiu voltar a trabalhar e ter qualidade de vida: “minha vida se transformou para melhor”, afirma.

“O medicamento não é um vilão, mas é importante fazermos o uso racional dele”, diz Gislene Cristina Blota, farmacêutica da unidade. A profissional explica que todos os idosos que aceitam participar do grupo fazem acompanhamento com o psiquiatra, o psicólogo e a farmacêutica. Também recebem terapias alternativas, como medicamentos fitoterápicos, acupuntura e auriculoterapia.

A aposentada Maria Angélica Santos Morello, de 68 anos, tomou um ansiolítico por mais de quatro anos, indicado para crises de insônia. A partir de setembro de 2024, na UBS Jardim Lourdes, ficou sabendo da possibilidade de desmame. Hoje ela toma um fitoterápico e faz sessões de acupuntura e auriculoterapia.

A participação no grupo é voluntária e os pacientes que têm interesse são avaliados individualmente pela equipe multidisciplinar da unidade, levando em consideração, entre outros aspectos, os medicamentos em uso e o motivo da prescrição.

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