Prefeitura de São Paulo

Há três anos a Prefeitura de São Paulo, como parte da Operação Defesa das Águas, decretou a criação de um conjunto de parques nas margens da represa Guarapiranga e desde então, por Meio da Secretaria do Verde e Meio Ambiente e da Subprefeitura Capela do Socorro, vem realizando obras na região e desapropriando áreas para a implantação dos parques. Na última terça-feira, a Justiça deu "imissão" de posse para mais um destes imóveis, o Motel Leão de Prata, uma área de aproximadamente 5 mil m² com mais de 2,5 mil m² de área construída que começou a ser demolido imediatamente após a entrega do despacho do juiz ao arrendatário do imóvel.

O terreno será anexado ao Parque Praia de São Paulo, onde hoje a Secretaria do Verde e Meio Ambiente já mantém uma área de lazer com aproximadamente 25.000m² junto a uma praia natural da Represa Guarapiranga. O parque foi criado para ter 170.000 m² e com a demolição do motel ele terá a partir agora 30.000m². Em agosto do ano passado a subprefeitura já havia realizada a demolição de outro grande motel que funcionava na área do Parque, que acrescentou mais 5 mil m² ao Parque.

A Subprefeitura Capela do Socorro, que é responsável pelas obras de implantação dos parques, estima que irá retirar do local, com a demolição do Motel, perto de 4 mil toneladas de materiais inertes, entre restos de construção, asfalto e pavimentos de concreto.

O objetivo principal do Programa de Revitalização da Orla da Guarapiranga é ampliar cada vez mais as áreas permeáveis nas margens da represa e impedir a degradação e ocupação irregular do solo da região que é de preservação ambiental. Está prevista a implantação de sete parques na represa que somados vão garantir a preservação de algo em torno de 1.000.000m² de áreas verdes.

Além de preservar as áreas verdes remanescentes nas margens da represa, que sobreviveram a um enorme processo de degradação que assolou a região durante muitos anos, o Programa de Revitalização da Guarapiranga previa também a desativação de imóveis comercias irregulares ao longo da Avenida Atlântica (antiga Robert Kennedy), o que foi executado até o início de 2009 com a demolição de 20 imóveis. A Partir de então, iniciou-se um processo de desapropriação de imóveis privados considerados de interesse público para a ampliação dos parques e o aumento de áreas verdes permeáveis.

A Prefeitura já tem em andamento outras ações para a desapropriação de novos imóveis na região que permitirão ampliar rapidamente a área total dos parques. O Programa também está implantando 10 KM de ciclovia no entorno da represa e substituindo as calçadas de concreto por piso permeável e grama.

Conheça um pouco mais sobre os parques em implantação na região das represas Billings e Guarapiranga:

Parques em uso:

Praia de São Paulo: Entregue inicialmente em 2009 como área de lazer da Praia do Sol, ele aguarda a incorporação de novas áreas que serão anexada com a demolição de imóveis que estão sendo desapropriados. Com esta ampliação ele passará a receber oficialmente o nome Parque Praia de São Paulo, como já decretado pelo prefeito em 2007. A vocação do parque é de lazer como balneário, nele também são organizados os eventos esportivos de "areia". Possui duas quadras e uma arena de areia em tamanho oficial, além de quiosque e playground e academia da 3ª idade.

Parque da Barragem: Embora a população já fizesse uso do espaço há mais de seis meses, este parque foi entregue oficialmente em dezembro do ano passado. Ele tem vocação para o lazer com foco em caminhadas - Possui academia da 3ª idade, playground, píer de pesca, 2 campos naturais de grama e pista de caminhada de piso permeável. O Parque recebeu de volta o monumento Heróis da Travessia do Atlântico que foi doado à cidade para, originalmente, permanecer às margens da represa Guarapiranga.

Parque Shangrilá: Foi inaugurado em 2008. Ele é dividido em 2 partes: uma delas é uma reserva natural de preservação e a outra tem área de lazer com playground, quadra de areia e área para caminhada, lá também há uma horta comunitária.

Parque São José: Fase inicial concluída em 2008 e segunda fase concluída em 2010. É um parque linear com vocação ao lazer - Possui academia da 3ª idade duas quadras de areia, ciclovia, pista de caminhada e playground.


Parques em obras:

Parque Castelo: Primeira fase já está 90% pronta. Estão sendo definidas pela Secretaria do Verde as formas de uso e visitação da área para que ele possa ser aberto ao público. Deve ser entregue ainda neste semestre. Há ainda um processo de desapropriação de uma grande área verde na avenida Atlântica para a sua ampliação. A vocação do parque é para contemplação da natureza. Possui caminhos flutuantes e mirante.

Parque Nove de Julho: Obras já contratadas e em execução para a primeira fase que prevê o cercamento, a implantação dos passeios internos e a melhoria nos campos de futebol naturais e a adaptação deles para padrões oficiais, além da adaptação de uma área de grama para a implantação de um campo de Hugby. O parque também irá reservar área para a prática de aeromodelismo já disseminada no local. Não há grandes interferências às características naturais do espaço. O maior investimento é no cercamento com gradil já que seu perímetro tem quase 2Km de extensão.

Parque Jacques Cousteau: Este parque está praticamente pronto, mas e aguarda uma definição sobre a sua forma de utilização, se aberto ao público ou fechado para visitação monitorada, já que o mesmo está dentro um bairro considerado tombado pelo patrimônio histórico do município. O local anteriormente era um viveiro de plantas da subprefeitura de grande beleza natural e que abriga uma variedade incrível de espécies arbóreas e uma fauna muito rica. A parte externa ao parque possui um calçadão para caminhadas e uma academia da 3ª idade ao ar livre.

Parque Guanhembú: Este parque está em fase final de implantação e é um conjunto de duas grandes áreas verdes remanescentes no bairro de mesmo nome. Ele terá quiosques, dois campos de futebol e uma quadra poliesportiva, além de playground e pistas de caminhada.


Parques em projeto:

Parques da Balsa da Billings: Ainda sem denominação específicas duas áreas verdes próximos à Balsa da represa Billings no distrito do Grajaú estão sendo preparadas pela subprefeitura com recursos da Secretaria do Verde para se transformarem em parques municipais.

Parque Aristocrata: A Prefeitura já decretou o terreno como de Utilidade Pública e a subprefeitura já executou parcialmente o cercamento da área.

Parque Atlântica: O projeto já foi contratado e aguarda alocação de recursos para iniciar o processo de licitação. (Vocação lazer: Campo de Futebol, playground, pista de caminhada).

Parque Hípico: Há somente projeto básico e a prefeitura irá negociar sua implantação com as cocheiras da região e também a transferência do terreno que pertence em grande parte ao INSS.

Parque Três lagos: É uma grande área verde ao lado do Céu Três Lagos no Grajaú e que vem sofrendo com degradação ambiental e despejo irregular de esgoto. A área já foi requisitada pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente que irá realizar o projeto de implantação do parque.

Parque linear Ribeirão Cocaia: Já criado por decreto, envolve todos as áreas verdes remanescentes nas margens do córrego de mesmo nome, que é um dos maiores contribuintes de águas da represa Billings. A Secretaria do Verde já realizou oficinas interativas com a população do entorno para determinar o tipo de utilização ideal para o parque, além de discutir eventuais desapropriações com os donos de terrenos particulares junto ao córrego. O projeto e as obras de implantação serão realizados pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente.

Parque Linear Caulim: Trata-se de um parque linear natural já na divisa com Parelheiros que será implantado pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente em uma grande área verde ainda bem preservada. O parque já foi criado por decreto e o projeto é de responsabilidade da Secretaria do Verde e Meio Ambiente.