Prefeitura de São Paulo

Por Débora Yuri

Para continuar o trabalho de recuperação dos mananciais das represas Billings e Guarapiranga, na Zona Sul, a Prefeitura vai começar a terceira fase do Programa Mananciais, que urbaniza favelas e recupera os mananciais das represas Billings e Guarapiranga, na Zona Sul da cidade. Essa etapa – a última prevista – custará cerca de R$ 2,8 bilhões e vai contar com recursos da Prefeitura, do Governo do Estado e do Governo Federal.

A Prefeitura está licitando as obras, que serão divididas em 64 núcleos de intervenções, beneficiando diretamente 46.445 famílias. A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) também vai construir na região cerca de 13 mil novas unidades habitacionais, em convênio com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).

Hoje 4,7 milhões de habitantes da Grande São Paulo se abastecem com a água captada na Billings e na Guarapiranga – o equivalente a quase 25% do total da população que vive na Região Metropolitana. Se a Billings e a Guarapiranga deixarem de prover água, o manancial de mesmo potencial mais próximo fica no Estado de Minas Gerais. “Buscar água lá encarece os custos, e o fornecimento de água deve ser o mais barato possível, para que todos os habitantes da cidade possam ter acesso a ela. Por isso, o programa é importante.”

O principal problema é o efluente de esgoto doméstico que escoa para as duas represas. Mais de 1,8 milhão de habitantes vivem no entorno desses mananciais, o que equivale a uma cidade do porte de Curitiba.

“O objetivo do programa é corrigir essa situação com a implantação de infraestrutura urbana adequada”, diz o coordenador. “Não custa lembrar que essas são as áreas mais carentes de São Paulo. As primeiras intervenções urbanísticas só estão acontecendo agora.”

Além dessa preocupação, o Programa Mananciais beneficia a população local com canalização de córregos, implantação de redes de água, esgoto e drenagem, melhorias no sistema viário, eliminação de áreas de risco, regularização fundiária e instalação de equipamentos públicos como praças, creches e parques lineares.

Com início em 1994, a primeira fase do programa beneficiou diretamente 38 mil famílias e entregou 1.057 novas unidades habitacionais (UHs), ao custo de R$ 485 milhões. A segunda etapa, que começou em 2005 e segue em curso, está beneficiando diretamente 78.837 famílias e construindo 4.573 UHs. Os recursos investidos somam R$ 1 bilhão. As obras da terceira fase devem começar no primeiro semestre deste ano e têm previsão de conclusão para 2016.

Confira quais áreas serão contempladas na 3ª fase do programa:

Distrito: Socorro
Jardim dos Lagos – Ipanema

Distrito: Cidade Dutra
Alcindo Ferreira/Jardim Cruzeiro
Jardim Pouso Alegre
Ipojuca Lins de Araújo
Parque São José VI
Jardim Satélite I e II/Maria AA II
CEU Cidade Dutra
Clube de Pesca Santa Bárbara
Orion/Jardim Império/Jardim Orion
Anthero Gomes do Nascimento/Jardim São Judas Tadeu/Jardim São Vicente/Império I

Distrito: Grajaú
Cantinho do Céu (Fase 3)
Parque São José I e II
Jardim Manacás
Vale Verde ou Monte Verde/Carioba/Sítio Cascavel/Fechado Eliane
Jardim Rodrigo
Parque São José VII, Três Cânticos e entorno
Alto da Alegria
Nova Grajaú I e II
Cocaia I
Erundina
Área próxima ao loteamento Gaivotas (sem nome)
Jardim Nova Varginha/Estrada do Barro Branco
Jardim Almeida Prado

Novas unidades habitacionais a serem construídas
Chácara do Conde, no distrito do Grajaú