Subprefeitura Capela do Socorro

Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2010 | Horário: 08:52
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Investimentos na Represa Billings somam R$ 1,5 bilhão

É mais saneamento básico, proteção ambiental, urbanização de favelas e despoluição dos córregos.

 

 

 

 

 

 

A represa Billings é um dos maiores e mais importantes reservatórios de água da região metropolitana de São Paulo (RMSP). Responsável por 11% da produção de água para abastecimento público na região, a represa possui um espelho d'água de 106,6 km², uma capacidade de armazenamento de 995 milhões de metros cúbicos.

Na década de 70, uma legislação extremamente rigorosa para a proteção dos mananciais proibia a instalação de qualquer serviço de infraestrutura pública nas áreas em torno da bacia da Billings. A proposta era boa e cumpria o papel de preservar as áreas de mananciais. No entanto, com a expansão urbana, ocupações irregulares começaram a ocorrer no entorno destas áreas. Ao longo dos anos, milhares de famílias, sem condições socioeconômicas, de se manterem nas áreas centrais, migraram irregularmente para estas áreas protegidas. Sem abastecimento de água, coleta de lixo e serviço de coleta e tratamento de esgoto, todos os resíduos gerados por esta população - que hoje chega a 1 milhão de pessoas - passou a comprometer a qualidade das águas da represa. A Lei e o decreto de regulamentação da APRM-B substituem a antiga legislação e tornam possível a recuperação ambiental da região.

As ações do Governo do Estado em torno da Represa Billings somam R$ 1,5 bilhão e visam principalmente a criação de uma infraestrutura para coletar o esgoto na região e encaminhá-lo para estações de tratamento, evitando que seja despejado diretamente no manancial. Além disso, há também ações para urbanização de favelas e proteção das áreas verdes.

A principal iniciativa para recuperação da Billings é o Programa Mananciais, voltado ao desenvolvimento urbano na RMSP. A expectativa é elevar o índice de esgoto coletado para 80% nas represas Billings e Guarapiranga até 2012. Em 2006, o índice na Billings era de 50%. Serão beneficiadas 45 favelas e cerca de 45 mil famílias moradoras dos arredores das duas represas (70% delas da Billings).

Outra ação para despoluição da represa é o ProBillings, que vai possibilitar que os 250 mil moradores da margem norte da Bacia Billings tenham seus esgotos coletados e tratados. Isso vai propiciar, além da melhoria da qualidade de vida, a preservação deste importante manancial.

Desde março de 2008, os principais córregos da RMSP estão passando por uma faxina. Trata-se do programa Córrego Limpo, que prevê a despoluição de 100 pequenos rios nas duas primeiras fases, beneficiando 3,8 milhões de pessoas. Na bacia de drenagem do reservatório Billings, o córrego selecionado foi o Pedreira-Olaria, com 3,5 quilômetros quadrados e população estimada em 65 mil pessoas.

Ainda na área de saneamento ambiental, desde o início de 2009, o Projeto Tietê encaminha, até a Estação de Tratamento de Barueri, os esgotos coletados na margem direita da bacia do Guarapiranga e nas margens esquerda e direita do corpo central da represa Billings. A ação faz parte da segunda etapa do projeto. Quando o coletor tronco Billings-Tamanduateí estiver concluído, serão gradativamente desativadas as pequenas estações de tratamento de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra (Bacia Billings), com seus esgotos transportados até a estação de tratamento do ABC.

Por fim, vale lembrar que o trecho sul do Rodoanel, entre Embu e Mauá, atravessa tanto a bacia hidrográfica da Billings como a de Guarapiranga, o que prevê uma série de compensações ambientais na região. Apenas no que diz respeito à Billings, devem ser protegidos 1.715 hectares por meio de parques e unidades de conservação.
 

Fonte: Governo do Estado de São Paulo
 

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