Secretaria Especial de Comunicação
Robô nacional e pesquisador indiano são os destaques da Imprensa Jovem
Criatividade foi o que chamou a atenção quando a equipe Imprensa Jovem da EMEF Prof. Henrique Mélega entrou Campus Party, edição 2012. Muitas mesas e jovens espalhados pela área reservada ao evento, conectados, produzindo e mostrando, de maneira bem informal, suas produções. Boa parte desses jovens fica acampada numa área reservada para as barracas, onde eles podem dormir e não perder nada do que está acontecendo no evento.
Nossa equipe pode constatar que a diversidade também está presente. São debates, sorteios, músicas, games e oficinas, onde a imaginação corre solta. Na entrada do evento, o aluno Anderson Silva, que faz parte do Programa Imprensa Jovem, ficou surpreso e feliz ao ser recepcionado no setor de Imprensa: “Puxa, nossa credencial é de repórter de verdade!”.
Os jovens repórteres encontraram exemplos de criatividade, tanto no Projeto Iron Man Brasileiro, um robô de um metro e meio que abriga a placa-mãe do computador de Alexandre Ferreira, quanto na produção de uma torre de latinhas de refrigerante que, segundo seus idealizadores, serviria para melhorar o alcance da conexão wireless.
Educação com tecnologia também foi um tema bastante discutido em oficinas e debates realizados na área do Educaparty, que teve sua primeira edição no Brasil este ano. Maria Amelia Fernandes, do Acessa Escola, ao ser entrevistada, após sua participação na mesa de debate “Lan Houses como espaço de educação”, afirmou que, mesmo não sendo vinculadas à rede educacional do governo, é possível trabalhar com alunos monitores também nas lan houses.
Outro destaque foi o debate de Edmar Bulla, que falou sobre Mídias Sociais. Para este especialista, é fundamental o papel da internet na educação, para disseminação de conhecimento, capacitação, troca de experiências, ideias e conteúdo: ”Estou impressionado com o trabalho de vocês. Eu gostaria ter sido da Imprensa Jovem”.
Além da atuação como jornalistas do Imprensa Jovem, a equipe também foi tema de reportagem e entrevistada pela repórter Fernanda Azevedo da TV Gazeta. “É muito bom entrevistar. Melhor ainda, ser entrevistado”, diz a aluna Samara.
Sugata Mitra
A equipe de alunos repórteres participou da coletiva de imprensa com o pesquisador Indiano Sugata Mitra e ficaram encantados com suas histórias e seus experimentos em diversas comunidades carentes no mundo todo. Na Índia, por exemplo, foi colocado um computador em um muro e observou-se que os alunos aprenderam uns com os outros a navegar e a aprender através da Internet.
Segundo o pesquisador, a escola “ensina demais”, mas muitas vezes o que se ensina não é utilizado pelos alunos. Ele acredita que os professores devem fazer boas perguntas para estimular os alunos a buscar as respostas.
Disse ainda que há elementos importantes que são aprendidos pelos alunos nesses experimentos que não são medidos pelas provas como autoconfiança, autoestima e, especialmente, a busca por respostas.
Quando questionado sobre o que o levou a fazer os experimentos, o pesquisador afirmou que foi da sua observação da realidade: “É preciso observar o mundo com muita atenção e sensibilidade e partir disso questionar o que pode ser transformado no mundo e propor essa mudanças. Às vezes uma pequena intervenção pode gerar resultados muito significativos”.
Sobre sua experiência na Índia, Sugata disse que não sabia o que iria acontecer, mas no fundo esperava algo. Afirmou que muitas pessoas o criticaram e foram pessimistas dizendo que logo o equipamento seria quebrado ou roubado, mas isso não aconteceu. “Cada equipamento foi usado por aproximadamente 300 crianças e nunca foi danificado. Ao contrário, cuidaram dele”.
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