Prefeitura de São Paulo

Com o objetivo de diminuir cada vez mais a incidência de enchentes, a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, Siurb está normatizando o uso de pavimentação permeável que pode ser aplicado em pontos críticos da cidade.  Recentemente a Comissão Permanente de Revisão de Normas Técnicas da Secretaria aprovou a norma ETS-03/2012, que trata sobre Pavimentos Permeáveis com Revestimento de Asfalto Poroso. Essa norma apresenta novos critérios técnicos de execução e dimensionamento dos pavimentos permeáveis, para sua aplicação em vias de tráfego leve, além daquelas localizadas na região mais alta das bacias hidrográficas. Além disso, apresenta a técnica usada para o dimensionamento mecânico, estrutural e hidráulico, incluindo a execução prática de serviços dessa natureza.

Os pavimentos permeáveis são compostos de revestimento, base e sub-base, de camadas porosas que possuem um alto índice de vazios entre seus agregados compostos, na sua maioria, de pedras britadas de tamanho uniforme. Ao contrário dos pavimentos convencionais, os permeáveis têm por objetivo exercer as funções mecânicas e estruturais de resistência às cargas impostas pelos tráfegos de veículos, associadas à função hidráulica que se caracteriza pelo armazenamento temporário de água no interior de suas camadas propiciando abatimento nos picos de cheias durante os eventos de chuva forte ou infiltração através do solo de sub leito para a recarga do lençol freático.

Custo/benefício

O asfalto permeável, cujo nome técnico é CPA – Camada Porosa de Atrito, um dos componentes do pavimento, é a interface entre a superfície e as camadas interiores. É feito por meio de mistura usinada a quente entre agregados, cimente asfáltico, fibras e polímeros. De modo geral, o preço do asfalto permeável é mais caro que o convencional na ordem de 30%, porém além das vantagens de abater os pico de cheia e recarregar os aqüíferos ele possui característica de redução de ruído da ordem de 3 decibéis. No entanto, ele ainda não pode ser usado em vias de tráfego pesado, mas sua utilização em estacionamentos e vias de baixo volume de tráfego pode oferecer diversos benefícios.

Nos últimos dois anos, algumas obras por toda a cidade utilizaram esse tipo de asfalto incluindo um trecho experimental na Cidade Universitária e em calçadas e passeios em diversas regiões da cidade.  Técnicos da Siurb acreditam que em pouco tempo esse tipo de pavimento poderá, com toda a segurança, ser aplicado em estacionamentos, calçadas e passeios públicos, praças e jardins, ciclovias, quadras poliesportivas, vias públicas, além de ser utilizado dentro de empreendimentos particulares que necessitem de área permeável.