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Quarta-feira, 13 de Junho de 2012 | Horário: 18:30
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Prefeitura de São Paulo registra elevadores desde a década de 1930

Desde a década de 1930 a Prefeitura de São Paulo registra os elevadores da cidade, mantendo assim o controle dos equipamentos em funcionamento. Hoje são 68 mil elevadores registrados na cidade.

Com registros feitos à mão e em blocos de papel, os elevadores da capital paulista começaram a ser cadastrados na Prefeitura de São Paulo (PMSP) na década de 1930.  Apenas com os poucos recursos que dispunha na época, a PMSP registrava os elevadores da cidade um a um, os chapeava e, assim, mantinha o controle dos equipamentos em funcionamento.
Hoje são 68 mil elevadores registrados, sendo que um dos mais antigos em atividade está na Rua 15 de Novembro, no centro. É de 1936 e tem a placa de identificação número 01. Conhecido como Edifício Monteiro. Atualmente, o prédio de quatro andares passa por reformas, assim como o elevador e o maquinário.


A Rua XV de Novembro foi considerada no século XX a mais chique de São Paulo e uma das mais importantes comercialmente. Nela se instalaram bancos estrangeiros e edifícios que marcaram a paisagem urbana da cidade, entre eles o prédio da Bovespa. Consequência da Revolução Industrial, no início do século XX há um aumento do ritmo das edificações e surgem as primeiras firmas especializadas no setor de construção civil no Brasil. Em 1900 é instalado pela Light (Companhia de Energia Elétrica), o primeiro bonde elétrico. Somente após a disseminação da energia elétrica foi possível o uso do elevador e, conseqüentemente, o crescimento dos edifícios.  Assim, tem início o processo de verticalização no centro da Capital.
O elevador mais antigo da cidade pertence ao Mosteiro de São Bento. Trata-se de um modelo pantográfico de 1908, fabricado pela empresa Otis Elevator Company - primeira empresa norte-americana a se estabelecer no Brasil. Atualmente o equipamento se encontra em perfeitas condições de funcionamento. Outro elevador muito antigo é do Shopping Light, instalado no ano de 1910; não funciona mais e foi tombado pelo Patrimônio Histórico.


Com a tecnologia e o passar dos anos, os maquinários foram sendo modernizados, as fábricas começaram a se aperfeiçoar e criar novos modelos, específicos para novas necessidades da sociedade. Os elevadores pantográficos, com portas sanfonadas de aço ou madeira, movidos a manivela, foram dando espaço para os de sistema elétrico. Foram surgindo novas formas de equipamentos, elevadores adaptados para deficientes físicos; elevadores a base de sistemas hidráulicos; elevadores de cargas e monta-cargas; elevador residencial unifamiliar; elevador para garagem, entre outros. O crescimento da construção civil impulsionou o crescimento da indústria de elevadores e equipamentos de transportes verticais e horizontais.


Hoje, na cidade de São Paulo, são realizadas anualmente 4,2 trilhões de viagens em elevadores, com índice de acidente próximo a zero. Isso vem confirmar que o elevador é o meio de transporte mais seguro. Segundo o Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo – Seciesp, esses equipamentos transportam mais de 25 milhões de pessoas por dia na capital paulista — um número oito vezes maior que o de passageiros transportados pelos ônibus, por exemplo. Ainda, segundo o sindicato, mais de 300 mil elevadores estão em operação hoje no Brasil. Apenas na cidade de São Paulo, são 68 mil elevadores cadastrados e devidamente regularizados na Prefeitura.


A Prefeitura de São Paulo acompanha, através do Contru, órgão vinculado a Secretaria de Controle Urbano, o funcionamento dos equipamentos de transportes através dos relatórios de inspeção emitidos pelas empresas de conservação, conhecidos como RIA. O RIA é um relatório que descreve a situação do elevador ao Contru. O documento possibilita saber se o elevador está em boas condições de operação, se tem passado por vistorias e quando e por que houve o último reparo. O preenchimento do relatório é feito via internet, pelo programa RIA on-line. Regulamentado pelo Decreto nº 47.334/06, o RIA on-line foi criado para tornar viável o acompanhamento pela municipalidade da manutenção dos elevadores e passou a ser exigido anualmente desde setembro de 2006. Antes do RIA on-line, a verificação da situação dos elevadores era feita por meio de fichas de papel preenchidas pelas empresas conservadoras, o que não atendia nem ao volume da demanda nem à urgência.


Como regularizar um elevador na cidade


Para um elevador funcionar de forma regular na cidade são necessários dois documentos: o primeiro é o Alvará de Instalação, e o segundo, é o Alvará de Funcionamento do Equipamento. A falta desses documentos acarreta multa, conforme dispõe a Lei Municipal 10.348/87, além de comprometer a segurança de todos que usam os elevadores.


O Alvará de Instalação autoriza a empresa instaladora dos aparelhos e a construtora responsável pela obra a começarem a instalação dos aparelhos. O Alvará de Instalação deve ser solicitado no CONTRU, durante a construção da  edificação. Já o Alvará de Funcionamento é um documento emitido após a instalação do elevador, que autoriza o seu funcionamento permanente. Para dar entrada no Alvará de Funcionamento é preciso apresentar ao CONTRU alguns documentos, entre eles o Alvará de Instalação.

 

 

 

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