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Inverno termina com recorde absoluto de dias sem chuva na Capital
A primavera começa neste sábado (22) às 11h49min, data e horário que coincidem com o momento astrônomico do equinócio de primavera no hemisfério sul, quando o dia e a noite tem a mesma duração. A partir de então, as chuvas passam a ser mais intensas e frequentes, pontuando o período de transição entre a estação seca e a estação chuvosa.
Devido o aumento do calor e da umidade que se intensificam gradativamente no decorrer da primavera, pancadas de chuva passam a ser observadas principalmente no final das tardes. Em algumas ocasiões, a precipitação pode vir acompanhada por raios, ventos fortes e eventual queda de granizo.
Mesmo com a mudança de estação, no início da primavera ainda é comum a ocorrência de períodos de tempo seco e baixos índices de umidade relativa do ar. “Isto se dá por conta do aumento de insolação nesta época do ano, e também pelo fato da estação chuvosa ainda não ter se instalado completamente”, explica Michael Pantera, meteorologista do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo.
Os modelos numéricos de previsão indicam que as águas superficiais do Pacífico Equatorial devem evoluir para uma condição de El Niño nos próximos meses. Com o aquecimento das águas provocado pelo fenômeno, espera-se uma primavera com precipitação e temperaturas acima da normalidade. Entretanto, a previsão aponta que a estação chuvosa ainda deve demorar um pouco para se normalizar, e por isso mesmo as chuvas ainda serão irregulares no início de outubro. “Isso não quer dizer que não haverá chuvas. Elas ocorrerão de maneira isolada, e alternadas com períodos de tempo seco”, diz Pantera. O meteorologista ainda comenta que outra situação comum neste período é a incidência de ondas de frio causadas pela entrada de alguma massa de ar polar mais tardia.
As simulações mais recentes mostram que a condição de chuvas mais generalizadas deve retomar a partir da segunda quinzena de outubro. Em novembro, a precipitação começa a se regularizar, tornando-se cada vez mais frequente e generalizada, até se consolidar em dezembro, com a chegada do verão.
Inverno finaliza com recorde absoluto de dias sem chuva na Capital
O inverno de 2011 foi caracterizado pelo fenômeno conhecido como "bloqueio atmosférico". Comum para a época do ano, é caracterizado pelo predomínio de uma grande massa de ar seco e quente sobre o interior do país, que dificulta a chegada dos sistemas frontais ao litoral paulista.
Ao longo da estação foram observados longos períodos de tempo seco, e o predomínio de sol provocou temperaturas elevadas para a época do ano. Em recorde absoluto desde 1995, quando as medições do CGE se iniciaram, foi registrada uma sequência de 62 dias sem chuvas significativas na Capital. Com este fator, o inverno foi mais seco que o normal, e apenas o mês de julho apresentou chuvas acima da média.
Conforme dados das estações meteorológicas automáticas do CGE, o dia mais quente da estação foi 18 de setembro, quando os termômetros marcaram 35,3ºC na Penha, Zona Leste; 35,1ºC no Butantã, Zona Oeste; e 34,6ºC, tanto em Santana/Tucuruvi, na Zona Norte, como em M'Boi Mirim, Santo Amaro e Cidade Ademar, localizados na Zona Sul.
Com o calor excessivo, o tempo ficou seco e a umidade relativa do ar despencou. O dia 21 de agosto registrou os menores índices de umidade, que chegaram a somente 10% no aeródromo de Congonhas, na Zona Sul; 12% em Cidade Ademar, também no sul da Cidade; e 13% no aeroporto de Campo de Marte, na Zona Norte.
A equipe de meteorologia do CGE observa que o tempo só mudou nos últimos dias do inverno, quando uma frente fria conseguiu finalmente romper o bloqueio atmosférico e causar chuvas. Apesar de isolada, a precipitação serviu para aliviar a estiagem, elevar os índices de umidade e melhorar a qualidade do ar na Grande São Paulo.
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