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Prefeitura inaugura primeiro módulo da Praça das Artes
O prefeito de São Paulo inaugurou nesta quarta-feira (5) o primeiro módulo da Praça das Artes, que abriga as Escolas de Dança e de Música, o edifício do antigo Conservatório Dramático e Musical, totalmente restaurado, e um estacionamento para 200 veículos. O complexo, que recebe investimentos de R$ 136 milhões, revitaliza o quarteirão atrás do Theatro Municipal de São Paulo, formado pelas ruas Conselheiro Crispiniano, Formosa, Avenida São João e Praça Ramos de Azevedo.
"Mais um espaço para a cultura, voltado para o apoio às atividades do Theatro Muncipal, à capacitação de pessoas e que vem contribuir para a revitalização do centro. É um espaço que pode receber grandes eventos, integrado à cidade e democrático", afirmou o prefeito.
O prefeito também visitou a exposição "Conservatório na Praça das Artes", guiado pelos curadores Marcia Camargos e Dan Fialdini. A mostra apresenta ao público a história da relação entre o Conservatório Dramático e Musical e do Theatro Municipal por meio de programas, fotografias originais, cartazes, figurinos de balé e de ópera.
Em seguida, houve uma visita às novas instalações das escolas de formação artística do Theatro, que abrigam cerca de 1.500 alunos. A Escola de Música ganhou 39 salas, incluindo cinco específicas para estudo individual, seis para aulas teóricas, um espaço amplo para trabalhos com orquestra e coral e um local adequado para armazenagem de instrumentos musicais. Todas as salas possuem tratamento acústico, permitindo que diversas aulas ocorram simultaneamente. A Escola de Música oferece cursos de formação profissional em todos os instrumentos de uma orquestra sinfônica, além de regência, canto, saxofone, cravo, flauta doce e violão.
Já a Escola de Dança possui vestiários e 10 salas amplas, todas equipadas com espelhos, barras e piano. Estas também contam com uma acústica especial, para que os ensaios de dança não provoquem trepidação, o que prejudicaria os trabalhos dos alunos de música. A Escola forma bailarinos, em dança clássica e contemporânea, com foco no atendimento de crianças e adolescentes. A edificação é acessível a pessoas com deficiência física. É dotada de dois elevadores comuns e um com capacidade para até 3.525 kg, adequado ao transporte de equipamentos e instrumentos de grande porte.
No edifício do antigo Conservatório Dramático e Musical, além do espaço para exposições, houve a revitalização do auditório para música de câmara, abandonado por 50 anos. "Esta é a sala de concerto de câmara mais importante da cidade. A idéia do Theatro Municipal nasceu aqui no Conservatório, a formação dos músicos era feita aqui. Portanto estamos reestabelecendo este laço entre as duas instituições", explicou Carlos Augusto Calil, secretário municipal de Cultura.
Nesta quarta-feira, a programação de concertos foi reaberta com Fabio Zanon, Adélia Issa e participação do Quarteto de Cordas de São Paulo, apresentando o Sexteto Místico de Villa-Lobos. O espaço para concertos abriga até 208 pessoas e possui acústica específica para esta modalidade de música erudita.
Após a visita, o prefeito acompanhou ainda a apresentação de Steps in the street, por alunos da Escola de Dança de São Paulo, coreografia original de Martha Graham, especialmente remontada por Tadej Brdnik e Daniela Stasi. Participaram da inauguração a vice-prefeita e secretária municipal de Assistência Social, Alda Marco Antonio, os secretários municipais de Saúde, Januario Montone; de Governo, Nelson Hervey; de Coordenação das Subprefeituras, Ronaldo Camargo; de Planejamento, Orçamento e Gestão, Rubens Chammas; de Articulação para a Copa do Mundo de 2014, Gilmar Tadeu; de Infraestrutura Urbana e Obras, Elton Santa Fé; de Finanças, Mauro Ricardo, e o subprefeito da Sé, Nevoral Bucheroni.
Segundo módulo
O segundo módulo da Praça das Artes, que poderá ser concluído no prazo de um ano, abrigará os Corpos Artísticos do Theatro Municipal, em instalações planejadas especialmente para melhorar as condições de trabalho de músicos e bailarinos. No local, será possível ensaiar apresentações em uma reprodução em tamanho real do palco do centenário teatro.
A segunda parte das obras compreende a sede da Orquestra Sinfônica Municipal, Orquestra Experimental de Repertório, Balé da Cidade de São Paulo, Coral Lírico, Coral Paulistano e Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. Além disso, será aberta uma praça interna, para o Vale do Anhangabaú, que receberá o monumento em homenagem a Verdi, de autoria de Amedeo Zani, e um bar externo.
Quando concluído, o complexo de 28.500 m² terá ainda um restaurante e jardim interligado aos edifícios. No mesmo local, serão disponibilizados os arquivos e acervos do Conservatório e do Theatro Municipal, compostos de partituras, discos, documentos, livros. O projeto foi idealizado pelo arquiteto da Secretaria Municipal de Cultura, Marcos Cartum, e desenvolvido pelo escritório Brasil Arquitetura. A Praça das Artes foi realizada com recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb), subordinado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.