Prefeitura de São Paulo

O prefeito de São Paulo entregou na manhã desta quinta-feira (13/12) oito novos táxis elétricos. O lote faz parte do Programa Táxis Elétricos, uma parceria inédita entre a Prefeitura, Aliança Renault-Nissan, AES Eletropaulo e a Associação das Empresas de Táxi de Frota do Município de São Paulo – Adetax. O objetivo é reduzir os níveis de poluentes emitidos pelo setor de transportes, responsável por 70% da poluição da cidade.

“Essa é a concretização da primeira etapa de um projeto bastante ambicioso, que é a circulação de táxis movidos exclusivamente a energia elétrica. É um avanço para a cidade de São Paulo e para o Brasil”, enfatizou. “Hoje  parte de nossa frota de ônibus é movida com combustível alternativo, menos poluente, como o etanol e o biodiesel. Agora, chegam os táxis que funcionam com motor híbrido e a energia elétrica”, explicou o prefeito.

Segundo o secretário municipal de Transportes os táxis elétricos integram mais uma etapa do Plano de Sustentabilidade nos Transportes. “Esse é um projeto que visa o futuro, pois ajuda a atingir a meta de reduzir a utilização de combustíveis fósseis”, disse.

Os novos veículos serão distribuídos em três pontos de grande movimentação. Três táxis elétricos ficarão na região do Centro, na Rua Conselheiro Crispiniano, 1966, em frente ao Theatro Municipal. Outros três ficarão em um ponto da Rua Lee Forest, 3021, na região da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, e os dois últimos no ponto da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, onde, desde junho de 2012, outros dois veículos do mesmo modelo já estão à disposição da população.

O Nissan LEAF, modelo que está sendo utilizado no programa, é equipado com baterias de íon-litio que proporcionam uma autonomia de 160 quilômetros. O modelo apresenta características de conforto e desempenho compatíveis com os demais veículos do sistema de táxis da Capital, mas sem a emissão de poluentes. Para o abastecimento do veículo, a AES Eletropaulo implantou pontos de recarga rápida nos estacionamento de cinco concessionárias da Nissan, localizadas nos bairros da Lapa, Tatuapé, Vila Guilherme, Vila Olímpia e Vila Prudente. Com isso, os táxis elétricos podem fazer recarga a qualquer momento, independente do horário de funcionamento das lojas.

O uso da energia elétrica é cinco vezes mais econômico se comparado ao da gasolina. Desde junho, cerca de 2.400 passageiros usaram os dois táxis elétricos em média 6 horas por dia. Nesse período, cada táxi percorreu cerca de 10.000 quilômetros gastando R$ 537,15 de energia elétrica, sendo que o custo para a carga total do veiculo é de R$ 8,59. Além disso, a eletricidade evitou a emissão de 96% de gases de efeito estufa, quando comparado a veículos movidos a gasolina.

crédito da foto - Fábio Arantes/Secom

Táxis híbridos

Na última terça-feira (11), a cidade recebeu oficialmente 20 novos táxis híbridos - parte do primeiro lote de uma frota inédita no país que será formada por 116 veículos. A tecnologia dos carros, que combina dois motores, um elétrico e outro a combustão, reduz o consumo de combustível pela metade e a emissão de poluentes em até 40%.

Os táxis híbridos foram incorporados as frotas de 10 empresas de táxis associadas à Associação das Empresas de Táxis do Município de São Paulo – Adetax. Cada veículo, modelo Toyota Prius, custou R$ 120 mil, mas a economia em combustível acaba compensando o valor do automóvel, pois o motor elétrico trabalha sozinho até o veículo atingir a velocidade de 50 km/h. Com um tanque de combustível com capacidade para 45 litros, os veículos híbridos chegam a fazer 25,5 quilômetros por litro, e têm autonomia de até 1.150 quilômetros, consumindo 50% menos combustível, dependendo do modo de condução, se comparado a um veículo modelo 1.0. Além disso, a bateria do motor elétrico é carregada conforme o veículo roda, e não na tomada, o que não requer investimento em infraestrutura.

Programa Ecofrota

Em fevereiro de 2011 foi lançado o Programa Ecofrota, que prevê a utilização progressiva de combustíveis limpos na frota de ônibus da cidade, em consonância com a Lei de Mudanças do Clima, que preconiza que todo o sistema de transporte público do município deverá operar com combustível renovável até 2018. Atualmente, são 1.870 ônibus, de uma frota de 15 mil veículos, com combustíveis mais limpos – elétricos, etanol, B20, e diesel de cana-de-açúcar. De fevereiro de 2011 a outubro de 2012, houve uma redução de 9,5% na emissão de poluentes em geral pelos ônibus e de 7% na de CO2 por conta do programa.