Secretaria Especial de Comunicação

Segunda-feira, 28 de Fevereiro de 2011 | Horário: 17:22
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Treze intérpretes cantam obras de Johnny Alf

O projeto ''Johnny Alf – A Bossa e Outros Tons'' reúne treze artistas que foram influenciados por ele, como Cauby Peixoto, Cláudya, Wanderléa, Toquinho e a favorita do compositor, Alaíde Costa. Em seis shows, os cantores relembram os principais sucessos do mestre.
Ao escrever o refrão Se alguém quiser fazer por mim, que faça agora, na canção Quando Eu Me Chamar Saudade, Nelson Cavaquinho afirmava que preferia que o homenageassem enquanto estivesse vivo. Não foi bem o que aconteceu com o compositor, pianista e cantor Johnny Alf.

Considerado o precursor da Bossa Nova, ele faleceu em março do ano passado, aos 80 anos de idade, de câncer de próstata. “Penso que Johnny não teve a notoriedade que merecia em vida por conta de sua incrível timidez”, afirma um de seus biógrafos, o jornalista e pesquisador João Carlos Rodrigues.

Depois de sua morte, porém, ganhou duas biografias e várias homenagens. Uma delas é o projeto Johnny Alf – A Bossa e Outros Tons, que reúne, este mês, no Centro Cultural São Paulo, treze artistas que, ao longo de suas carreiras, foram influenciados por ele, como Cauby Peixoto, Cláudya, Wanderléa, Toquinho e a favorita do compositor, Alaíde Costa. Em seis shows, comandados pelo DJ Zé Pedro, os cantores relembram os principais sucessos do mestre. As apresentações marcam também o lançamento pela Lua Music do box com três CDs contendo composições suas.

Alf, cujo verdadeiro nome era Alfredo José da Silva, era filho de um cabo do Exército e de uma doméstica do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Começou a estudar música erudita com uma amiga da patroa de sua mãe que, percebendo sua inclinação artística, o ensinou a tocar piano. Aos 14 anos, já tinha sua banda.

Apaixonado pelo jazz, aproximou-se do pessoal do Instituto Brasil-EUA, onde aprendeu inglês, trocou de nome e deu início a um intercâmbio com musicistas norte-americanos. Durante o dia, assim como seu pai, era cabo do Exército. À noite, tocava em casas noturnas, onde conheceu cantores como Dick Farney e Nora Ney e compositores então iniciantes como João Donato e Paulo Moura. A partir dessa fase, dividiu seu tempo entre Rio e São Paulo. Foi o início de uma carreira que resultou em mais de 20 discos gravados e em canções clássicas como O Que É Amar, “Rapaz de Bem” e seu maior sucesso, Eu e a Brisa, que, ironicamente, foi desclassificada do III Festival de MPB da TV Record.

Programação

Alaíde Costa e Zé Mazziotti
Dia 12, 19h

Wanderléa e Claudya Telles
Dia 13, 18h

Célia, Adyel Silva e Maricene Costa
Dia 19, 19h

Cauby Peixoto e Cláudya
Dia 20, 18h

Cida Moreira e Zé Renato
Dia 26, 19h

Toquinho e Claudette Soares
Dia 27, 18h


Centro Cultural São Paulo - Sala Adoniran Barbosa
Rua Vergueiro, 1.000, Paraíso
Telefone: 3397-4002

 
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