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Segunda-feira, 25 de Abril de 2011 | Horário: 12:33
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Prefeito anuncia concurso para substituir piso superior do Mercadão

O prefeito de São Paulo vistoriou no sábado (23/4) a atual situação do piso superior do Mercadão. Ao constatar as condições do mezanino, o prefeito anunciou um plano de substituição dos pisos do local por meio de um concurso de projetos.
Em meio a consumidores da boa gastronomia oferecida pelos comerciantes do Mercado Municipal da Cantareira, na região central da cidade, o prefeito de São Paulo vistoriou neste sábado (23/4) a atual situação do piso superior do complexo. Ao constatar as condições do mezanino, o chefe do Executivo Municipal anunciou um plano de substituição dos pisos do local por meio de um concurso de projetos.

“Efetivamente chegamos à conclusão de que esse piso não é o adequado. Tanto é que ele está com problemas de manutenção. Mas vamos encontrar uma maneira de substituí-lo por algo também que seja bastante marcante, que possa expressar as características do Mercado”, afirmou o prefeito, que visitou o Mercado em companhia dos secretários municipais de Coordenação das Subprefeituras e de Habitação.

Segundo o prefeito, o objetivo é realizar um concurso para escolher o projeto que melhor se adapta ao complexo. “Será um concurso bastante rápido. Convidaremos as principais escolas de Arquitetura da Cidade para apresentar propostas. Uma pequena licitação será feita pela Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras e rapidamente a gente poderá fazer a substituição”, disse.

O projeto vencedor do concurso deve ser apresentado até o fim deste semestre. “As faculdades deverão propor algum tipo de piso similar ao existente. Uma comissão será montada a partir da semana que vem e julgará essas propostas no sentido de executarmos o projeto vencedor. Com certeza teremos o resultado até o meio do ano”, contou o secretário de Coordenação das Subprefeituras.

O secretário apontou os principais problemas encontrados no piso superior do Mercado Municipal. “O mezanino tem uma estrutura metálica e tem um vão que apóia as placas. Essas placas são de vidro, e algumas delas têm trincado em função da dilatação. Estamos com 35 placas com esse tipo de problema. A intenção inicial é repor cinco placas mais problemáticas, além da criação desse concurso público”.

Melhorias no Mercadão

O secretário de Coordenação das Subprefeituras também ressaltou as melhorias realizadas na rede hidráulica do Mercado. “Só aqui temos mil caixas de inspeção. No final do ano passado executamos um projeto que já está implementado (foi concluído em fevereiro) não só com essas caixas de inspeção, como também com a interligação delas com o esgoto. Isso é inédito, pois foi feita com aço inox. Isso faz com que tenham uma vida útil de até 60, 70 anos”.

Além da situação do piso superior e da rede hidráulica, o Mercado Municipal também teve modernizado seu sistema de incêndio: 80% dos projetos dos hidrantes das interligações elétricas devem ser entregues até o fim do mês que vem. Na visita deste sábado, foi apresentado ao prefeito um equipamento especial que tem por objetivo diminuir o custo da limpeza dos vitrais do Mercado.

“O pé direito do Mercado é bastante alto e os vitrais requerem uma limpeza permanente. Essa limpeza tinha que ser licitada e demorava até seis meses para realizar o serviço. Em função da aquisição de um cesto hidráulico, o diretor do Mercado e a área de abastecimento têm a possibilidade de limpar os vitrais por até duas vezes ao mês”, observou o secretário, destacando que a máquina está em ação no complexo desde setembro do ano passado.

A história do Mercado

O Mercado Municipal Paulistano foi construído para substituir o mercado velho que ficava na Rua 25 de Março, local onde os comerciantes vendiam seus produtos ao ar livre. Hoje, pode-se encontrar de tudo nas barracas do Municipal: frutas, verduras, carnes, peixes, sementes e cereais, além dos tradicionais sanduíches de mortadela e pastéis de bacalhau.

“Em plena Páscoa, pessoas vêm de todos os cantos do Brasil até aqui para consumir e se alimentar. Essa é a característica de São Paulo, uma cidade de todos os brasileiros. E o Mercado Municipal acaba recebendo a todos. Ele é muito acolhedor”, ressaltou neste sábado o prefeito.

Em 1924, com o crescimento da cidade, foi aprovada uma lei autorizando a construção de um novo mercado. O Mercado Central, como é conhecido hoje, talvez tenha sido o último dos grandes edifícios que foram erguidos a partir do final do século XIX para que a cidade consolidasse cada vez mais suas imagens de Metrópole do Café.

O responsável por sua construção foi o arquiteto Francisco de Paulo Ramos de Azevedo (1851-1928). Ele tinha o mais conceituado escritório de arquitetura da época — e elaborou também o Teatro Municipal, o Palácio das Indústrias, a Pinacoteca, os Correios, Telégrafos e o Colégio Sion.

Ramos de Azevedo não veria terminada a sua construção, vindo a falecer em 1928, deixando para seus sócios Armando Dumont Villares e Ricardo Severo a finalização da obra. Em 25 de janeiro de 1933, às margens do rio Tamanduateí, numa área de 12.600 m², ele foi finalmente inaugurado.


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