Secretaria Especial de Comunicação

Quinta-feira, 13 de Outubro de 2011 | Horário: 12:06
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Homenagem de SP aos 90 anos de Dom Paulo Evaristo Arns

Dom Paulo teve seu retrato incluído na galeria de retratos ''Vidas Inspiradoras'' da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (Umapaz), ao lado de outras personalidades que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento sustentável, a promoção da diversidade pacífica e o reconhecimento das diferenças.
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente prestou homenagem aos 90 anos de Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal-arcebispo emérito de São Paulo. A solenidade foi realizada no dia 30 de setembro, na Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz. Dom Paulo teve seu retrato incluído na galeria de retratos Vidas Inspiradoras, ao lado de outras personalidades que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento sustentável, a promoção da diversidade pacífica e o reconhecimento das diferenças, crenças, valores na construção da cultura de paz.

O evento teve a presença do secretário do Verde e do Meio Ambiente, do secretário especial de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, do membro da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, Belisário dos Santos, e de Volf Steinbaum, assessor da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.

Nascido em Forquilhinha, Santa Catarina, em 14 de setembro de 1921, Dom Paulo foi nomeado arcebispo de São Paulo em 1970. Ele dirigiu a Arquidiocese de São Paulo por quase três décadas, entre novembro de 1970 e maio de 1998, sendo proclamado cardeal em 1973 pelo papa Paulo VI.

“Foi um dos que ergueram as bandeiras dos direitos humanos, numa época em que omiti-los era a palavra de ordem. Não disse que a tortura ofendia a Deus, mas que aviltava a criatura humana”, lembrou o secretário especial de Direitos Humanos.

Ele ficou conhecido por sua luta em favor dos direitos humanos durante a ditadura militar. Na época, criou a Comissão de Justiça e Paz, que denunciava casos de tortura e assassinatos cometidos pelo regime militar, dando apoio às vítimas. Nos anos 1960 e 1970, foi um dos defensores da Teologia da Libertação, corrente católica que vê a Igreja a serviço da transformação social. Dom Paulo é irmão de Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, morta no terremoto do Haiti, em janeiro de 2010. “Dom Paulo é o maior símbolo da Igreja de João XXIII em São Paulo”, disse o secretário do Verde e do Meio Ambiente.

Jornalista não-profissional registrado, foi empossado como jornalista militante pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em 1976. Atuou na rádio 9 de Julho da Arquidiocese de São Paulo, entre 1964 e 1985, que defendia os direitos humanos, mas foi censurada por 10 anos, entre 1968 e 1975. Desde 2006, Arns é presidente de honra do Conselho Consultivo da Representação da ABI, em São Paulo.

Ele ganhou diversos prêmios no Brasil e no mundo por ser sempre lembrado como “a voz dos que não tinham voz” e um representante “incansável na defesa dos direitos humanos”. Em 1989, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz.


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