Secretaria Especial de Comunicação

Terça-feira, 5 de Janeiro de 2010 | Horário: 07:39
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Alunos com deficiência terão recursos do Programa Inclui no novo ano letivo

As escolas foram preparadas para receber materiais pedagógicos específicos, contratar 1.000 auxiliares de classe, adquirir equipamentos, materiais didáticos e mobiliário adaptados e iniciar a contratação de 170 veículos de transporte escolar adaptados.
Cerca de 12 mil crianças, adolescentes, jovens e adultos com deficiência estudam nas escolas municipais de São Paulo. Hoje, todos freqüentam escolas regulares, compondo a rede pública de ensino mais inclusiva do país. A partir de 2010, a Secretaria de Educação vai desenvolver o Programa Inclui.

As escolas foram preparadas para receber materiais pedagógicos específicos; contratar 1.000 auxiliares de classe; realizar convênio com a Unifesp para a formação e contratação de cuidadores; fazer novos convênios com entidades especializadas para atendimento aos alunos no contraturno escolar; adquirir equipamentos, materiais didáticos e mobiliário adaptados; e iniciar a contratação de 170 veículos de transporte escolar adaptados.

Enquanto esta estrutura estava sendo montada, mais de 5.600 professores e servidores envolvidos com os alunos com deficiência puderam freqüentar seminários e cursos na área, como o de formação para a aplicação do Referencial sobre Avaliação da Aprendizagem na área da Deficiência Intelectual (Raadi), uma ferramenta criada em 2008 para subsidiar o professor e toda a equipe escolar na avaliação e planejamento de ações que potencializem a aprendizagem desses alunos.

A equipe de Educação Especial também preparou para 2010 o Caderno de Atividades em Língua Brasileira de Sinais (Libras), para alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Esta é a primeira vez que uma rede de ensino publica um material tão específico. E no Programa Minha Biblioteca de 2010, os alunos com deficiência visual e auditiva receberão livros em Braile e em áudio.

Outra inovação que começa a valer em 2010 é a nova ata de aquisição de mobiliário adaptado. As escolas da rede municipal de ensino efetuarão a compra de forma mais rápida e com as características necessárias para o efetivo atendimento aos alunos. A diversidade de itens disponíveis para aquisição aumentará de 11 para 22 possibilidades, tanto de mobiliário escolar adaptado, quanto de cadeiras de rodas, assim como de outros itens necessários para garantir posturas alinhadas, estáveis e boa distribuição do peso corporal.

Às 179 Salas de Apoio e Acompanhamento à Inclusão (Saais) existentes, serão acrescentadas mais 60, com todo material necessário para atendimento educacional em caráter complementar e suplementar aos alunos com deficiência.

Mais Escolas

Construir escolas significa melhorar a educação. Com novas unidades escolares foi possível quase eliminar o terceiro turno diurno no Ensino Fundamental, aumentar a jornada escolar dos alunos, reduzir o número de alunos por sala de aula e aumentar o acesso à Educação Infantil. Desde 2005, um extenso plano de obras já entregou à cidade 235 novas escolas e reformou as antigas unidades.

Educação so Século XXI

Os alunos das escolas municipais de São Paulo estão conectados ao mundo por meio dos mais de 22 mil computadores, cerca de 10,5 mil webcams, projetores multimídia e diferentes recursos para a inclusão digital.

Mais do que o simples acesso às novas mídias interativas, desde a pré-escola até os Centros Integrados de Educação de Jovens e Adultos (Ciejas), o Programa de Informática Educativa é sustentado por diretrizes básicas, elaboradas pela Secretaria Municipal de Educação, que são complementadas pelos projetos pedagógicos dos Professores Orientadores de Informática Educativa (Poies), de cada escola.

Em 2009, mais de 2.500 professores puderam participar de diferentes cursos de formação em Informática Educativa e os alunos estão produzindo vídeos e programas de áudio, ampliando a divulgação das ações escolares por meio de blogs, twitter, entre outras redes sociais. O sucesso das ações levou os gestores do Programa Informática Educativa à Espanha, para contar o desenvolvimento da rede no Congresso Internacional EducaRede, em Madri.

O contato dos alunos com o universo midiático ampliou- se por meio do Nas Ondas do Rádio. O Programa de Educomunicação tem como carro chefe o desenvolvimento do projeto Rádio Escolar e o de Imprensa Jovem que possibilitam aos alunos atuarem como repórteres na cobertura de grandes eventos na Cidade.

Pesquisadores da Educomunicação de diferentes partes do mundo, como Inglaterra, Alemanha, Moçambique, Chile, Itália, Portugal, Dinamarca, Argentina, Cabo Verde, acompanham o trabalho da cidade de São Paulo que está em pleno desenvolvimento.

Somente em 2009 houve a formação para cerca de 1.000 professores e 500 alunos para o desenvolvimento de projetos de rádios escolares; cobertura de grandes eventos como a Campus Party, Congresso Ibero Americano de Cultura, Bienal Internacional do Livro, mobilizando cerca de 1000 alunos e 50 escolas da Rede; e criação da 1ª rádio mirim do país, a Rádio Jacaré, um projeto realizado por alunos de 4 a 6 anos da EMEI Antonio Munhoz Bonilha.

Fora da sala de aula

Eles nadam, jogam xadrez, visitam museus, fazem acrobacias, acompanham orquestras, cantam e dançam, criam brinquedos artesanais. A educação fora da sala de aula vira uma brincadeira e desenvolve novas habilidades. A partir de 2010, este trabalho será especializado com a integração da Rede CEUs e Sesc.

As Olimpíadas Estudantis da Rede Municipal de Ensino já se tornaram tradição na integração entre os alunos de diferentes escolas e contribui para o surgimento de novos atletas. Em 2009, cerca de 60 mil atletas participaram dos jogos e os vencedores seguiram para disputas estaduais, podendo chegar a competições nacionais e até mundiais.

Os alunos surdos tiveram sua própria competição: o IV Festival Esportivo e Cultural de Alunos Surdos da cidade de São Paulo, com a participação de mais de 7 deles em torneios de atletismo, handebol, futsal, queimada e xadrez, além de atividades lúdicas para a Educação Infantil e apresentações culturais com os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O Programa Xadrez Movimento Educativo promoveu a formação integral de alunos de todas as idades por meio de atividades enxadrísticas, estimulando o intercâmbio e a integração social. Além das atividades esportivas, todos os CEUs foram palco de mostras gratuitas de dança, música e teatro e, por toda a cidade, os alunos da rede participaram de eventos em diversos espaços culturais da Capital.

Merenda

Desde janeiro de 2009, o Departamento de Merenda Escolar da Secretaria Municipal de Educação é responsável pelo gerenciamento técnico, administrativo e financeiro de 1,8 milhão de refeições oferecidas diariamente nas mais de 2.400 escolas da Capital, seja pela modalidade direta ou terceirizada. A merenda de qualidade servida nas escolas municipais é resultado de um processo de amadurecimento na gestão. Para aprimorar a prestação desse serviço, a Secretaria realizou uma nova licitação, privilegiando a competitividade, a qualidade e a fiscalização.

A licitação contou com a participação de 22 empresas, que disputaram os 14 lotes da Cidade. O número de refeições efetivamente servidas está sendo controlado por meio de fichas ou catracas. Um prato de referência é colocado diariamente em cada escola para que os alunos verifiquem se há correspondência entre o que deveria ser servido e o que está sendo servido. Com a nova licitação, a Secretaria conseguiu economizar 22% em relação aos preços em vigor anteriormente e 39% em relação aos preços de referência da Fipe.

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