Secretaria Especial de Comunicação
Parada da Leitura, um cantinho da sala de aula que leva ao sonho
A EMEF Pedro Nava, no Jardim Ester Yolanda, oferece um cantinho da sala com uma cestinha azul, onde 40 livros de poesia, contos de fadas, histórias de super-heróis e até gibis estão disponíveis para os 336 alunos que cursam o Ciclo I.
Toda semana, os 336 alunos que cursam o Ciclo I na EMEF Pedro Nava, no Jardim Ester Yolanda, Zona Oeste, têm um encontro marcado, ao qual não faltam jamais. Num cantinho da sala em que estudam, uma cestinha azul os aguarda, com 40 livros de poesia, contos de fadas, histórias de super-heróis e até gibis. Quase um universo inteiro de magia e encantamento, selecionado pela professora da Sala de Leitura Maria Cecília Masimessi Fernandes. As obras são desfrutadas por 20 minutos, seja em aula de Matemática, Português, Geografia, seja de Ciências. O projeto tem nome sugestivo: Parada da Leitura, um sucesso que já dura três anos.
Após a atividade, os livros voltam para a cestinha azul. O aluno que quiser continuar a leitura reencontrará a obra na Sala de Leitura. Muitos fazem isso na hora do intervalo ou optam por levar o livro para casa. A experiência fisgou Yasmim Bernardo Cruz, de 10 anos, que diz já ter sonhado com as várias histórias que conheceu. "Tive pesadelos com as histórias de terror e então comecei a ler poesias", diz.
No recreio, é hora de aproveitar um tempinho para ler com uma amiga. "Eu fiquei de boca aberta ao passar pelo estacionamento, no intervalo, e ver duas crianças de sete anos sentadas num cantinho, lendo", conta a professora Yara Pontes Candeo, do 4º ano do Ciclo I.
Na escola, no estacionamento, no quarto, na sala de casa e até no banheiro a leitura tem vez. Que o diga Beatriz Souza Caetano, de 10 anos, que, para se concentrar, escolheu o banheiro da quitinete onde mora como refúgio para a leitura. A Parada levou a menina a ter um sonho, o de ser monitora da Sala de Leitura, "para ajudar a professora Cecília".
Sem freio
Quem está começando a ler seus primeiros livros e também não consegue parar é Dionísio Miguel Pratas Rodrigues. Ele tem apenas 7 anos e, em 20 minutos de Parada, leu Tarzan, gibi da Mônica e a história da Mula sem Cabeça. "Você pode ser muito mais esperto", comenta, sobre a vantagem intelectual de quem lê sobre os que ignoram a leitura.
Livro após livro, os alunos desenvolvem a imaginação, expandem o vocabulário e o dicionário se torna um grande companheiro dessa brincadeira. Gabriela Moreira Sunhog de Oliveira, de 10 anos, adora pegar seu míni-Aurélio para procurar novas palavras. "Minha professora disse que o nosso dicionário vai crescendo conforme a idade”.
Enquanto as crianças brincam com a leitura, alguns dos jovens do Ciclo II, entre 11 e 14 anos, ajudam a monitorar os alunos mais novos, organizam o acervo da Sala de Leitura e aproveitam esses momentos para expandir o tempo de leitura da Parada. "A gente até decora onde estão os livros nas prateleiras, de tanto pegá-los na Sala de Leitura", conta Gustavo Henrique Rodrigues, de 14 anos. Em 2008, Gustavo leu 25 livros, todos de uma listinha organizada por ele.
Uma parada diferente
Na EMEF Leão Machado, em Vila Liviero, Zona Sul, as crianças entre 7 e 10 anos não querem barulho na escola às sete e meia da manhã. É a hora de a professora fazer a leitura. Nessa escola, a Parada é uma rotina diária, com a diferença de que as histórias são contadas pelo professor.
"Eu gosto porque a professora lê rápido e mostra as figuras", comenta Larissa Fernandes Coutinho, de 8 anos. "Uma vez ela contou a história de uma girafa e eu fui para a Sala de Leitura, encontrei o livro e levei para casa", lembra.
A diretora da EMEF, Rosânea Maria Mazzini Correa, explica que a Parada da Leitura feita em voz alta pelo professor é apenas um dos momentos de contato com os livros. "O objetivo é que todos conheçam diversos gêneros textuais, tenham oportunidade de ouvir autores diferentes e acessem uma linguagem mais elaborada, diferente da usada no dia-a-dia".
Novas palavras
João Henrique Silva, de 9 anos, entendeu rapidamente o objetivo do projeto. "Com a professora lendo as histórias, a gente aprende novas palavras e a escrever melhor", diz.
"O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem, o tempo respondeu pro tempo que o tempo não tem tempo pra falar que tempo tem". Raiane Stefani Paiva de Oliveira, de 6 anos, gosta de decorar trava-línguas. A história preferida de Luana Stefani Resende, de 9, é a Cinderela. Em comum elas têm o gosto de recontar as histórias que aprendem na escola. Luana diz que a professora é uma inspiração que a leva a ler para os irmãos mais novos.
Outro momento dentro da rotina é quando os alunos lêem por conta própria. Aí, cada professora escolhe o horário melhor da aula para fazer esse trabalho. Além dos livros, tem gibi, revista e jornal. "Não precisa ler apenas literatura se o que está em jogo é o prazer da leitura", explica a diretora Rosânea.
Após a atividade, os livros voltam para a cestinha azul. O aluno que quiser continuar a leitura reencontrará a obra na Sala de Leitura. Muitos fazem isso na hora do intervalo ou optam por levar o livro para casa. A experiência fisgou Yasmim Bernardo Cruz, de 10 anos, que diz já ter sonhado com as várias histórias que conheceu. "Tive pesadelos com as histórias de terror e então comecei a ler poesias", diz.
No recreio, é hora de aproveitar um tempinho para ler com uma amiga. "Eu fiquei de boca aberta ao passar pelo estacionamento, no intervalo, e ver duas crianças de sete anos sentadas num cantinho, lendo", conta a professora Yara Pontes Candeo, do 4º ano do Ciclo I.
Na escola, no estacionamento, no quarto, na sala de casa e até no banheiro a leitura tem vez. Que o diga Beatriz Souza Caetano, de 10 anos, que, para se concentrar, escolheu o banheiro da quitinete onde mora como refúgio para a leitura. A Parada levou a menina a ter um sonho, o de ser monitora da Sala de Leitura, "para ajudar a professora Cecília".
Sem freio
Quem está começando a ler seus primeiros livros e também não consegue parar é Dionísio Miguel Pratas Rodrigues. Ele tem apenas 7 anos e, em 20 minutos de Parada, leu Tarzan, gibi da Mônica e a história da Mula sem Cabeça. "Você pode ser muito mais esperto", comenta, sobre a vantagem intelectual de quem lê sobre os que ignoram a leitura.
Livro após livro, os alunos desenvolvem a imaginação, expandem o vocabulário e o dicionário se torna um grande companheiro dessa brincadeira. Gabriela Moreira Sunhog de Oliveira, de 10 anos, adora pegar seu míni-Aurélio para procurar novas palavras. "Minha professora disse que o nosso dicionário vai crescendo conforme a idade”.
Enquanto as crianças brincam com a leitura, alguns dos jovens do Ciclo II, entre 11 e 14 anos, ajudam a monitorar os alunos mais novos, organizam o acervo da Sala de Leitura e aproveitam esses momentos para expandir o tempo de leitura da Parada. "A gente até decora onde estão os livros nas prateleiras, de tanto pegá-los na Sala de Leitura", conta Gustavo Henrique Rodrigues, de 14 anos. Em 2008, Gustavo leu 25 livros, todos de uma listinha organizada por ele.
Uma parada diferente
Na EMEF Leão Machado, em Vila Liviero, Zona Sul, as crianças entre 7 e 10 anos não querem barulho na escola às sete e meia da manhã. É a hora de a professora fazer a leitura. Nessa escola, a Parada é uma rotina diária, com a diferença de que as histórias são contadas pelo professor.
"Eu gosto porque a professora lê rápido e mostra as figuras", comenta Larissa Fernandes Coutinho, de 8 anos. "Uma vez ela contou a história de uma girafa e eu fui para a Sala de Leitura, encontrei o livro e levei para casa", lembra.
A diretora da EMEF, Rosânea Maria Mazzini Correa, explica que a Parada da Leitura feita em voz alta pelo professor é apenas um dos momentos de contato com os livros. "O objetivo é que todos conheçam diversos gêneros textuais, tenham oportunidade de ouvir autores diferentes e acessem uma linguagem mais elaborada, diferente da usada no dia-a-dia".
Novas palavras
João Henrique Silva, de 9 anos, entendeu rapidamente o objetivo do projeto. "Com a professora lendo as histórias, a gente aprende novas palavras e a escrever melhor", diz.
"O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem, o tempo respondeu pro tempo que o tempo não tem tempo pra falar que tempo tem". Raiane Stefani Paiva de Oliveira, de 6 anos, gosta de decorar trava-línguas. A história preferida de Luana Stefani Resende, de 9, é a Cinderela. Em comum elas têm o gosto de recontar as histórias que aprendem na escola. Luana diz que a professora é uma inspiração que a leva a ler para os irmãos mais novos.
Outro momento dentro da rotina é quando os alunos lêem por conta própria. Aí, cada professora escolhe o horário melhor da aula para fazer esse trabalho. Além dos livros, tem gibi, revista e jornal. "Não precisa ler apenas literatura se o que está em jogo é o prazer da leitura", explica a diretora Rosânea.
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