Secretaria Especial de Comunicação

Terça-feira, 3 de Agosto de 2010 | Horário: 13:34
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Livro e exposição revelam o universo dos cortiços paulistanos

O livro ''Cortiços - A Experiência de São Paulo'', organizado e editado pela Superintendência de Habitação Popular, foi lançado na Estação Júlio Prestes, junto com a abertura da exposição fotográfica de mesmo tema. A mostra ficará até dia 31.
Organizado e editado pela Superintendência de Habitação Popular (Habi), da Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo, o livro Cortiços - A Experiência de São Paulo foi lançado na última quinta-feira, 29, na Estação Júlio Prestes. O lançamento marcou também a abertura da exposição fotográfica Cortiços - Redesenhando espaços de [sobre]vivência, de Fabio Knoll. Com curadoria da fotógrafa e editora de imagens Maureen Bisilliat, a mostra ficará aberta ao público até 31 de agosto.

Em 144 páginas, mais de uma centena de imagens e com versão em inglês, o livro conta a história dessas moradias antigas que se tornaram opções baratas de residência - a maioria dos anos 30 e 40, concentradas na Sé e Mooca -, desde o fim do século 19 até os dias de hoje, representando um universo de 1.091 cortiços, onde vivem 11.446 famílias. Impresso pela Imprensa Oficial, a publicação, gratuita, está disponível na versão digital desde a última sexta-feira, 30, no hotsite Cidade Informal.

O livro apresenta também o Programa de Cortiços, as etapas de trabalho, com fluxograma, tabelas que detalham essas habitações em números, e a aplicação da Lei Moura. Com texto de Keila Prado Costa e Alonso López, sob supervisão da arquiteta Elisabete França, superintendente de Habitação Popular da Sehab, fotos de Fabio Knoll e prefácio de Thomas Hagenbrock, arquiteto e urbanista alemão radicado no Brasil há mais de 30 anos, a publicação revela ainda como a administração pública atuou na transformação dos cortiços em moradias dignas, mudando a realidade de milhares de famílias.

Muitas das fotos do livro estão entre as 36 expostas nos painéis suspensos, de 1,75m x 1,10m, que compõem a mostra Cortiços - Redesenhando espaços de [sobre]vivência. A idéia é que o público passeie em volta das imagens - estima-se que 2 milhões de pessoas passem por dia pela Estação. "O lugar tem tudo a ver, já que a maior parte dos cortiços fotografados está na região central da Cidade. As pessoas vão se reconhecer, se identificar, porque mesmo quem nunca viveu em cortiço tem uma imagem romantizada sobre ele", diz o fotógrafo. "Esta exposição vai mexer com o emocional das pessoas”.


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