Secretaria Especial de Comunicação
São Paulo apresenta ritmo frenético também nas alterações climáticas
Ao longo de seus 455 anos, a maior cidade da América Latina acolheu moradores de diversas partes do mundo. Crescendo num ritmo alucinante desde meados dos anos 70, a falta de planejamento trouxe resultados negativos e o clima é um dos grandes prejudicados.
São Paulo completa neste domingo, 25 de janeiro, seu 455° aniversário. Ao longo desses anos, a maior cidade da América Latina acolheu moradores de diversas partes do mundo. Crescendo num ritmo alucinante, a falta de planejamento tem trazido resultados negativos e o clima é um dos grandes prejudicados.
Segundo especialistas, diversos fatores têm contribuído para as mudanças no clima da cidade. O crescimento desordenado, a diminuição das áreas verdes, o aumento do número de veículos e da poluição são alguns problemas que, somados, têm provocado a elevação da temperatura média e também aumentado a ocorrência de chuvas fortes ao longo desses anos.
"A presença de concreto e o aquecimento da superfície fazem com que as chuvas fiquem mais concentradas nessas regiões e diminuam as precipitações nos arredores. Por isso ocorrem chuvas mais fortes nos bairros mais habitados da cidade", explica o Dr. Ricardo de Camargo, professor de meteorologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências atmosféricas da USP (IAG).
De acordo com dados do Centro de Gerenciamento de Emergência da Prefeitura de São Paulo (CGE), a Zona Leste, uma das regiões mais habitadas de São Paulo, tem recebido os maiores volumes de chuva nos últimos anos. O técnico em meteorologia do CGE, Adilson Nazário, explica que isso se deve ao fato da grande impermeabilização do solo sem a reposição da área verde ocupada. Criam-se verdadeiras "ilhas de calor". "Nesse caso específico, a única área preservada é o Parque do Carmo, onde a temperatura média é de 27ºC e se observa uma diferença significativa em comparação com o restante da Zona Leste de São Paulo, onde esse valor chega a 32ºC", afirma Nazário.
A maior incidência de chuvas provocadas por aquecimento e alta umidade ocorre geralmente sobre a Zona Leste e Grande ABC, que possuem um quadro muito semelhante. Estudos comprovam que 60% das chuvas são causadas pela incursão da brisa marítima (o ar mais frio que vem do oceano) que migra em direção aos locais com temperaturas mais elevadas. Como cita o professor de meteorologia da Universidade de São Paulo, Augusto Pereira: "Calor e umidade formam um casamento perfeito".
Fenômenos globais como o aquecimento e o efeito estufa também colaboram para intensificar esses problemas. Portanto, além desses fatores, o intenso e desordenado processo de urbanização que ocorreu na cidade desde os anos 70, aliado à falta de recursos tem levado as populações mais empobrecidas à ocupação de áreas impróprias para a moradia. "Essas pessoas se instalam em locais que, por terem características geológico-geomorfológicas desfavoráveis, possuem uma série de restrições quanto ao assentamento urbano", diz Ronaldo Malheiros, geólogo da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de São Paulo.
Malheiros ainda explica que esses locais são denominados como áreas de risco, e que essa situação é visível em vários pontos periféricos da cidade, onde as construções ultrapassam os limites da natureza, instalando-se em margens e nos próprios leitos dos rios. "Com a incidência das chuvas, essas regiões irregularmente urbanizadas ficam vulneráveis a sérios transtornos, como inundação nos fundos de vales, enchentes, alagamentos e processos de escorregamento nas encostas e margens de córregos (solapamentos)".
"A presença de concreto e o aquecimento da superfície fazem com que as chuvas fiquem mais concentradas nessas regiões e diminuam as precipitações nos arredores. Por isso ocorrem chuvas mais fortes nos bairros mais habitados da cidade", explica o Dr. Ricardo de Camargo, professor de meteorologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências atmosféricas da USP (IAG).
De acordo com dados do Centro de Gerenciamento de Emergência da Prefeitura de São Paulo (CGE), a Zona Leste, uma das regiões mais habitadas de São Paulo, tem recebido os maiores volumes de chuva nos últimos anos. O técnico em meteorologia do CGE, Adilson Nazário, explica que isso se deve ao fato da grande impermeabilização do solo sem a reposição da área verde ocupada. Criam-se verdadeiras "ilhas de calor". "Nesse caso específico, a única área preservada é o Parque do Carmo, onde a temperatura média é de 27ºC e se observa uma diferença significativa em comparação com o restante da Zona Leste de São Paulo, onde esse valor chega a 32ºC", afirma Nazário.
A maior incidência de chuvas provocadas por aquecimento e alta umidade ocorre geralmente sobre a Zona Leste e Grande ABC, que possuem um quadro muito semelhante. Estudos comprovam que 60% das chuvas são causadas pela incursão da brisa marítima (o ar mais frio que vem do oceano) que migra em direção aos locais com temperaturas mais elevadas. Como cita o professor de meteorologia da Universidade de São Paulo, Augusto Pereira: "Calor e umidade formam um casamento perfeito".
Fenômenos globais como o aquecimento e o efeito estufa também colaboram para intensificar esses problemas. Portanto, além desses fatores, o intenso e desordenado processo de urbanização que ocorreu na cidade desde os anos 70, aliado à falta de recursos tem levado as populações mais empobrecidas à ocupação de áreas impróprias para a moradia. "Essas pessoas se instalam em locais que, por terem características geológico-geomorfológicas desfavoráveis, possuem uma série de restrições quanto ao assentamento urbano", diz Ronaldo Malheiros, geólogo da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de São Paulo.
Malheiros ainda explica que esses locais são denominados como áreas de risco, e que essa situação é visível em vários pontos periféricos da cidade, onde as construções ultrapassam os limites da natureza, instalando-se em margens e nos próprios leitos dos rios. "Com a incidência das chuvas, essas regiões irregularmente urbanizadas ficam vulneráveis a sérios transtornos, como inundação nos fundos de vales, enchentes, alagamentos e processos de escorregamento nas encostas e margens de córregos (solapamentos)".
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