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Quinta-feira, 5 de Fevereiro de 2009 | Horário: 09:35
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SPTuris inaugura núcleo de pesquisas sobre o turismo na capital paulista

Duas publicações que trazem análises sobre a atividade turística foram lançadas na última quarta-feira (04/02). Uma traz índices de 2004 a 2008, e outra detalha o perfil do turista, gasto médio, avaliação da cidade, entre outros dados.
A São Paulo Turismo (SPTuris) lançou, na última quarta-feira (04/02), duas publicações que trazem análises sobre a atividade turística na cidade: "Indicadores e Pesquisas do Turismo na Cidade de São Paulo 2008" e "Dimensionamento e Caracterização da Demanda Turística no Município de São Paulo". O lançamento ocorreu durante a reunião do Conselho Municipal de Turismo de São Paulo (Comtur), no Hotel Renaissance.

"Indicadores e Pesquisas do Turismo na Cidade de São Paulo 2008" traz informações como índices do turismo na capital paulista de 2004 a 2008, pesquisas realizadas durante grandes feiras e eventos, dados sobre fluxo aéreo, estudo sobre o comportamento do turista de negócios corporativos, levantamentos sobre o turismo gastronômico e cultural, oferta turística e ações para o desenvolvimento do setor, entre outros.

Já "Dimensionamento e Caracterização da Demanda Turística no Município de São Paulo" é resultado de uma pesquisa feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a SPTuris, que detalha o perfil do turista que vem à Cidade, sua motivação de viagem, tempo de permanência, gasto médio, avaliação da Cidade e outros dados.

Os estudos fazem parte do novo núcleo de pesquisas da SPTuris, o Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo, cujo objetivo é dimensionar a atividade turística, medir a eficiência das ações da empresa e pautar novos projetos.

"Esses dados servirão não somente para a SPTuris, mas também para as agências de receptivo, hotéis, faculdades, outras entidades e demais profissionais de receptivo da cidade", afirma o presidente da empresa.


Indicadores do turismo dispararam após 2004

De acordo com "Indicadores", os números do turismo na capital paulista em 2008 alcançaram patamares recordes. "Esses números representam uma grande conquista para a Cidade e apontam a consolidação de São Paulo como destino não somente de eventos e negócios, mas também de lazer, compras, saúde e conhecimento", comemora o presidente da SPTuris.

São Paulo encerrou o ano com 11 milhões de visitantes, sendo 9,3 milhões de turistas nacionais e 1,7 milhão de estrangeiros (15% dos turistas). Esse índice é 2,8% maior do que em 2007, quando a Cidade teve 10,7 milhões de turistas. Quando comparado a 2004, o crescimento é ainda mais evidente: 34,15%. O número, inédito, comprova que São Paulo é o principal destino turístico do País.

A receita obtida com o setor ano passado ultrapassa R$ 8 bilhões, um aumento de 2,47% em relação a 2007 e de 29,69% em relação a 2004.

Outro recorde foi na arrecadação de ISS com o grupo 13, considerado o do turismo por conter gastos com pacotes, hospedagem e eventos. O montante chegou a R$ 124 milhões, cerca de R$ 14 milhões (ou 13%) a mais do que no ano passado. Na comparação com 2004, o crescimento foi de 63,58%.

A cidade fechou o ano com uma taxa de ocupação hoteleira média de 68,5%, índice considerado excelente pelos empresários. O número é 2,24% superior ao de 2007, quando a média de ocupação foi de 67%, e 24,1% (ou 13,3 pontos percentuais) maior em relação a 2004, quando a taxa foi de 55,2%.

E a ocupação dos hotéis subiu sem sacrificar a diária média, de R$ 159,45, cerca de 12% maior do que em 2005, quando este índice começou a ser medido. No mesmo período, A rentabilidade dos estabelecimentos subiu 38%.


Pesquisa traça perfil do turista e sua avaliação da cidade

Em "Dimensionamento", a Fipe, em parceria com a SPTuris, detecta o perfil dos turistas, motivação de viagem, avaliação da cidade e mais.

O levantamento apontou que, entre os visitantes brasileiros, a maioria é mulher (54,9%), recebe entre cinco e dez salários mínimos (35,3%), tem entre 40 e 59 anos (53,5%) e vem do próprio Estado (25,7%), Minas Gerais (13,1%), Rio de Janeiro (9,3%), Santa Catarina (8,8%), Paraná (7,8%), Rio Grande do Sul (5,5%), Bahia (5,1%), Pernambuco (3,8%), Espírito Santo (3,7%) e Mato Grosso do Sul (2,4%). Os meios de transporte mais usados para chegar até a cidade são ônibus (41,7%), avião (23,3%) e veículo próprio (22,2%).

A permanência média é de oito dias, mas a maioria dos visitantes fica quatro na cidade. O gasto médio foi de R$ 951,30 no período, excluindo gastos com transporte e hospedagem.

Quanto ao motivo da viagem, "Visita a parentes e amigos" é o primeiro, com 56,5% - "Negócios" é a segunda maior motivação (22,5%). "Eventos culturais" e "Turismo cultural" têm, somados, 21,9%, e "Compras", 19,1%. O mês com maior freqüência dos turistas domésticos é dezembro, com 22,8%.

Com relação à avaliação da cidade, todos os itens foram considerados mais positivos do que negativos, com destaque para hospedagem (98,4% de aprovação), agências de viagens (98%), restaurantes (94,5%), transportes (92,1%) e sinalização (86,9%). Os pontos que tiveram menor avaliação entre os turistas brasileiros foram segurança (65,8% de aprovação), limpeza (67,2%) e preços (70% de aprovação).

Entre os estrangeiros, a maioria são homens (77,4%), tem renda média mensal de R$ 4.583,24, entre 30 e 49 anos (55,7%) e vem dos Estados Unidos, Argentina, Alemanha, França, Chile, Portugal, Itália, Espanha, Inglaterra e México, respectivamente. O meio de transporte mais usado para chegar até a cidade é o avião (96%).

A permanência média é a mesma dos brasileiros. Já o gasto médio pula para R$ 2.700, novamente excluindo gastos com transporte e hospedagem. O principal motivo da viagem é a "Negócios" (57,2%), seguido de "Visita a parentes e amigos" (20,7%) e "Lazer" (13,6%).

Os itens mais bem avaliados entre os estrangeiros foram hospitalidade do povo (98,7% de aprovação), gastronomia e restaurantes (98,1%), acomodações (97,6%), diversão noturna (96,8%) e serviços de táxi (93,5%). As avaliações mais baixas foram para segurança pública (61,7% de aprovação), rodovias (62,6%) e limpeza (66,5%).


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