Secretaria Especial de Comunicação
Amigos do Samu completa um ano de prevenção aos trotes em São Paulo
O programa de concientização demonstra eficácia na redução de trotes feitos por crianças e ensina os pequenos cidadãos a usar corretamente cada um dos serviços emergenciais.
Há um ano o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) criou um programa educativo voltado a crianças da Rede Municipal de Ensino, o "Amigos do Samu", com foco na conscientização para a redução dos trotes aos serviços de emergências chamados por telefone na cidade de São Paulo.
Desenvolvido por enfermeiros do Núcleo de Educação do Samu, o programa demonstra eficácia na redução de trotes feitos por crianças nos meses de aula e ensina os pequenos cidadãos a usar corretamente cada um dos serviços emergenciais, como os Bombeiros (193), a Polícia (190) e o Samu (192).
Os dados consolidados do atendimento do Samu em 2008 demonstram o sucesso do programa. De abril a julho do ano passado, os trotes feitos ao serviço por crianças caíram pela metade, de 23.510 em abril para 11.739 em julho.
O coordenador da Central de Operações e de Comunicação do Samu, Domingos Guilherme Nápoli, explica que o programa visita entre 10 e 12 escolas semanalmente, orientando cerca de 5 mil crianças nesse período.
"O trabalho é feito por meio de encenações. O teatro ajuda a prender a atenção dos pequenos, que gravam tanto a história do atendimento a uma emergência quanto a de um trote e suas conseqüências indesejáveis. E eles acabam atuando como multiplicadores da conscientização em suas casas", afirma Nápoli.
Entre abril e dezembro de 2008, os Amigos do Samu visitaram escolas em todas as regiões de São Paulo, atingindo um público total de 32.644 crianças. Enquanto se divertem, as crianças aprendem como agir em casos de emergência, quais números devem ser acionados em cada situação e desenvolvem senso de responsabilidade.
Os trotes não são passados aos serviços de emergência apenas por crianças. Mas as vozes infantis são responsáveis pela maioria desses telefonemas com comunicados de falsas emergências, que congestionam as linhas de atendimento.
Para ter uma idéia da disparidade entre a quantidade de trotes feitos por adultos e crianças ao Samu, em janeiro de 2008 o número de trotes infantis (36.125) superou até o número de ligações que geraram abertura de chamadas (29.270). No mesmo período, os adultos foram responsáveis por 7.429 trotes.
Nápoli explica que nos meses de férias escolares, como janeiro, os trotes aumentam significativamente. "Estatisticamente fica claro que basta que as crianças fiquem desocupadas para que os trotes aumentem. Da mesma forma, toda vez que fazemos palestras ou que a mídia aborda o tema em matérias de televisão ou jornal, os trotes diminuem na mesma proporção. Portanto, informação e constância são a chave da prevenção aos trotes".
O treinamento dos profissionais do atendimento telefônico do Samu inclui estratégias para a detecção de chamadas enganosas, como um questionário especialmente desenvolvido para o tratamento com crianças. "Com perguntas estratégicas, rapidamente conseguimos perceber que se trata de ocorrência inexistente", diz o coordenador de Comunicação.
Quando as estatísticas se referem ao dia da semana, a sexta-feira é campeã dos trotes infantis. Já os adultos sem responsabilidade preferem a quinta-feira para atrapalhar o serviço de emergência.
O dia 1° de abril, conhecido mundialmente por ser o Dia da Mentira, também registra picos de trotes, historicamente. Essa data, em 2008, registrou 1.649 trotes ao Samu, comparados com os 621 em 31 de março e 403 em 2 de abril.
Mas as crianças não são responsáveis apenas pelos telefonemas enganosos. Muitas vezes elas estão realmente em apuros e buscam o serviço com um pedido de socorro. "Eu mesmo atendi outro dia uma criança que estava apavorada, pois a mãe havia entrado em trabalho de parto. Eu notava a voz da mãe ao fundo e fui fazendo perguntas e entretendo o menino, até que a ambulância conseguiu chegar ao local para fazer o parto", conta Nápoli.
As escolas interessadas em receber as palestras educativas podem fazer o pedido ao próprio Samu pelo telefone 3059-1400 ou pelo e-mail (samueducacao@prefeitura.sp.gov.br). Além da abordagem sobre os serviços, a população também aprende alguns procedimentos básicos de primeiros socorros.
No fim das reuniões, os participantes são convidados a conhecer a ambulância, seus equipamentos e recursos.
Conseqüências
Poucas vezes os serviços emergenciais conseguem identificar os autores de trotes e puni-los. Mas esse tipo de ação não é uma brincadeira e o adulto que passa um trote ao serviço de emergência está sujeito a punições sérias, além do prejuízo às vítimas que demoram a ser atendidas em função do congestionamento indevido das linhas telefônicas.
O autor dos trotes, quando identificado, responde por contravenção penal de perturbação da tranqüilidade alheia, tendo como vítima o agente atendente, pelo artigo 65 da Lei das Contravenções Penais, que prevê pena de prisão simples (de 15 dias a 2 meses) ou multa.
A pessoa pode responder ainda pelo crime do artigo 340 do Código Penal: falsa comunicação de crime ou de contravenção, cuja pena é detenção de um a seis meses ou multa.
Desenvolvido por enfermeiros do Núcleo de Educação do Samu, o programa demonstra eficácia na redução de trotes feitos por crianças nos meses de aula e ensina os pequenos cidadãos a usar corretamente cada um dos serviços emergenciais, como os Bombeiros (193), a Polícia (190) e o Samu (192).
Os dados consolidados do atendimento do Samu em 2008 demonstram o sucesso do programa. De abril a julho do ano passado, os trotes feitos ao serviço por crianças caíram pela metade, de 23.510 em abril para 11.739 em julho.
O coordenador da Central de Operações e de Comunicação do Samu, Domingos Guilherme Nápoli, explica que o programa visita entre 10 e 12 escolas semanalmente, orientando cerca de 5 mil crianças nesse período.
"O trabalho é feito por meio de encenações. O teatro ajuda a prender a atenção dos pequenos, que gravam tanto a história do atendimento a uma emergência quanto a de um trote e suas conseqüências indesejáveis. E eles acabam atuando como multiplicadores da conscientização em suas casas", afirma Nápoli.
Entre abril e dezembro de 2008, os Amigos do Samu visitaram escolas em todas as regiões de São Paulo, atingindo um público total de 32.644 crianças. Enquanto se divertem, as crianças aprendem como agir em casos de emergência, quais números devem ser acionados em cada situação e desenvolvem senso de responsabilidade.
Os trotes não são passados aos serviços de emergência apenas por crianças. Mas as vozes infantis são responsáveis pela maioria desses telefonemas com comunicados de falsas emergências, que congestionam as linhas de atendimento.
Para ter uma idéia da disparidade entre a quantidade de trotes feitos por adultos e crianças ao Samu, em janeiro de 2008 o número de trotes infantis (36.125) superou até o número de ligações que geraram abertura de chamadas (29.270). No mesmo período, os adultos foram responsáveis por 7.429 trotes.
Nápoli explica que nos meses de férias escolares, como janeiro, os trotes aumentam significativamente. "Estatisticamente fica claro que basta que as crianças fiquem desocupadas para que os trotes aumentem. Da mesma forma, toda vez que fazemos palestras ou que a mídia aborda o tema em matérias de televisão ou jornal, os trotes diminuem na mesma proporção. Portanto, informação e constância são a chave da prevenção aos trotes".
O treinamento dos profissionais do atendimento telefônico do Samu inclui estratégias para a detecção de chamadas enganosas, como um questionário especialmente desenvolvido para o tratamento com crianças. "Com perguntas estratégicas, rapidamente conseguimos perceber que se trata de ocorrência inexistente", diz o coordenador de Comunicação.
Quando as estatísticas se referem ao dia da semana, a sexta-feira é campeã dos trotes infantis. Já os adultos sem responsabilidade preferem a quinta-feira para atrapalhar o serviço de emergência.
O dia 1° de abril, conhecido mundialmente por ser o Dia da Mentira, também registra picos de trotes, historicamente. Essa data, em 2008, registrou 1.649 trotes ao Samu, comparados com os 621 em 31 de março e 403 em 2 de abril.
Mas as crianças não são responsáveis apenas pelos telefonemas enganosos. Muitas vezes elas estão realmente em apuros e buscam o serviço com um pedido de socorro. "Eu mesmo atendi outro dia uma criança que estava apavorada, pois a mãe havia entrado em trabalho de parto. Eu notava a voz da mãe ao fundo e fui fazendo perguntas e entretendo o menino, até que a ambulância conseguiu chegar ao local para fazer o parto", conta Nápoli.
As escolas interessadas em receber as palestras educativas podem fazer o pedido ao próprio Samu pelo telefone 3059-1400 ou pelo e-mail (samueducacao@prefeitura.sp.gov.br). Além da abordagem sobre os serviços, a população também aprende alguns procedimentos básicos de primeiros socorros.
No fim das reuniões, os participantes são convidados a conhecer a ambulância, seus equipamentos e recursos.
Conseqüências
Poucas vezes os serviços emergenciais conseguem identificar os autores de trotes e puni-los. Mas esse tipo de ação não é uma brincadeira e o adulto que passa um trote ao serviço de emergência está sujeito a punições sérias, além do prejuízo às vítimas que demoram a ser atendidas em função do congestionamento indevido das linhas telefônicas.
O autor dos trotes, quando identificado, responde por contravenção penal de perturbação da tranqüilidade alheia, tendo como vítima o agente atendente, pelo artigo 65 da Lei das Contravenções Penais, que prevê pena de prisão simples (de 15 dias a 2 meses) ou multa.
A pessoa pode responder ainda pelo crime do artigo 340 do Código Penal: falsa comunicação de crime ou de contravenção, cuja pena é detenção de um a seis meses ou multa.
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