Secretaria Especial de Comunicação

Quarta-feira, 12 de Março de 2008 | Horário: 11:00
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Samu reduz 50% o tempo de atendimento a pacientes

Em 2003, uma ambulância demorava 40 minutos em média. Em 2005, o índice passou a ser de 35 minutos. Em 2007, 25 minutos e no início de 2008 se consolida ao redor de 18 minutos. Mas a meta da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), é que o tempo de espera gira em torno de 10 a 12 minutos.
Na contramão do conturbado trânsito paulistano, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nunca foi tão rápido como no início deste ano.

Apesar do recorde também no número de chamadas - 1,4 milhaõ de ligações nos últimos 12 meses -, o Samu conseguiu reduzir 55% o tempo de atendimento. Graças às melhorias na gestão interna, a espera entre a chamada e a chegada da ambulância baixou de 40 minutos para 18 minutos nos últimos cinco anos.

Quando o Samu começou a funcionar em São Paulo o número médio de ligações por mês não ultrapassava a casa de 40 mil. A confiança da população no serviço aumentou com o passar dos anos e o resultado se confirma com triplicação do total de pedidos de ajuda. Hoje o número de chamadas chega a 120 mil por mês.

"O serviço conquistou suacredibilidade com base na qualidade dos atendimentos feitos. Os funcionários do Samu já ajudaram a salvar milhares de vida. E sempre estiveram presentes em momentos críticos da vida da Cidade, como no socorro às vítimas do acidente da TAM, ocorrido ano passado", lembra o coordenador de Regulação Médica do Samu que o acompanha desde sua criação.

No entanto, mais que a ampliação da cobertura, o Samu paulistano se orgulha da redução gradativa do tempo de resposta aos chamados em casos que envolvem risco de vida.

Em 2003, uma ambulância demorava 40 minutos em média. Em 2005, o índice passou a ser de 35 minutos. Em 2007, o tempo passou a ser de 25 minutos e no início de 2008 se consolida ao redor de 18 minutos. Mas este número ainda está longe da meta da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que espera vê-lo reduzido para algo entre 10 e 12 minutos, recomendação internacional.

Para atingir o nível atual, considerado excelente para um local com características peculiares, como São Paulo, o Samu adotou uma série de estratégias. A principal delas foi pulverizar sua frota de 137 ambulâncias por 57 bases no Município.

No início de 2005, elas eram apenas 34. Os postos avançados ajudaram a reduzir o tempo de deslocamento entre o ponto de saída e o de chegada. Outra medida importante foi a adoção de um modelo de manutenção preventiva, o que possibilitou que os carros do Samu apresentassem menos problemas mecânicos. O cuidado ajudou a manter mais veículos de socorro em condições de rodar. A idade média da frota do Samu é de 2,7 anos.

Uma terceira medida foi a gradativa implantação de um núcleo de regulação médica. Na Central 192, uma equipe composta por 17 atendentes e oito médicos reguladores acolhe e "filtra" as solicitações da população.

A partir de um questionário simples, os profissionais fazem a triagem e a classificação dos casos, o que possibilita priorizar os de maior gravidade. Por exemplo, um pedido de socorro para uma vítima de infarto é prioridade zero para o Samu.

"Um dos nossos desafios é que a população compreenda a missão do Samu. O Serviço atende apenas os casos que envolvem risco de vida, como vítimas de acidentes, queimaduras extensas ou pacientes em crise aguda", lembra o coordenador de Regulação Médica do Samu, para quem os trotes também configuram outra dificuldade operacional.

Do total de ligações recebidas pelo Samu, perto de 30% são trotes, principalmente de crianças. Os autores da "brincadeira" pedem o envio das ambulâncias e congestionam as linhas de atendimento. Algumas vezes, os detalhes são tantos que o socorro é autorizado, o que causa um prejuízo de até R$ 2,2 mil por saída. "Quem faz trotes esquece que o Samu corre contra o relógio.

Cada chamado improcedente provoca atraso no envio de ajuda para alguém que realmente precisa", lembra o coordenador. Para enfrentar esse problema, o Serviço inicia no fim de março uma campanha educativa em parques e escolas. A idéia é conscientizar a população sobre o uso responsável do 192.


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