Secretaria Especial de Comunicação

Quarta-feira, 2 de Abril de 2008 | Horário: 11:00
Compartilhe:

Cai o número de queixas contra serviços de iluminação

Desde 2005, com a criação do Ligue-Luz, um canal direto para a população fazer seus pedidos e obter informações sobre falhas na iluminação. o volume de protocolos gerados caiu 25%. A Ouvidoria do Município também registrou queda de 50% nas reclamações.
Quem já teve a oportunidade de olhar a Cidade do prédio mais alto ou viajar de avião à noite viu a grandiosidade que é o parque de iluminação de São Paulo. É como se fosse um céu estrelado sob os pés.

O maior e mais complexo parque de iluminação pública do mundo, com mais de 560 mil pontos, exige manutenções diárias, controle e fiscalização dos serviços prestados pelas empresas terceirizadas.

Em setembro do ano passado, o Departamento de Iluminação Pública (Ilume) criou o Ligue-Luz, um canal direto para a população fazer seus pedidos e obter informações sobre falhas na iluminação. A criação do teleatendimento reduziu cerca de 25% o volume de protocolos gerados: da média de 1.300 queixas diárias registradas anteriormente para 849, atualmente.

A Ouvidoria do Município também registrou queda de 50% nas reclamações, na comparação do mês de janeiro de 2007, quando foram computadas 655, com janeiro deste ano, mês em que houve 356 queixas.

O trabalho dos atendentes do Ligue-Luz não se restringe apenas à abertura de um protocolo e a enviá-lo para a área de manutenção, mas ouvir os moradores e orientá-los em suas dúvidas, que muitas vezes não são relacionadas diretamente à manutenção de uma luminária, mas a quedas de energia em sua residência, fios partidos de telefonia, postes de concreto abalroados, etc. Ao todo são 42 funcionários que se dividem em quatro turnos.

Para atender os protocolos gerados diariamente são mobilizadas 60 equipes de manutenção. Dos 849 pedidos recebidos, cerca de 94% referem-se a lâmpadas apagadas, muitas vezes por causa de cabos furtados da rede elétrica. Em média são retirados mensalmente 150 quilômetros de cabos - o equivalente à distância de ida e volta de São Paulo a São José dos Campos.

Além de causar prejuízo aos cofres públicos - em média R$ 300 mil ao mês -, o delito também faz com que as equipes deixem de atender protocolos de defeitos diversos para atender ocorrências de furto de cabos.

Para ter uma idéia, são gastos em média de 5 a 15 minutos para a troca de uma lâmpada, enquanto a reposição de fios furtados em um vão de 35 a 40 metros pode levar, dependendo de sua complexidade, de 25 a 40 minutos.

O trabalho das equipes de manutenção tem impacto ainda na segurança, como é o caso dos baixos do Elevado Costa e Silva e ruas no entorno da Santa Casa de Misericórdia, no bairro de Santa Cecília.

A remodelação de 500 luminárias sob o Elevado está em fase final, proporcionando maior visibilidade às pessoas que circulam pelo local. Nas proximidades da Santa Casa foram renovadas mais de 220 unidades. Além do Elevado e do hospital, outros viadutos e pontes receberam refletores sob as estruturas.

A rede de iluminação pública da Cidade de São Paulo conta com 50% de suas lâmpadas em vapor de sódio de alta pressão, enquanto nos pontos remanescentes, instalados há mais de 30 anos, predominam as lâmpadas de mercúrio. Todo esse sistema apresenta um índice de falha aceitável pelos padrões internacionais, de até 4%, mas na realidade as ocorrências existentes são inferiores a esse percentual.

A pesquisa de opinião pública "Viver em São Paulo", realizada pelo Instituto Ibope e divulgada em janeiro, aponta que a iluminação pública obteve nota média de 6,4 e está entre os 10 serviços mais bem avaliados da administração. Dos pesquisados, 61% apontaram satisfação com os serviços - 25% estão totalmente satisfeitos e 36% estão satisfeitos.

Redução do consumo de energia

A substituição das lâmpadas de mercúrio pelas de vapor de sódio, realizada pelo Programa Reluz, e outros trabalhos executados na rede de iluminação levaram a um ganho expressivo na eficiência da luminosidade e redução da conta de energia paga à concessionária.

Até 2005, a Prefeitura gastava cerca de R$ 11 milhões de conta, valor que recuou para R$ 8 milhões após a eficientização dos 240 mil pontos.

Considerado o maior programa de ampliação dos últimos anos, desde 2005 o Ilume instalou mais de 25 mil novos pontos de luz em ruas, praças, vielas, escadarias e avenidas que anteriormente não dispunham desse serviço. Foram beneficiadas mais de um milhão de pessoas.

A Cidade precisa constantemente de novos pontos de iluminação pública. O déficit de pontos está baseado em demandas reprimidas, necessitando de levantamentos e estudos técnicos de viabilidade. Para este ano, o Ilume prevê a implantação de mais de 11 mil novos pontos de luz.


collections
Galeria de imagens