Secretaria Especial de Comunicação

Terça-feira, 13 de Maio de 2008 | Horário: 18:16
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Prefeitura pede à polícia que investigue desligamento de computadores do CAT

Os CATs estão trabalhando sem acesso a novas vagas de emprego disponíveis, e sem a possibilidade de inserir trabalhadores desempregados no cadastro geral do Sine. Tudo por conta do servidor desligado. E, o mais grave: a habilitação de trabalhadores desempregados ao seguro desemprego também está inviabilizada no sistema municipal.
Pelo segundo dia consecutivo, as sete unidades do programa municipal Centro de Apoio ao Trabalho (CAT) estão sem ligação com os computadores que fornecem as listas de vagas de emprego cadastradas pelo Ministério do Trabalho. A Prefeitura pediu à Polícia que apure a aparente ocorrência de sabotagem ao serviço, o que foi formalizado por autoridade policial em Boletim de Ocorrência com apuração de eventual atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública.

O computador central (servidor) instalado no CAT da Liberdade, em área alugada no mesmo prédio onde funciona a Força Sindical, deixou de funcionar na tarde da última segunda-feira, pouco depois do anúncio da substituição de 30 funcionários por funcionários com deficiências, como prevê contrato.

Em entrevista na manhã de terça-feira, o prefeito manifestou o "desconforto da Prefeitura e da administração municipal com o desligamento" dos computadores. "Esse serviço é de grande importância para o trabalhador, especialmente os desempregados, que não podem sofrer esse tipo de ataque. Por isso, faço aqui um apelo ao ministro do Trabalho, o ministro Lupi, para que seja religado esse servidor. Ele com certeza ainda não tem essa informação, nós vamos informá-lo."

Desde março, a Secretaria Municipal do Trabalho (SMTrab) tem selecionado e contratado pessoas com deficiência para trabalhar nas unidades do CAT, conforme o estabelecido em contrato assinado entre a SMTrab e a Associação de Valorização e Promoção de Excepcionais (Avape), entidade conveniada para a gestão do CAT.

Em todas as unidades, a substituição de funcionários por pessoas com deficiência aconteceu sem problemas ou prejuízos ao atendimento à população, exceto na unidade Liberdade, localizada no Centro da cidade. No CAT Liberdade, os funcionários demitidos haviam sido indicados por Enoch Romano, integrante da Força Sindical.

Os dados que integram o sistema de cadastramento de vagas de emprego ao Sistema Nacional de Empregos (Sine) estão localizados em computador instalado no prédio da Força Sindical, onde funciona o CAT Liberdade. Esse computador-servidor foi desligado na tarde de segunda-feira, impedindo a atualização das informações sobre vagas.

Os CATs estão trabalhando sem acesso a novas vagas de emprego disponíveis, e sem a possibilidade de inserir trabalhadores desempregados no cadastro geral do Sine. Tudo por conta do servidor desligado. E, o mais grave: a habilitação de trabalhadores desempregados ao seguro desemprego também está inviabilizada no sistema municipal. Apesar do problema, o atendimento em cinco dos sete CATs continua sendo feito. As unidades Liberdade e Santo Amaro, na Zona Sul da cidade, conveniadas com entidades ligadas à Força Sindical, estão paralisadas.

A Prefeitura teme que a paralisação das duas unidades e o lamentável episódio de interrupção do funcionamento do computador central do sistema de cadastramento de vagas sejam parte de um conjunto de iniciativas com motivação político-partidária que vem sendo tema de noticiário divulgado em jornais.

Em fevereiro deste ano, a imprensa já havia noticiado a intenção de entidades sindicais de retirar do Município a administração de CATs, com importantes aumentos de custos para o poder público.

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