Prefeitura de São Paulo

Inaugurado no último dia 10, o Centro de Salvaguarda e Documentação do Centro Cultural São Paulo (CCSP) iniciou suas atividades no dia 12 com um seminário e workshop ministrados pelo restaurador italiano Antonio Mirabile.

Mas o laboratório de restauro de papéis do Centro já tem uma agenda cheia de desafios pela frente e deve começar recuperando parte do próprio acervo do CCSP atingido por um incêndio em 2007.

A criação do novo espaço, com 513 m² de área útil e um corpo técnico qualificado de 15 profissionais, teve o custo total de R$ 800 mil, dos quais R$ 300 mil investidos pela Caixa Econômica Federal no projeto e na obra civil e R$ 285 mil pela Vitae - Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social -, investidos em equipamentos, segurança, consultoria e mobiliário.

A contrapartida da Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, foi de aproximadamente R$ 200 mil, destinada para a infra-estrutura elétrica e também de telefonia, além do acondicionamento do local.

Após este primeiro seminário com Mirabile, a intenção do CCSP é cuidar de suas próprias coleções. A primeira etapa será o acondicionamento das obras que compõem a Coleção de Arte da Cidade de São Paulo (Pinacoteca Municipal), mantida no Centro Cultural São Paulo. Já estão sendo produzidos envelopes e folhas de material especial para a preservação de 2.700 obras em papel.

Em seguida, será a vez dos documentos danificados durante o incêndio ocorrido no Centro Cultural São Paulo há um ano pela queda de um balão. Os 2.300 documentos foram molhados após a ação dos bombeiros para conter as chamas. Embora tenham sido imediatamente secos e armazenados na reserva técnica, os itens precisam de restauração e tratamento que o novo Laboratório de Restauro poderá proporcionar.