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Quinta-feira, 18 de Janeiro de 2007 | Horário: 10:20
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Resgate em simulação dura 23 mintuos

O Corpo de Bombeiros considerou o tempo medido na operação de resgate do acidente simulado, 23 minutos, uma marca excelente. A colisão frontal foi encenada no Expresso Tiradentes, que será inaugurado em março.
Com apoio do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), da Guarda Civil Metropolitana e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), técnicos da São Paulo Transporte (SPTrans) realizaram na manhã desta quarta-feira (17/01) uma simulação de acidente com vítimas graves no Expresso Tiradentes.

O “acidente” - uma colisão frontal envolvendo dois ônibus articulados - ocorreu entre as estações Clube Atlético Ypiranga e Rua do Grito, no trecho elevado. O objetivo do exercício foi medir o tempo de atendimento a uma situação excepcional e agilizar a entrada de veículos de resgate no corredor por rotas alternativas.

Os coletivos bateram frontalmente e a violência da colisão causou duas vítimas leves num dos ônibus e duas graves, com diversos traumatismos, no outro. Além dos feridos, a simulação também encenou com um princípio de incêndio.

Para o coordenador do exercício pelos Bombeiros, capitão Santos, do 1º Grupo de Busca do Corpo de Bombeiros, o tempo medido, de 23 minutos, foi excelente. “Analiso esse tempo para o trabalho que foi executado com o empenho de todos nós como muito positivo, muito bom. Atingimos o objetivo, pois o tempo que eu queria era esse mesmo, menos de 30 minutos”, disse após a simulação.

Santos já havia participado na terça-feira (16/01) de uma pré-simulação do mesmo acidente e o tempo medido foi de mais de 30 minutos.

O especialista em transporte da SPTrans, Aramir Lourenço, também ficou satisfeito com a marca: “Podemos dizer para a população, com toda a certeza, que nós temos um plano emergencial capaz de atender a qualquer situação de emergência aqui no Expresso Tiradentes, em especial na via elevada, que pelas suas características apresenta uma série de dificuldades que foram brilhantemente superadas por todas as equipes aqui presentes”.

Lourenço refere-se ao Plano de Contingência Emergencial, um manual de procedimentos especialmente elaborado para a operação do Expresso Tiradentes. Baseado em relatórios do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e de resoluções do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) sobre acidentes automobilísticos, o manu al, cuja elaboração remonta a reuniões realizadas desde 2005, é uma ferramenta em constante atualização que na atual versão possui 104 páginas e está sendo disseminado entre os técnicos da SPTrans que trabalharão na gestão do corredor, a ser inaugurado em 8 de março.

Estão relacionadas nele, por exemplo, todas as rotas de saída e desvios operacionais que serão acionados em caso de emergências em qualquer ponto do Expresso Tiradentes. Estão programadas sete “comportas” que, além de servir de entrada (ou saída) para os coletivos, também serão as rotas para uso de veículos de emergência - sejam os dois guinchos que ficarão permanentemente de prontidão, sejam os carros de resgate.

O plano da SPTrans é realizar outras simulações antes do início da operação comercial. Aramir Lourenço adianta que uma das idéias é criar uma situação de incêndio em uma das estações ou no próprio Terminal Sacomã. A idéia dos simulados animou o capitão Santos, dos Bombeiros. “Na verdade, quando a gente recebe esse tipo de convite, para nós é um aprendizado, porque a situação é nova, extraordinária e diferente. Num espaço elevado como este, a situação extraordinária faz com que a gente se adapte a ela, um pé-direito de 18 metros, uma pista de mão dupla, com um volume muito grande de pessoas transportadas”.

Como foi o “acidente” da manhã de ontem Às 9h35 da manhã de ontem, partiu da Estação Terminal Mercado o coletivo de prefixo 52503. Menos de meia hora depois, ele foi abalroado de frente pelo ônibus prefixo 52501, também articulado como o primeiro. O acidente ocorreu em plena via elevada, a 18 metros de altura em relação à avenida do Estado com rua 1822, no Ipiranga.

Os motoristas dos veículos acionaram o Centro de Controle do Expresso e, diante da gravidade da ocorrência, prontamente contaram com o acompanhamento dos bombeiros.

Primeiro chegaram ao local do acidente três motocicletas do Corpo de Bombeiros. Enquanto eles faziam o reconhecimento do estado das vítimas, os motoristas tentavam apagar o princípio de incêndio no veículo que vinha no sentido Centro com os extintores dos coletivos.

Com quatro vítimas - duas leves e duas graves, com diversos traumatismos - e a possibilidade de os veículos explodirem, todos os demais passageiros foram afastados dos ônibus, aguardando para saírem dali. A área foi isolada por policiais militares. Naquele momento, começavam a chegar os veículos de resgate dos Bombeiros e do Samu.

Paralelamente, duas viaturas dos Bombeiros - uma delas equipada com a escada magirus - estacionaram ao lado do corredor.

Com a escada, o Corpo de Bombeiros levou uma mangueira para o elevado, com a qual debelou as chamas. As vítimas já estavam nos veículos de resgate. Um guincho da SPTrans estava pronto para recolher um dos ônibus e levou serragem para conter um vazamento de óleo que encharcava metade da pista.

Vinte e três minutos depois de chamarem os Bombeiros, a ocorrência foi considerada sob controle. Era o fim do exercício de simulação. Em uma situação real, a partir daquele momento os veículos seriam guinchados e o elevado do Expresso Tiradentes passaria por uma análise de engenheiros para checar se a estrutura não foi comprometida com o acidente.


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