Secretaria Especial de Comunicação

Terça-feira, 6 de Fevereiro de 2007 | Horário: 08:14
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Para compensar emissões de carbono, Prefeitura exige plantio de árvores

A Secretaria do Verde também passa a exigir, a partir de 24 de março, que os eventos realizados nos 32 parques municipais compensem as emissões de carbono com o plantio de árvores pela Cidade e façam o manejo adequado dos resíduos gerados pelos eventos.
Engajada na luta pela recuperação e preservação do meio ambiente, a Prefeitura de São Paulo assinou um convênio na semana passada que, nos próximos seis meses, vai formular uma política municipal específica para o tratamento de questões referentes às mudanças climáticas provocadas pelo desequilíbrio ambiental e o levantamento do potencial de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) para a Cidade.

O projeto será realizado por um grupo de entidades e especialistas no assunto: Governos Locais para a Sustentabilidade (ICLEI-Brasil) e Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (GVces). O convênio está inserido no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e foi firmado pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA). “Ações como esta fazem com que a Prefeitura de São Paulo assuma a liderança nacional no que se refere à responsabilidade ambiental por parte de órgãos governamentais”, disse ontem o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente em exercício.

O convênio assinado com o ICLEI-Brasil prevê a realização de um estudo amplo, com pesquisas detalhadas, que vai produzir justificativas para embasar a formulação de uma lei municipal: a Lei de Política Municipal de Mudanças Climáticas. Tudo o que for possível para minimizar os efeitos do aquecimento global em São Paulo deverá estar previsto na nova política pública da Cidade.

Além disso, o convênio prevê o levantamento detalhado de potencial de projetos candidatos ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no Município, para identificar oportunidades de investimentos em projetos sustentáveis, capazes de gerar ganhos para a sociedade e o meio ambiente nos níveis local e global, bem como créditos de carbono.

A Secretaria do Verde também passa a exigir, a partir de 24 de março, que os eventos realizados nos 32 parques municipais compensem as emissões de carbono com o plantio de árvores pela Cidade e façam o manejo adequado dos resíduos gerados pelos eventos. Além de inibir as emissões, a medida contribui para ampliar as áreas verdes na Cidade. A medida é parte das iniciativas do Comitê Municipal de Mudanças Climáticas e Eco-economia, criado em junho de 2005, por decreto municipal.

O secretário em exercício da SVMA explica que a questão do aquecimento global tem gerado um aumento no nível de conscientização ambiental de cidadãos comuns e empresários, nos últimos dois anos. Tanto é assim que, mesmo antes de entrar em vigor, muitos eventos em São Paulo oferecem as compensações ou “neutralização do carbono emitido” voluntariamente.

É o caso do show do grupo Jeito Moleque, que se prontificou a neutralizar os efeitos de seu show por ocasião do último aniversário de São Paulo, como costuma fazer em todos os locais em que se apresenta. Os organizadores do São Paulo Fashion Week e a Ciee Brasil, que será responsável pela exposição “Leonardo da Vinci – O Corpo Humano Real e Fascinante”, que entra em cartaz na Oca do Parque Ibirapuera em 1° de março, se comprometeram a adotar a mesma medida.

“A princípio, o plantio de árvores é a medida neutralizadora mais adequada que conhecemos contra o superaquecimento. Mas o uso de energias alternativas, como a energia solar, e qualquer medida de redução de consumo de água, por exemplo, serão sempre muito bem-vindas”, diz o secretário do Verde em exercício.

Outra medida de impacto ambientalmente responsável que o governo municipal pretende adotar em breve são as ‘Compras Verdes’. Na última semana, a Prefeitura criou um grupo de estudos intersecretarial que, em 90 dias, vai produzir subsídios para um novo decreto municipal, desta vez direcionado a priorizar a aquisição de produtos e serviços ecologicamente corretos. “O prefeito nos deu três meses para preparar as orientações necessárias para que as licitações e outras formas de compras municipais levem em consideração a necessidade de aquisição de produtos ambientalmente amigáveis”, explica o secretário em exercício.

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