Secretaria Especial de Comunicação
Novas casas urbanizam favela Vitotoma Mastroroza, em São Mateus
As novas unidades ficam em uma área de 23 mil m², onde anteriormente havia barracos e esgoto a céu aberto. Agora o bairro tem ruas pavimentadas, calçadas com piso intertravado, iluminação pública e espaços de lazer arborizados, com quadra de esportes e playground.
O prefeito de São Paulo entregou neste domingo, dia 18, 94 novas unidades habitacionais que fazem parte da última fase do projeto de urbanização da Favela Vitotoma Mastroroza, a antiga Favela Tietê, em São Mateus, na Zona Leste da cidade. São casas e apartamentos novos que beneficiam diretamente 254 famílias.
As novas unidades habitacionais estão situadas em uma área de 23 mil metros quadrados, onde anteriormente havia barracos e esgoto a céu aberto. Agora o bairro tem ruas pavimentadas, calçadas com piso intertravado, iluminação pública e espaços de lazer arborizados, com quadra de esportes e playground.
A urbanização feita pela Secretaria Municipal de Habitação incluiu obras de infra-estrutura, com adequação e melhoria das moradias precárias e a implantação de redes de esgoto e de abastecimento de água em parceria com a Sabesp, além de regularização fundiária. Também foram executados trabalhos de terraplanagem, construção de escadas de acesso entre as unidades e muros de contenção. A área de risco foi eliminada.
O prefeito participou da solenidade, que contou com um coral de crianças da região, e entregou pessoalmente para dois moradores as chaves da nova casa. Um dos que receberam as chaves das mãos do prefeito foi Antônio Carlos da Silva, morador na região há 15 anos, que se mudará para a nova residência com três filhos, uma neta e a esposa, Maria das Neves. “A gente vai sair do aluguel e começar a pagar por uma coisa que é nossa. Esse é um sonho que nós tínhamos há muito tempo”, diz a esposa.
Foram construídas na Vitotoma Mastroroza 118 unidades, sendo 62 casas sobrepostas e 56 verticalizadas. Do total, 24 unidades foram entregues no ano passado. Aribaldo Bispo de Oliveira foi um dos beneficiados. Além de destacar a melhoria de vida, ele apontou o baixo custo das parcelas pagas - R$ 59,50 - como uma das maiores vantagens. “Eu morava em barraco, casa de madeira. E, em vista do que eu pagava antes, aqui é muito mais barato”.
A área útil das casas é de 45,32 m² e dos apartamentos, 43,36 m². Cada unidade conta com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Para atender à demanda já definida desde o início das obras, o projeto também possui unidade voltada inteiramente para deficientes físicos.
Executadas por meio do Programa de Canalização de Córregos, Implantação de Vias e Recuperação Ambiental e Social de Fundos de Vale (Procav) e financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), as obras custaram R$ 7 milhões. A área está localizada no Jardim Tietê, entre as avenidas Mateo Bei e Rio das Pedras, importante rota alternativa à avenida Aricanduva para quem pretende se deslocar para o Centro da cidade. A favela existia desde os anos 70.
Um novo conceito em urbanização
Desde 2005, a Prefeitura de São Paulo reviu alguns de seus conceitos quanto à urbanização de favelas. Em vez de construir grandes conjuntos habitacionais em regiões afastadas, a idéia tem sido manter as pessoas onde estão, reforçando a identidade das comunidades locais e impedindo que elas abandonem a área ou permitam novas invasões.
Um caso interessante é o trabalho que a Prefeitura desenvolve na urbanização da favela Vila Nilo. Além da participação da população local na escolha do projeto arquitetônico, todo o núcleo habitacional está sendo melhorado. “Tinha muita coisa de madeira na Vila Nilo. Você faz todas aquelas obras novas, mas e quem não tem condições? Fica com uma casa ruim? Então a gente fez um estudo de readequação das fachadas”, conta a arquiteta Maria Teresa Cardoso Fedeli, uma das responsáveis pela urbanização da favela.
Ela diz que quem tinha muro construído com madeira teve o trabalho refeito com alvenaria pela Prefeitura. Além disso, foi feito um estudo cromático, que levou em conta as preferências dos moradores sobre a localização e a disposição das casas. Feito a escolha, as paredes das casas começaram a ser pintadas, de acordo com a região. “A gente está fazendo isso em todas as casas da Vila Nilo, e dá uma nova cara à área. Escolhemos cores quentes, com energia, que joguem um contraste”, conta Maria Teresa. Além disso, a própria favela recebe um novo paisagismo, com direito a novas praças, muitas plantas e brinquedos para as crianças.
“Estamos procurando com nossas obras manter o maior número de pessoas na mesma área, com soluções que na medida do possível tenham o mais baixo impacto”, explica o diretor de Projetos e Obras da Secretaria da Habitação, Luis Henrique Tibiriçá Ramos.
São removidos para outros locais apenas os moradores que tiveram suas casas demolidas para a abertura de novas ruas, ou para a instalação de algum serviço, como água, luz ou esgoto. Essas famílias, como a de Antônio Carlos da Silva, ficam durante as obras morando de aluguel e, após a conclusão dos trabalhos, recebem da Prefeitura uma nova habitação, no mesmo local, como as 94 unidades habitacionais entregues no domingo pelo prefeito.
Os moradores beneficiados com casas recebem um Termo de Permissão de Uso (TPU), pelo qual pagam um valor equivalente a 17% do salário mínimo, atualmente R$ 59,50. Após a regularização, os moradores têm a opção de comprar as unidades. Caso decidam pela compra, o valor de TPU pago pelo morador será abatido do valor real das unidades, que é de aproximadamente R$ 30 mil.
As casas restantes da favela ganham acesso à água, luz e telefone, além de um título de concessão e posse da terra. A idéia, segundo Tibiriçá, é que a melhoria das condições de habitação somada à posse real da casa melhore a auto-estima da população local. “É um impacto, de forma que imediatamente a população começa a melhorar suas casas, suas fachadas. Os moradores se sentem mais donos, passaram a ter endereço”, diz. Contribui para isso também o fato de que essas comunidades atendidas deixam de ser consideradas favelas pela Prefeitura, tornando-se núcleos habitacionais.
Tibiriçá diz que, a médio e longo prazo, essa ação pode reduzir consideravelmente o número de favelas. “Nós damos um primeiro empurrão, dando um mínimo de infra-estrutura. Além disso, quando a gente faz a urbanização, dotamos a área de lazer, de paisagismo. O morador vê que não mora numa favela mais”. A Prefeitura desenvolve atualmente 16 obras de urbanização de favelas, todas com base nesse novo modelo.
As novas unidades habitacionais estão situadas em uma área de 23 mil metros quadrados, onde anteriormente havia barracos e esgoto a céu aberto. Agora o bairro tem ruas pavimentadas, calçadas com piso intertravado, iluminação pública e espaços de lazer arborizados, com quadra de esportes e playground.
A urbanização feita pela Secretaria Municipal de Habitação incluiu obras de infra-estrutura, com adequação e melhoria das moradias precárias e a implantação de redes de esgoto e de abastecimento de água em parceria com a Sabesp, além de regularização fundiária. Também foram executados trabalhos de terraplanagem, construção de escadas de acesso entre as unidades e muros de contenção. A área de risco foi eliminada.
O prefeito participou da solenidade, que contou com um coral de crianças da região, e entregou pessoalmente para dois moradores as chaves da nova casa. Um dos que receberam as chaves das mãos do prefeito foi Antônio Carlos da Silva, morador na região há 15 anos, que se mudará para a nova residência com três filhos, uma neta e a esposa, Maria das Neves. “A gente vai sair do aluguel e começar a pagar por uma coisa que é nossa. Esse é um sonho que nós tínhamos há muito tempo”, diz a esposa.
Foram construídas na Vitotoma Mastroroza 118 unidades, sendo 62 casas sobrepostas e 56 verticalizadas. Do total, 24 unidades foram entregues no ano passado. Aribaldo Bispo de Oliveira foi um dos beneficiados. Além de destacar a melhoria de vida, ele apontou o baixo custo das parcelas pagas - R$ 59,50 - como uma das maiores vantagens. “Eu morava em barraco, casa de madeira. E, em vista do que eu pagava antes, aqui é muito mais barato”.
A área útil das casas é de 45,32 m² e dos apartamentos, 43,36 m². Cada unidade conta com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Para atender à demanda já definida desde o início das obras, o projeto também possui unidade voltada inteiramente para deficientes físicos.
Executadas por meio do Programa de Canalização de Córregos, Implantação de Vias e Recuperação Ambiental e Social de Fundos de Vale (Procav) e financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), as obras custaram R$ 7 milhões. A área está localizada no Jardim Tietê, entre as avenidas Mateo Bei e Rio das Pedras, importante rota alternativa à avenida Aricanduva para quem pretende se deslocar para o Centro da cidade. A favela existia desde os anos 70.
Um novo conceito em urbanização
Desde 2005, a Prefeitura de São Paulo reviu alguns de seus conceitos quanto à urbanização de favelas. Em vez de construir grandes conjuntos habitacionais em regiões afastadas, a idéia tem sido manter as pessoas onde estão, reforçando a identidade das comunidades locais e impedindo que elas abandonem a área ou permitam novas invasões.
Um caso interessante é o trabalho que a Prefeitura desenvolve na urbanização da favela Vila Nilo. Além da participação da população local na escolha do projeto arquitetônico, todo o núcleo habitacional está sendo melhorado. “Tinha muita coisa de madeira na Vila Nilo. Você faz todas aquelas obras novas, mas e quem não tem condições? Fica com uma casa ruim? Então a gente fez um estudo de readequação das fachadas”, conta a arquiteta Maria Teresa Cardoso Fedeli, uma das responsáveis pela urbanização da favela.
Ela diz que quem tinha muro construído com madeira teve o trabalho refeito com alvenaria pela Prefeitura. Além disso, foi feito um estudo cromático, que levou em conta as preferências dos moradores sobre a localização e a disposição das casas. Feito a escolha, as paredes das casas começaram a ser pintadas, de acordo com a região. “A gente está fazendo isso em todas as casas da Vila Nilo, e dá uma nova cara à área. Escolhemos cores quentes, com energia, que joguem um contraste”, conta Maria Teresa. Além disso, a própria favela recebe um novo paisagismo, com direito a novas praças, muitas plantas e brinquedos para as crianças.
“Estamos procurando com nossas obras manter o maior número de pessoas na mesma área, com soluções que na medida do possível tenham o mais baixo impacto”, explica o diretor de Projetos e Obras da Secretaria da Habitação, Luis Henrique Tibiriçá Ramos.
São removidos para outros locais apenas os moradores que tiveram suas casas demolidas para a abertura de novas ruas, ou para a instalação de algum serviço, como água, luz ou esgoto. Essas famílias, como a de Antônio Carlos da Silva, ficam durante as obras morando de aluguel e, após a conclusão dos trabalhos, recebem da Prefeitura uma nova habitação, no mesmo local, como as 94 unidades habitacionais entregues no domingo pelo prefeito.
Os moradores beneficiados com casas recebem um Termo de Permissão de Uso (TPU), pelo qual pagam um valor equivalente a 17% do salário mínimo, atualmente R$ 59,50. Após a regularização, os moradores têm a opção de comprar as unidades. Caso decidam pela compra, o valor de TPU pago pelo morador será abatido do valor real das unidades, que é de aproximadamente R$ 30 mil.
As casas restantes da favela ganham acesso à água, luz e telefone, além de um título de concessão e posse da terra. A idéia, segundo Tibiriçá, é que a melhoria das condições de habitação somada à posse real da casa melhore a auto-estima da população local. “É um impacto, de forma que imediatamente a população começa a melhorar suas casas, suas fachadas. Os moradores se sentem mais donos, passaram a ter endereço”, diz. Contribui para isso também o fato de que essas comunidades atendidas deixam de ser consideradas favelas pela Prefeitura, tornando-se núcleos habitacionais.
Tibiriçá diz que, a médio e longo prazo, essa ação pode reduzir consideravelmente o número de favelas. “Nós damos um primeiro empurrão, dando um mínimo de infra-estrutura. Além disso, quando a gente faz a urbanização, dotamos a área de lazer, de paisagismo. O morador vê que não mora numa favela mais”. A Prefeitura desenvolve atualmente 16 obras de urbanização de favelas, todas com base nesse novo modelo.
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