Secretaria Especial de Comunicação
Revitalização do Centro vai restaurar o antigo Gasômetro
A licitação para a execução do projeto de restauro e conservação será aberta neste primeiro semestre de 2007 e as obras deverão começar em 2008.
A Casa das Retortas, o antigo Gasômetro do Parque Dom Pedro II, magnífico exemplo da arquitetura fabril inglesa do século XIX, será restaurada pela Prefeitura de São Paulo, por intermédio do Programa de Reabilitação da Área Central de São Paulo (Procentro). A licitação para a execução do projeto de restauro e conservação será aberta neste primeiro semestre de 2007 e as obras deverão começar em 2008.
Situada na confluência das ruas do Gasômetro, da Figueira e Maria Domitila, a Casa das Retortas foi construída na antiga várzea do Tamanduateí, no Parque Dom Pedro II. De construção inspirada nos padrões impostos pela Revolução Industrial, da qual se destacam as paredes com notável espessura, o local serviu de sede para a produção de gás. A Casa das Retortas foi declarada de utilidade pública em 1967 e, no ano seguinte, foi criada a Companhia Paulista de Gás (Comgás), que encomendou ao arquiteto Paulo Mendes da Rocha o projeto de restauração e adaptação do edifício principal. As obras foram executadas em 1978 e, em 1979, o edifício passou a abrigar o Centro de Pesquisas sobre a Arte Brasileira Contemporânea, antigo Idart, e o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), ambos da Secretaria Municipal da Cultura.
O conjunto da Casa das Retortas ocupa um terreno de 17.060 m² e abrange uma área construída de 13.079 m². Depois da reforma das Praças da República e da Sé e dos trabalhos de revitalização das ruas da Nova Luz, o Centro de São Paulo está ficando de cara nova com a revitalização da rua do Gasômetro. Com o projeto elaborado pela Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), as obras ficarão prontas até o fim do ano, incluindo a construção de um canteiro central, com quiosques para lazer e descanso.
Contando com aporte financeiro de US$ 100 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a participação da Prefeitura de São Paulo com mais US$ 67,4 milhões, o Procentro, que é gerido pela Emurb, atua em diversos projetos na Cidade de São Paulo, nos quais já foram aplicados US$ 22,3 milhões.
Dentre as intervenções realizadas pelo Procentro, destacam-se as reurbanizações das praças da República, Sé e Roosevelt; a recuperação da fachada do Theatro Municipal; a recuperação da Biblioteca Mário de Andrade; as melhorias na iluminação pública da região central; a recuperação e o reforço das galerias de águas pluviais; a reqüalificação urbana da Nova Luz (ruas Santa Ifigênia, Mauá, General Osório e Aurora, e avenidas Casper Líbero, Ipiranga, e Duque de Caxias); além de obras de reforma da praça Júlio de Mesquita, Largo do Paissandu e Boulevard São João, recuperação do viaduto Dona Paulina e da Ladeira da Memória.
Resgate da história
A iluminação pública na Cidade de São Paulo no século XIX era bastante precária, constituída apenas por alguns lampiões à base de óleo de baleia colocados nas ruas em grandes braços de ferro.
Várias tentativas foram feitas visando à melhora do sistema de iluminação pública, como a utilização de gás hidrogênio, óleo resinoso fotogênico e querosene. Em 1869, com a formação da The San Paulo Gas Company, o óleo e o querosene que iluminavam as ruas da capital começaram a ser substituídos por um combustível mais eficiente, o gás de carvão.
A primeira usina de gás foi construída em local então afastado, fora dos limites da Cidade, porém próximo dos trilhos da estrada de ferro que corria a longo da margem direita do rio Tamanduateí, visto que facilitaria o transporte da matéria-prima. Assim, na área da antiga Chácara da Figueira (propriedade da Marquesa de Santos), no bairro do Brás, nasceu em 1872 a primeira Casa das Retortas (retortas é o nome dado aos recipientes que recebem o carvão para a produção de gás).
No entanto, a cidade cresceu e os serviços de iluminação tornaram-se insuficientes, sendo então necessária a construção, em 1889, da segunda Casa das Retortas, de maiores dimensões, para atender ao aumento do consumo. O conjunto do Gasômetro correspondia, em técnica e material, às demais construções do gênero dessa época, todas vinculadas a um padrão inglês de arquitetura industrial do século XIX. Constituía-se num grande pavilhão de paredes de alvenaria, reforçadas por cintas de ferro e com cobertura de telhas francesas sustentadas por uma estrutura metálica.
Posteriormente, a Casa das Retortas passou por uma série de reformas em função do avanço das técnicas de manipulação do gás e do aumento progressivo do consumo.
Após 100 anos de sua inauguração, a Casa das Retortas foi desativada com a inauguração de uma nova usina, que passou a produzir energia com gás de nafta.
Situada na confluência das ruas do Gasômetro, da Figueira e Maria Domitila, a Casa das Retortas foi construída na antiga várzea do Tamanduateí, no Parque Dom Pedro II. De construção inspirada nos padrões impostos pela Revolução Industrial, da qual se destacam as paredes com notável espessura, o local serviu de sede para a produção de gás. A Casa das Retortas foi declarada de utilidade pública em 1967 e, no ano seguinte, foi criada a Companhia Paulista de Gás (Comgás), que encomendou ao arquiteto Paulo Mendes da Rocha o projeto de restauração e adaptação do edifício principal. As obras foram executadas em 1978 e, em 1979, o edifício passou a abrigar o Centro de Pesquisas sobre a Arte Brasileira Contemporânea, antigo Idart, e o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), ambos da Secretaria Municipal da Cultura.
O conjunto da Casa das Retortas ocupa um terreno de 17.060 m² e abrange uma área construída de 13.079 m². Depois da reforma das Praças da República e da Sé e dos trabalhos de revitalização das ruas da Nova Luz, o Centro de São Paulo está ficando de cara nova com a revitalização da rua do Gasômetro. Com o projeto elaborado pela Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), as obras ficarão prontas até o fim do ano, incluindo a construção de um canteiro central, com quiosques para lazer e descanso.
Contando com aporte financeiro de US$ 100 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a participação da Prefeitura de São Paulo com mais US$ 67,4 milhões, o Procentro, que é gerido pela Emurb, atua em diversos projetos na Cidade de São Paulo, nos quais já foram aplicados US$ 22,3 milhões.
Dentre as intervenções realizadas pelo Procentro, destacam-se as reurbanizações das praças da República, Sé e Roosevelt; a recuperação da fachada do Theatro Municipal; a recuperação da Biblioteca Mário de Andrade; as melhorias na iluminação pública da região central; a recuperação e o reforço das galerias de águas pluviais; a reqüalificação urbana da Nova Luz (ruas Santa Ifigênia, Mauá, General Osório e Aurora, e avenidas Casper Líbero, Ipiranga, e Duque de Caxias); além de obras de reforma da praça Júlio de Mesquita, Largo do Paissandu e Boulevard São João, recuperação do viaduto Dona Paulina e da Ladeira da Memória.
Resgate da história
A iluminação pública na Cidade de São Paulo no século XIX era bastante precária, constituída apenas por alguns lampiões à base de óleo de baleia colocados nas ruas em grandes braços de ferro.
Várias tentativas foram feitas visando à melhora do sistema de iluminação pública, como a utilização de gás hidrogênio, óleo resinoso fotogênico e querosene. Em 1869, com a formação da The San Paulo Gas Company, o óleo e o querosene que iluminavam as ruas da capital começaram a ser substituídos por um combustível mais eficiente, o gás de carvão.
A primeira usina de gás foi construída em local então afastado, fora dos limites da Cidade, porém próximo dos trilhos da estrada de ferro que corria a longo da margem direita do rio Tamanduateí, visto que facilitaria o transporte da matéria-prima. Assim, na área da antiga Chácara da Figueira (propriedade da Marquesa de Santos), no bairro do Brás, nasceu em 1872 a primeira Casa das Retortas (retortas é o nome dado aos recipientes que recebem o carvão para a produção de gás).
No entanto, a cidade cresceu e os serviços de iluminação tornaram-se insuficientes, sendo então necessária a construção, em 1889, da segunda Casa das Retortas, de maiores dimensões, para atender ao aumento do consumo. O conjunto do Gasômetro correspondia, em técnica e material, às demais construções do gênero dessa época, todas vinculadas a um padrão inglês de arquitetura industrial do século XIX. Constituía-se num grande pavilhão de paredes de alvenaria, reforçadas por cintas de ferro e com cobertura de telhas francesas sustentadas por uma estrutura metálica.
Posteriormente, a Casa das Retortas passou por uma série de reformas em função do avanço das técnicas de manipulação do gás e do aumento progressivo do consumo.
Após 100 anos de sua inauguração, a Casa das Retortas foi desativada com a inauguração de uma nova usina, que passou a produzir energia com gás de nafta.
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