Prefeitura de São Paulo

Com o intuito de incentivar a leitura entre as pessoas em situação de alta vulnerabilidade social e atendendo às muitas reivindicações dos albergados, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) inaugura mais uma biblioteca em um de seus 35 albergues. Esta é mais uma parceria entre a Smads e a Secretaria de Estado da Cultura. A inauguração será hoje, às 14h, no Albergue Casa de Simeão (rua Assunção, 480 – Brás).

A Secretaria de Estado da Cultura, por meio do programa “São Paulo: Um Estado de Leitores”, doou duas estantes e mil livros de entretenimento e conhecimentos gerais, que somados ao arquivo já existente totalizam 1.200 livros. A Smads oferece o espaço e os voluntários encarregados de organizar a biblioteca. E este é só o começo de um acervo que vai contagiar os moradores, pois a biblioteca já despertou o interesse nos albergados que aguardam ansiosos pela inauguração. Aqueles que quiserem retirar os livros devem procurar o funcionário de plantão da biblioteca para fazer o cadastro.

Esta é a quinta biblioteca inaugurada dentro de um equipamento da rede de proteção da Smads. Outras quatro foram inauguradas ano passado nos albergues Cireneu (República), Estação Vivência (Pari), Estação Bem Estar (Ipiranga) e Ueze Zahran (Canindé).

A coordenadora do albergue Casa de Simeão, Neusa Maria, acredita que a abertura da biblioteca no local é de extrema importância para a convivência dos moradores. “Esta é uma grande conquista para a casa. Os albergados já mostram um grande interesse pela leitura, sinalizando o sucesso desta inauguração”, comenta Neusa.

A Casa de Simeão tem 180 albergados entre idosos e deficientes físicos e funciona todos os dias por 24 horas. Entre outros serviços faz encaminhamentos para documentação pessoal, serviços de saúde, educação e trabalho e também orienta os moradores para a obtenção de aposentadoria e acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Interessados podem fazer doações no próprio albergue ou na subprefeitura mais próxima de sua casa.

Outras bibliotecas

A primeira biblioteca, inaugurada em 26 de junho do ano passado no Albergue Ueze Zahram, faz, em média, quatro empréstimos diários. Os livros de maior consulta são os romances, os didáticos, os espíritas e os religiosos. No albergue, há no total 270 vagas para homens e mulheres em situação de rua.

Inaugurada em julho de 2006, a biblioteca do Instituto Cireneu tem uma média de oito exemplares emprestados por dia. Segundo o coordenador Paulo Gomes, os albergados estão se acostumando com o novo espaço e “está se tornando um hábito chegar da rua e procurar a biblioteca”.

Os mais procurados são as enciclopédias de geografia, história do Brasil, literatura e anatomia; revistas e livros de romance e policial.

Inaugurada também em outubro de 2006, a biblioteca da Estação Vivência tem um acervo de 2.100 livros. A maior procura é por romances, literatura, livros didáticos e revistas. A biblioteca é um lugar de convívio para os albergados e recebe, em média, dez visitantes por dia para ler e folhear os volumes. A maioria dos moradores deste albergue é de homens. Cem pessoas são atendidas no núcleo de serviços durante o dia e há 220 vagas à noite apenas para homens.

Em funcionamento desde outubro do ano passado a biblioteca Estação Bem Estar tem um acervo de 1.230 volumes, entre revistas, histórias em quadrinhos, romances e livros didáticos. Destes, os mais procurados são os três primeiros gêneros. Homens e mulheres se dividem no interesse pelos livros perfazendo um total de 200 empréstimos por mês. Há 100 vagas noturnas (80 para homens e 20 para mulheres) e 50 diurnas no núcleo de serviços.