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Quarta-feira, 25 de Abril de 2007 | Horário: 11:15
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Estádio do Pacaembu faz 67 anos e ganha selo comemorativo

Inaugurado em 27 de abril de 1940, o Pacaembu era considerado na época o maior estádio da América Latina, com capacidade para 70 mil pessoas. A abertura oficial foi com rodada dupla: o primeiro foi Palestra Itália 6 x 2 Coritiba, seguido de Corinthians 4 x 2 Atlético Mineiro.
O estádio mais simpático e charmoso da Cidade, palco de grandes acontecimentos esportivos e culturais, está completando 67 anos de existência. Como forma de homenagear o estádio e comemorar seu aniversário, será lançado na sexta-feira (27/04), em parceria com os Correios, o selo com imagem panorâmica do Estádio Municipal Dr. Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu.

Inaugurado em 27 de abril de 1940, o Pacaembu era considerado na época o maior estádio da América Latina, com capacidade para 70 mil pessoas. A abertura oficial foi com rodada dupla: o primeiro foi Palestra Itália 6 x 2 Coritiba, seguido de Corinthians 4 x 2 Atlético Mineiro, clubes tradicionais do futebol brasileiro.

A região do Pacaembu, na década de 1920, não era a mais apropriada para a prática do futebol. Repleta de atoleiros, a área recebeu dos índios o nome Pacaembu, que na língua Tupi significa terras alagadas. No entanto, o bairro começou a mudar em 1925, quando a Cia. City of São Paulo & Freehold Limited iniciou sua urbanização. Até então, só existiam duas edificações na região, o Asilo dos Expostos, da Santa Casa de Misericórdia, e o Hospital Samaritano.

Desde 1920, os esportistas paulistanos sonhavam com a construção de um grande estádio de futebol em São Paulo. Até o fim da década de 1930, os jogos se concentravam em pequenos campos de bairros populosos como o parque São Jorge, no Tatuapé, e o Parque Antártica, na Água Branca.

Em 1936, o governador Armando Salles de Oliveira iniciou a construção do Estádio Municipal de São Paulo, em um terreno doado pela mesma Cia. City. Quatro anos depois, em 27 de abril de 1940, o estádio foi inaugurado com a presença do presidente da República, Getúlio Vargas, do interventor Ademar de Barros e do prefeito Prestes Maia. Mais de 60 mil pessoas ouviram o pronunciamento de Vargas durante a solenidade.

O primeiro jogo da Seleção Brasileira de Futebol no Pacaembu foi em 17 de maio de 1944, em um amistoso contra o Uruguai, vencido pelo Brasil por 4 x 0. Em 1950, o estádio foi palco do jogo Brasil e Suíça, pela Copa do Mundo, com empate por 2 a 2, no qual a torcida vaiou a seleção. Já em 1958, a Seleção foi festejada no estádio pela conquista de sua primeira Copa do Mundo, na Suécia.

Em 1961, em homenagem ao "marechal da vitória", chefe da delegação brasileira na Suécia, o Pacaembu foi batizado de estádio Paulo Machado de Carvalho.

A área de futebol do estádio tinha 14.476 m². Da arquibancada de 31 degraus, com um metro de largura e 600 m de comprimento, podia-se ver a concha acústica e a réplica da estátua de Davi, de Michelangelo, uma das marcas registradas nos anos 1950/60. Até que, em 1970, a concha acústica deu lugar ao tobogã, que acrescentou à capacidade do estádio mais 15 mil lugares. E a estátua, desde 2001, está no Centro Esportivo do Trabalhador (Ceret), no Tatuapé.

Em dezembro de 1994, o estádio de futebol foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) do Estado de São Paulo.

Segundo a Secretaria de Habitação, a capacidade do estádio é de 40.260 torcedores. Desses lugares contabilizados, 37.952 são pagantes e 2.308 são destinados a aposentados e crianças entre 5 e 12 anos.

Outros esportes

Mas nem só de futebol vive o Pacaembu, que também tem instalações para a prática de natação, boxe, basquete, vôlei, handebol, futsal, atletismo e tênis. O espaço conhecido como “pavilhão do tênis” abriga a estátua de Maria Esther Bueno, uma das maiores tenistas de sua geração, que conquistou por três vezes o torneio de Wimbledon (1959-60 e 64) na Inglaterra.

Há também uma piscina olímpica que recebeu várias competições nacionais, além de sediar campeonatos regionais e acolher a comunidade que pode desfrutar de momentos de lazer e recreação.

Décadas mais tarde, em 2005, o estádio voltou a receber a Seleção Brasileira de Futebol. O imponente Pacaembu foi palco do amistoso entre Brasil e Guatemala, que marcou a despedida do tetracampeão Romário das partidas do Seleção Canarinho. O “baixinho” deixou sua marca na vitória por 3 X 0 sobre a Guatemala.

Espaço para a história

O Museu do Futebol, orçado em R$ 25 milhões, é uma parceria da Secretaria Municipal de Esportes da Cidade de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho, com apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Ministério da Cultura. Será um espaço dedicado à memória e à história do futebol brasileiro, numa área de 5.600 m², dividida em espaços temáticos e interativos. O Museu ocupará três andares sob as arquibancadas da área em curva do estádio.

A fachada do Pacaembu também será restaurada e receberá nova iluminação. A instalação de quiosques de alimentação, loja de souvenires e livraria em seu interior, com saídas independentes pela praça Charles Miller, vai possibilitar a integração com o estádio e promover a revitalização do local.

No projeto do Museu do Futebol, de autoria do arquiteto Mauro Munhoz, está prevista também a criação de um estúdio-auditório com capacidade para 200 pessoas. O local será construído para que jogadores, técnicos, árbitros e jornalistas possam fazer seus depoimentos sobre o esporte, que serão gravados com a participação do público. Esses registros farão parte do acervo do Museu do Futebol, que vai contar ainda com lojas de clubes, salas de consulta multimídia e de educação, além de restaurante e café.

Quando for inaugurado, o museu promete atrair não apenas torcedores, mas também uma parcela dos mais de 2 milhões de visitantes que vêm a São Paulo todo ano a trabalho ou turismo e poderão aproveitar a estada para curtir uma paixão que faz parte da vida da maioria da população, o futebol.

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