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Domingo, 1 de Julho de 2007 | Horário: 19:15
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Prefeitura inaugura o Hospital Municipal Cidade Tiradentes, o primeiro em quase duas décadas

O hospital será referência para 31 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), três unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA), dois hospitais e dois prontos-socorros da região de Cidade Tiradentes e Guaianases.
“A Cidade está muito feliz. Depois de 17 anos, a Prefeitura entrega um novo hospital”, anunciou o prefeito de São Paulo, ao inaugurar neste domingo (01/07) o Hospital Municipal Cidade Tiradentes. “São 230 leitos que serão de muita importância para o atendimento da saúde da Zona Leste”, disse. Serão beneficiadas mais de 530 mil pessoas da região de Cidade Tiradentes e Guaianases.

O Cidade Tiradentes é o quinto maior hospital do Município, com 230 leitos para internação e capacidade para atender até 25 mil pacientes por mês. Quando estiver funcionando com sua capacidade máxima, abrigará 1.200 funcionários em seus quatro andares.

A unidade fará atendimentos de urgência e emergência e também de especialidades. Possui UTIs (infantil, adulto e neonatal), pronto-socorro (adulto e infantil), centros cirúrgico e obstétrico, berçário, enfermaria, consultórios de ginecologia e de assistência social, salas de triagem, de observação masculina e feminina, de vacinação e de choque, pronto-atendimento, raios-x, ultrassom, tomografia, banco de sangue, farmácia, laboratório, necrotério, área destinada a atividades de saúde mental, auditório com sala de tradução, lavanderia, almoxarifado, refeitório e lanchonete.

O hospital será referência para 31 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), três unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA), dois hospitais e dois prontos-socorros da região de Cidade Tiradentes e Guaianases.

As obras consumiram R$ 80 milhões, sendo aproximadamente R$ 38 milhões gastos pela Prefeitura, R$ 33 milhões pelo Governo do Estado e R$ 10 milhões pelo Governo Federal. Outros R$ 40 milhões, inteiramente bancados pela Prefeitura, foram usandos na compra de equipamentos.

Para manter o hospital, serão necessários R$ 60 milhões por ano - metade do valor total gasto com obras e equipamentos. O governador José Serra anunciou no evento que o Estado ajudará a Prefeitura a bancar os custos de manutenção.

Investimento em saúde

As obras de construção do hospital se arrastaram por anos. Iniciadas em 2003, elas foram interrompidas no ano seguinte e retomadas apenas com a nova gestão, em 2005. Até então, apenas R$ 10 milhões haviam sido investidos no hospital.

Foi quando o então prefeito José Serra definiu como prioridades a construção de dois hospitais, o Cidade Tiradentes e o M’Boi Mirim, prioridades mantidas pelo novo prefeito. O próximo a ser entregue é o Hospital do M'Boi Mirim. “Nós teremos ao final da gestão entregue dois novos hospitais à Cidade de São Paulo. A saúde tem sido uma prioridade total da gestão que se iniciou com o hoje governador José Serra”, declarou o prefeito. Foram investidos mais R$ 110 milhões na obra.

Além da construção desses hospitais, o prefeito destacou outros investimentos na área da Saúde, como a construção das Assistências Médicas Ambulatoriais. “As AMAs ajudam no atendimento primário e assim desafogam nossos hospitais e nossos prontos-socorros. As AMAs, que hoje são 50 e serão até o final do ano 100, passarão a funcionar 24h por dia”. Outra ação que demonstra a prioridade que a área representa para a atual gestão é a fatia do Orçamento investida em Saúde, que hoje ultrapassa os 15% obrigatórios por Lei.

Parceria

O novo hospital será o primeiro do Município gerenciado por uma Organização Social de Saúde (OSS), a Casa de Saúde Santa Marcelina, que já administra, junto ao Governo do Estado, os Hospitais do Itaim Paulista e Itaquaquecetuba. “Temos orgulho de apresentar parceiros competentes, idôneos e com espírito público, da envergadura das Irmãs Marcelinas. São parceiros como esses que a Cidade precisa”, disse o prefeito, com o que concordou o governador Serra: "O serviço vai ser padrão Santa Marcelina, ou seja, um atendimento eficiente e humanitário”.

“Nós faremos toda a gestão administrativa do hospital. O patrimônio continua sendo público, a gestão será do Santa Marcelina”, afirmou Irmã Rosane Ghedin, diretora-presidente do Hospital Santa Marcelina. “No início do ano começamos a administrar 15 UBSs e três AMAs nestes bairros no modelo OSS. Desta forma, conhecemos bem a região e sabemos da carência de atendimento. Acreditamos que a chegada do Hospital Cidade Tiradentes trará um suporte importante para a população local”, disse.

Funcionamento gradativo

Como qualquer outro hospital desse porte, a abertura do Cidade Tiradentes ocorrerá por etapas, garantindo a qualidade e a segurança dos serviços implantados. “Acionando uma etapa por vez, será possível fazer os ajustes de fluxos, observar na prática o que os funcionários foram treinados para fazer, testar o funcionamento dos diversos setores, enfim, organizar cada processo dessa operação tão complexa que é colocar em funcionamento um hospital”,- ressalta a secretária municipal da Saúde.

A partir desta segunda-feira (02/07), o hospital começa a funcionar com a ativação dos setores de internação, com 31 leitos de internação de adultos e 14 de internação infantil. No próximo mês, entram em funcionamento o pronto-socorro, a UTI, o centro cirúrgico e a maternidade. Até o fim do ano, serão ativados mais leitos de internação, aumentando a capacidade dos serviços para mais de 60% do total.

Mais moderno

O hospital inaugurado neste domingo (01) é o mais moderno da rede pública municipal e também da Cidade de São Paulo, equipado com tecnologia digital. Todos os exames de diagnóstico e imagem serão feitos pelo sistema PACS (Picture Archiving Communication System), de última geração, utilizado em grandes centros hospitalares privados.

A digitalização do serviço de radiodiagnóstico proporciona mais rapidez nos laudos, diminuindo as filas de espera; aumenta a eficiência e precisão da resposta médica; possibilita maior controle dos exames; e gerencia de modo mais ágil o armazenamento e distribuição das imagens.

O projeto arquitetônico, premiado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e um dos vencedores da segunda edição do Prêmio Prisma, valoriza a preservação do meio ambiente e a preocupação em oferecer espaços agradáveis e confortáveis para pacientes, médicos e funcionários. O prédio tem jardins internos que podem ser vistos de todas as partes do hospital, inclusive da UTI. Também há clarabóias que permitem a entrada de luz natural e um sistema de armazenamento de energia solar que conta com mais de 100 painéis coletores que aquecerão a água usada no dia-a-dia. Isso representará uma economia de 25% no consumo total de energia.

Acessíveis, todos os setores do Cidade Tiradentes foram projetados para acolher pacientes com necessidades especiais. Placas de informação em braile e pisos em alto-relevo foram instalados em todos os andares para atender os deficientes visuais. Rampas e banheiros com barras de apoio e piso antiderrapante garantem a segurança e o acesso dos idosos e cadeirantes. Até mesmo as necessidades das pessoas obesas foram levadas em consideração: há cadeiras, poltronas, macas e camas reforçadas e de tamanho adequados para receber pacientes ou visitantes acima do peso.

Uma das principais preocupações durante o processo de planejamento e construção do novo hospital foi criar uma estrutura que estimulasse o atendimento humanizado da população que busca por ajuda. A área de atendimento em saúde mental, por exemplo, funcionará como hospital-dia, com a função de facilitar o atendimento do paciente com transtornos psiquiátricos em crise e ao mesmo tempo apoiar seu processo de reinserção social e familiar.

Acompanharam o evento os secretários municipais da Saúde, de Infra-Estrutura Urbana e Obras, da Comunicação, de Assistência e Desenvolvimento Social, de Participação e Parceria, de Esportes, do Verde e Meio Ambiente; os subprefeitos de Cidade Tiradentes, da Penha, de Itaquera, de São Mateus, de Campo Limpo, de Vila Prudente, de Ermelino Matarazzo, de Aricanduva, da Vila Maria/Vila Guilherme, e do Jaçanã/Tremembé, além dos secretários estaduais da Saúde, Luiz Roberto Barradas, e de Assistência e Desenvolvimento Social, Rogério Amato.

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