Secretaria Especial de Comunicação

Terça-feira, 4 de Setembro de 2007 | Horário: 16:03
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Prefeito desloca-se para favela em chamas e anuncia ajuda a 80 famílias

Colchões, camas de campanha, kit higiene e alimentação foram providenciados pela Prefeitura. Famílias que tiveram casas atingidas pelo incêndio receberão aluguel social. Prefeito pediu estudo detalhado para solucionar problema no Jardim Edite.
Cerca de 80 famílias que foram atingidas por incêndio na favela Jardim Edite, na Zona Sul, vão receber ajuda da Prefeitura. O prefeito de São Paulo, acompanhado pelos secretários municipais de Assistência e Desenvolvimento Social e de Habitação e o subprefeito de Pinheiros, esteve na manhã desta terça-feira (04/09) na favela situada na avenida Jornalista Roberto Marinho e acompanharam o trabalho do Corpo de Bombeiros no combate ao fogo.

O prefeito anunciou medidas imediatas para amenizar o sofrimento dos moradores, que vão da transferência para abrigos e distribuição de artigos de higiene e alimentação até a concessão de ajuda financeira, o aluguel social. As famílias deverão ser atendidas por programas de moradia da Prefeitura.

"Depois de abrigadas em locais provisórios, as famílias serão inscritas em programas para concessão de aluguel social e encaminhamento para moradias definitivas, que estão sendo construídas pela CDHU e pela Cohab", afirmou o prefeito.

O incêndio na favela Jardim Edite começou por volta das 9h30. Atingiu área de aproximadamente 400 m². Levantamento feito pela Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) registra 644 famílias vivendo no local, em barracos de até três ou quatro pisos sobrepostos. Os barracos ocupam a margem da pista da Roberto Marinho em direção à avenida Luís Carlos Berrini, nos baixos do Complexo Viário Real Parque. As moradias precárias avançam por vielas internas. Não houve feridos.

Para socorrer as vítimas, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) distribuiu colchões, camas de campana, cobertores, cestas básicas, marmitex e kits de higiene (toalha, sabonete, creme e escova dental). Elas ficarão alojadas no Espaço Cancioneiro (abrigo de alvenaria, dotado de banheiros, construído nos baixos da alça de acesso do viaduto da avenida Bandeirantes), localizado a cerca de 500 metros do local.

De acordo com o secretário de Assistência Social, as famílias ficarão alojadas pelo tempo necessário, estimado em cerca de seis meses, para que possam ser realocadas a novas moradias. "A gente espera que eles aceitem essa alternativa, porque da forma como eles moram, do ponto de vista social, é uma verdadeira tragédia", lamentou. O secretário destacou que nessas situações muitas famílias preferem buscar abrigo junto a familiares ou amigos, mas a Prefeitura oferece a todos a possibilidade de moradia com condições mínimas de proteção, higiene e alimentação.

Numa segunda fase, as famílias serão cadastradas e passarão a receber auxílio financeiro no valor de R$ 300 mensais por período de seis meses, como aluguel social. Com essa ajuda, poderão se alojar em moradias dignas até que sejam inscritas em programas habitacionais.

Segundo o secretário municipal de Habitação, a Prefeitura vai avaliar outras moradias que não foram atingidas diretamente pelo fogo mas podem ter sido afetadas pela força da água utilizada para conter as chamas. O secretário destacou que a administração municipal vai buscar apoio do Governo do Estado e da Secretaria Estadual de Habitação para encontrar solução definitiva e remover as famílias que ocupam o Jardim Edite. "O prefeito determinou que fizéssemos estudos para firmar convênios com os Governos Federal e do Estado para a remoção dessa favela, de forma cuidadosa e com cautela, para que as famílias possam se organizar", explicou.

Em trabalho conjunto entre a Subprefeitura de Pinheiros, Smads e Sehab, assistentes sociais vão cadastrar as famílias atingidas pelo incêndio. Em abril de 2005 houve outro incêndio na favela. Deixou 90 famílias desabrigadas. Naquela ocasião, o fogo foi causado por ligação de luz clandestina.

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