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Segunda-feira, 10 de Setembro de 2007 | Horário: 19:15
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Prefeito anuncia Praça dos Ipês-Amarelos no local da tragédia em Congonhas

A Praça dos Ipês-Amarelos será construída em terreno de 7.900 metros quadrados, já declarado de utilidade pública pelo prefeito. No local ficam três imóveis e o prédio da TAM Express, que foi implodido e cujo terreno será doado pela companhia aérea ao município.
O prefeito apresentou na tarde desta segunda-feira (10/09), na sede da Prefeitura, o projeto da praça que será construída no local do acidente com o avião da TAM que fazia o vôo 3054, ocorrido em 17 de julho ao lado do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul. A tragédia provocou a morte de 199 pessoas.

A Praça dos Ipês-Amarelos será construída em terreno de 7.900 metros quadrados, já declarado de utilidade pública pelo prefeito. No local ficam três imóveis e o prédio da TAM Express, que foi implodido e cujo terreno será doado pela companhia aérea ao município. Os outros três imóveis deverão ser desapropriados.

"Este projeto transmite sentimento de paz e de Brasil, graças aos seus ipês amarelos", afirmou o prefeito. "A praça servirá como área de lazer, mas também ficará posicionada no cenário nacional como uma permanente reflexão de todos nós, brasileiros, sobre a necessidade de preservarmos nossas instituições e respeitar os cidadãos", acrescentou.

O projeto foi desenvolvido após estudos de um grupo de trabalho formado por integrantes das Secretarias Municipais do Governo, de Verde e Meio Ambiente, da Coordenação das Subprefeituras e da Cultura.

Projetada pelo arquiteto Marcos Cartum, da Secretaria Municipal de Cultura, a praça será construída 90 centímetros acima do nível da avenida Washington Luiz. Terá dois espaços distintos, mas que dialogam entre si. Um será de concreto pigmentado de branco, com duas paredes oblíquas revestidas de material antipichação. Terão, respectivamente, 60 metros e 40 metros de extensão, quatro metros de altura e um metro de largura, iluminadas por canaletas implantadas no solo. O piso, também branco, terá dezenas de pontos de luz branca (leds) espalhados em sua área.

Rampas e escadas conduzirão o freqüentador ao outro ambiente, que tomará cerca de 70% da área. Este espaço será gramado e cercado de ipês-amarelos adultos. Haverá também paisagismo feito com arbustos e flores, além de bancos e brinquedos para crianças.

"Optamos por um projeto com muita cor e luz, fruto de um conceito delicado, no qual a dor e a superação são representadas de forma a dialogarem em um grande ambiente livre", destacou a secretária-adjunta do Governo Municipal, que preside o grupo de trabalho encarregado dos estudos nomeado pelo prefeito.

Não estão previstas referências diretas ao acidente aéreo. "A idéia é não ter relação direta com as pessoas que perderam a vida naquele local, mas é óbvio que a praça não existiria se não tivesse acontecido esse trágico acidente", explicou o prefeito. O nome foi escolhido pelo fato de o ipê -amarelo ser planta nativa e árvore-símbolo do País.

O prefeito destacou que o projeto apresentado não é definitivo porque os parentes das vítimas do acidente aéreo e os moradores da região terão a oportunidade de discutir a proposta apresentada e encaminhar sugestões. De acordo com o secretário de Coordenação das Subprefeituras e subprefeito da Sé, a Associação Pró-Campo Belo já enviou abaixo-assinado à Prefeitura apoiando a iniciativa.

O secretário municipal de Verde e Meio Ambiente destacou a importância de mais uma área verde para São Paulo. "Temos estudos mostrando que determinados bairros sem arborização apresentam temperaturas cinco ou até seis graus mais altas que bairros bem arborizados", afirmou. "Portanto, a implantação de novas praças tem importância para o meio ambiente, para a estética da Cidade, mas também para a saúde da população".

A meta é que a praça esteja concluída em meados do ano que vem. A liberação da área ainda vai levar alguns meses, porque o local onde ficava o prédio da TAM ainda passa por perícia.

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