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Quarta-feira, 17 de Outubro de 2007 | Horário: 10:00
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A mortalidade infantil está em queda na Capital

Cidade de São Paulo mantém tendência de queda da taxa de mortalidade infantil. O atendimento público a mães, surte efeito. A meta do município como um todo é atingir uma taxa em torno de 12 por mil até 2009.
A taxa de mortalidade infantil no município mantém a tendência de queda registrada nos últimos anos. O dado referente a 2006 mantém o mesmo número de 2005, ou seja, 12,9 mortes em cada grupo de mil crianças com menos de um ano de idade.

Para a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o indicador é positivo e confirma que, na capital, as ações voltadas para o atendimento dessa população têm dado bons resultados. Entre as medidas colocadas em prática está a criação da Rede de Proteção à Mãe Paulistana, que tem como objetivo a melhoria de qualidade da assistência à gestante, ao recém-nascido e à criança durante o primeiro ano de vida.

Essas ações têm contribuído cada vez mais para a queda acentuada registrada nos últimos 10 anos. Em 1998 esse índice registrava 17,9 mortes em cada grupo de mil crianças, o que significa uma redução de aproximadamente 28%. De acordo com o levantamento da SMS, dos 96 distritos administrativos da capital, 28 apresentam taxa de mortalidade infantil inferior a 10 óbitos por mil nascidos vivos. Esse parâmetro os coloca em pé de igualdade com a situação de cidades da Europa ou América do Norte. A meta do município como um todo é atingir uma taxa em torno de 12 por mil até 2009.

A situação de distritos administrativos, como Alto de Pinheiros, Cambuci e Ipiranga, que apresentaram queda bastante acentuada, exemplifica o trabalho realizado no âmbito da capital. Nesses locais, de 2005 para 2006, a taxa de mortalidade infantil passou de 10,8 para 5,6 óbitos, de 18,7 para 7,3 e de 20,4 para 7,0 por mil nascidos vivos, respectivamente. Outro ponto de destaque do estudo é a baixa nos números em regiões distantes, onde a população tradicionalmente depende apenas da rede púbica de saúde para ter assistência.

Outro caso representativo do esforço contra a mortalidade infantil é o de Marsilac, extremo sul da Cidade e uma das regiões mais afastadas do Centro. Em 2002, o distrito apresentou um índice de 31,1 óbitos em cada grupo de mil crianças. Em 2005, o número já era de 16,8 por mil. E em 2006 o indicador ficou em 9,2. Tendência semelhante foi registrada em José Bonifácio, Zona Leste. Em 2005, a região tinha um índice de 19,2 por mil. No ano seguinte, a taxa recuou para 10,1.

Com base nos indicadores, a SMS reforçará todas suas ações voltadas para as crianças e as gestantes. A atenção ao pré-natal e parto estão contribuindo para os resultados satisfatórios. "Isso prova que programas como Mãe Paulistana têm garantido a essas mulheres o pré-natal, assistência neonatal, acompanhamento do processo de crescimento e desenvolvimento durante o primeiro ano de vida do bebê, como esperávamos", afirma a coordenadora da Saúde e da Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal da Saúde. Ela diz ainda que a meta é ampliar e otimizar as estratégias ligadas ao tema.

Para tanto, os profissionais estão sendo treinados para atuar com mais intensidade principalmente durante o período neonatal. "Queremos melhorar ainda mais o cuidado ao recém-nascido. Estamos equipando as UTI, ministrando cursos nesta área e uniformizando normas para assistência. Se nesta fase, que é de maior fragilidade, a mãe e bebê não tiverem o acompanhamento necessário, eles estarão sujeitos a complicações e doenças graves", enfatiza a coordenadora.

10 Menores Taxas de Mortalidade Infantil nos distritos paulistanos, em 2006 (/1000 NV)

1° Jaguará (3,1)
2° Vila Leopoldina (3,8)
3° Jardim Paulista (3,9)
4° Lapa (4,2)
5° Mooca (4,8)
6° Moema (4,9)
7° Alto de Pinheiros (3,9)
8° Pari (6,1)
9° Vila Guilherme (6,7)
10° Perdizes (6,8)

Fonte: Seade, 2007.

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