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Quarta-feira, 24 de Outubro de 2007 | Horário: 08:00
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CET amplia sistema de monitoramento de infrações de trânsito

A Companhia de Engenharia de Tráfego tem 84 câmeras para flagrar quem desrespeitar sinal vermelho. A implantação de mais câmeras pretende coibir ação infratora e, com isso, tornar o trânsito de motoristas e pedestres mais seguro.
Há três meses, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) amplia o número de Registrador Fotográfico de Infrações ao Semáforo (Refis) nos cruzamentos da Cidade.

São os populares "caetanos", que, além de proporcionar maior segurança na transposição de veículos por vias importantes, garantem confiança maior ao pedestre no momento da travessia.

De tecnologia relativamente simples, o equipamento registra quando um veículo avança o estágio vermelho do semáforo.

Em julho deste ano, quando a CET deu início à ampliação do número de aparelhos, existiam 60 Refis em São Paulo.

Obedecendo aos critérios ditados pela área técnica da empresa sobre os locais de maior necessidade de fiscalização, as vias de maior risco de acidentes, além do tipo de usuário, comportamentos e horários, a CET mantém média de instalação de oito novos "caetanos" por mês.

Hoje já são 84 Refis em funcionamento na Cidade, mas está prevista a instalação de mais 40 aparelhos até o término desta fase de ampliação em março, quando o número terá dobrado.

Para o presidente da CET, "a população deve se convencer de que o desrespeito à lei significa colocar vidas em risco". Por isso, a fiscalização procura diminuir a sensação de impunidade, que, segundo ele, "é um dos principais desafios na gestão da segurança no trânsito, porque a impunidade gera o desrespeito à lei, que gera o acidente, muitas vezes fatal".

Fica demonstrada que uma fiscalização competente e responsável se torna cada vez mais necessária. Neste ponto entram os Refis. Em 2005, a CET aplicou 142.620 multas por passagem em semáforo vermelho; e em 2006 foram 157.461 multas por esse tipo de infração.

No entanto, apenas a existência do aparelho já é capaz de fazer despencar os índices de desobediência ao semáforo, o que em si determina um trânsito mais seguro para o local.

Pioneirismo

A Cidade de São Paulo é pioneira no País a desenvolver os "caetanos". Os equipamentos que detectam e fotografam, automaticamente, as infrações ao sinal vermelho começaram a operar na Capital em agosto de 1995.

Os EUA e a Europa já utilizavam a tecnologia. Porém, o elevado preço dos equipamentos no mercado internacional levou a CET a desenvolver seu próprio sistema a um baixo custo.

A CET projetou e construiu um equipamento de concepção simples, com o reaproveitamento de materiais retirados das vias.

Placas de sinalização, caixas de controladores obsoletos e grupos focais desativados transformaram-se em painéis, gabinetes de controle e de máquinas fotográficas.

Na época, a CET decidiu apelidar os Refis de "caetanos" em homenagem ao cantor Caetano Veloso, que em diversas ocasiões criticou publicamente o comportamento de motoristas infratores.

Em agosto de 1995, foram instalados 14 "caetanos" na Cidade, numa distância aproximada de 15 metros da faixa de retenção ou do cruzamento.

O primeiro equipamento foi instalado nas avenidas Rio Branco com Duque de Caxias. No mesmo ano, o cruzamento tornado famoso por Caetano - das avenidas Ipiranga e São João - também recebeu o equipamento.

Pesquisa realizada pela CET em 1999 revelou que o índice de desobediência em 12 cruzamentos semaforizados dotados com o equipamento era de 4%, três vezes menor que nos locais que não possuem esse tipo de fiscalização, onde a média foi 12%.

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