Secretaria Especial de Comunicação

Quinta-feira, 25 de Outubro de 2007 | Horário: 11:15
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Prefeito vistoria obras de urbanização da favela Nova Jaguaré

A prefeitura faz intervenções para eliminar áreas de risco e constrói unidades habitacionais para quatro mil famílias na favela Nova Jaguaré, na Zona Leste, e o prefeito vistoriou nesta quarta-feira (25/10) essas obras.
ATUALIZADA ÀS 16H20 - A situação de risco de famílias que habitam barracos erguidos nas encostas e mesmo em casas de alvenaria construídas no alto do morro da região do Jaguaré (Zona Oeste), está sendo solucionada pela Prefeitura. O prefeito de São Paulo inspecionou nesta quinta-feira (25/10) as obras de urbanização da Favela Nova Jaguaré. Já foram executados quatro mil metros quadrados de contenção de encostas. Houve remoção e atendimento de quase mil famílias. No mês de dezembro já deverão ser entregues algumas das primeiras 980 unidades habitacionais que estão sendo construídas no local. A área será revitalizada, com a implementação de sistema viário que beneficiará quatro mil famílias. O Morro do Sabão, como é popularmente chamado, é considerado uma das áreas de maior risco da cidade.

"No início da atual administração municipal eram mais de 100 mil famílias sujeitas a riscos, principalmente na época das chuvas. Agora, quase três anos depois, diminuímos em 30% o número de famílias expostas a essa situação", afirmou o prefeito. As obras na Favela Nova Jaguaré foram iniciadas em julho de 2006. Prevêem a remoção de moradias, canalizações, urbanização e construção de habitações populares. Das 980 casas populares que serão construídas pela Prefeitura, 405 estão com as obras em andamento. De 970 famílias removidas, 630 aguardam as moradias em imóveis alugados e as 340 restantes receberam verba de apoio habitacional.

De acordo com o secretário municipal de Habitação, além da regularização física das moradias, as famílias vão receber regularização fundiária, com a concessão de títulos de direito real de uso dos imóveis. Isso permite que os moradores possam promover melhorias nas casas, o que garante também o direito de obter financiamentos.

O projeto de urbanização da Favela Nova Jaguaré também prevê a reforma do Cingapura Nova Jaguaré, localizado ao lado. Além de pintura, a Prefeitura trocará telhas, calhas, rufos, janelas e abrigos para o gás. Vai recuperar áreas de lazer, fará revisão ou troca dos sistemas de pára-raio, condutores de água, instalação de gradil e adequação dos espaços para a prática de esportes.

Todo o projeto receberá investimentos no valor de 105 milhões de reais, com recursos provenientes da Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU) e da Prefeitura (15% do total). "É uma situação com a qual a cidade convivia há décadas. Iniciamos as obras para que fossem beneficiadas as famílias que viviam em risco maior. Nossa prioridade é fazer com que essas pessoas possam continuar morando nos mesmos locais", disse o prefeito.

As áreas visitadas por ele quase não dispõem de infra-estrutura. As ruas internas da favela, de terra, dificultam a circulação de pedestres, principalmente nos dias de chuva, quando ficam alagadas. Muitos barracos (alguns construídos em alvenaria) foram instalados sobre entulho e ficam expostos a riscos de deslizamentos nesta época do ano.

Com a urbanização, a área receberá sistema viário, drenagem de águas pluviais, ligação de água, esgoto e iluminação pública. O comércio passará a funcionar numa "ilha", abrigando todos os serviços já consolidados na área, inclusive aqueles pequenos estabelecimentos removidos para a execução das obras.

Obras contra enchentes

A Prefeitura já investiu 360 milhões de reais em serviços de limpeza e drenagem de córregos. Estão em andamento oito obras em córregos como o Tiquatira, Pirajussara, Moringuinho e Guaraú. A administração municipal também executou obras de canalização, limpeza, retificação e alargamento de córregos para facilitar a vazão das águas pluviais.

Foram realizados trabalhos de limpeza nos 17 piscinões da cidade, dos quais a Prefeitura retirou 413 mil toneladas de detritos. Em média, cada uma das 400 mil bocas-de-lobo existentes no Município passou por três ou quatro operações de limpeza. Também foram executados serviços de limpeza em 1,6 milhão de metros quadrados de galerias e ramais e 550km de córregos. A administração municipal realizou dois mil operações de cata-bagulho, que resultaram no recolhimento de 640 toneladas de entulho. Isso evita que esse material acabasse sendo jogado nas ruas, entupindo bueiros e obstruindo córregos.


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