Secretaria Especial de Comunicação
Prefeitura e Fórum Criminal fazem qualificação profissional para infratores de pequenos delitos
Idealizado pelos promotores do Fórum Criminal da Regional Santana, o projeto conta com parceria do Centro de Apoio ao Trabalhador (CAT) Santana, órgão da Secretaria Municipal do Trabalho, e do Telecentro Municipal, equipamento da Secretaria Municipal para Participação e Parceria.
Programa inédito da Prefeitura e do Fórum Criminal da Regional Santana teve início no último sábado, dia 15, no Telecentro Biblioteca Nuto Sant´Anna: o Projeto Nova Chance tem por objetivo oferecer qualificação profissional e oportunidades de recolocação para infratores de pequenos delitos.
Durante quatro sábados, os participantes terão aulas intensivas de Introdução à Informática, Digitação, Formatação de Currículo, Técnicas de Vendas, Motivação Pessoal, Português e Técnicas de Redação, com voluntários e monitores do Telecentro. A expectativa é que ao término do curso, com a qualificação profissional para acrescentar no currículo, a recolocação dessas pessoas no mercado de trabalho se torne mais fácil.
Idealizado pelos promotores do Fórum Criminal da Regional Santana, Mário Sérgio Sobrinho e José Roberto Rochel de Oliveira, o projeto conta com parceria do Centro de Apoio ao Trabalhador (CAT) Santana, órgão da Secretaria Municipal do Trabalho, e do Telecentro Municipal, equipamento da Secretaria Municipal para Participação e Parceria.
“Estamos numa região carente, com 2,3 milhões de habitantes. E percebemos que grande parte das pessoas que se envolvem em pequenos delitos não tem emprego. Não é justificativa para nada, mas constatamos que é um fato. Por isso esse projeto pioneiro de inclusão social ajudará na busca por uma ocupação. Vale salientar que o curso não os exime da pena”, explicou o promotor Oliveira.
Para o secretário municipal do Trabalho, não interessa o que os infratores fizeram no passado. “Já pagaram por isso. Infelizmente, essas pessoas ficam estigmatizadas e sofrem com preconceito. A idéia não é apenas dar qualificação profissional, aumentando as chances de conseguirem emprego, mas também resgatar a sua auto-estima”.
De acordo com a 2ª promotora criminal do Fórum de Santana, Cinthia Maria Gruber, em torno de 80% das pessoas atendidas nas audiências só têm o primeiro ciclo do ensino fundamental, poucos têm o ensino médio e um número ainda mais reduzido possuem o curso superior. Além da questão da escolaridade, as pessoas não possuem habilidades manuais desenvolvidas.
“Com o Projeto Nova Chance acreditamos que isso pode mudar. A questão criminal foi solucionada. Agora dependerá das pessoas o aproveitamento da oportunidade”, analisou Cinthia Gruber.
Resgatar a identidade, voltar a ser cidadão
Deixar a chance passar e ir embora é justamente o que não pretende fazer o ex-microempresário, separado, 40 anos, condenado a três anos de prestação de serviço em uma entidade assistencial, uma vez por semana, oito horas por dia. “Fiquei dois anos respondendo ao processo e com a prisão preventiva decretada. Fiquei sem identidade e sem poder fazer nada, era como se não existisse. Tenho sorte de ter uma família legal, o apoio dela foi fundamental”.
Para o ex-microempresário, o curso veio na hora certa. “Achei interessante a oportunidade de me atualizar e estar na sociedade como cidadão. Até agora eu só navegava na internet, mas no curso posso aprender mais. Além disso, não é um curso só de informática, tivemos palestra de motivação, de auto-estima, que falava sobre a autoconfiança”.
Segundo ele, “o curso é uma forma de desafogar o sistema prisional. Existem 400 mil processos para serem cumpridos. Isto tem que ser analisado pelo poder público. Senão cada vez mais vão construir presídios, até formarem cidades-presídio. E a lei poderia agir de outra forma, principalmente nos casos mais leves”.
Uma nova chance também é o que espera Alex (nome fictício), para quem o curso será. Quarenta anos, vivendo de “bicos” desde 1999, cumpriu pena de cinco anos e quatro meses em regime semi-aberto e vê no curso a oportunidade de recomeçar.
“Voltarei a estudar no próximo ano, vou continuar de onde parei, a 8ª série. Estou com vontade de aprender. Voltando a estudar terei mais chances de trabalho. Vou me reciclar. O curso é um diferencial para procurar trabalho. Vai ser meu primeiro passo”, disse ele.
Confiança no grupo de alunos foi o que sentiu o professor voluntário Haroldo Neves, que ministrou a palestra sobre motivação pessoal e iniciou o módulo de Técnicas de Vendas. “No começo eles estavam um pouco inibidos, mas depois começaram a participar da aula, a fazer perguntas. Diria que a participação foi de 100%, estou confiante no grupo. São pessoas realmente interessadas em mudar a vida”, afirmou Neves.
De acordo com a supervisora do Telecentro Biblioteca Nuto Sant’Anna, Helena Salvate, o objetivo é oferecer várias edições do curso. “Depois que a parte jurídica é feita, e muitas vezes até a assistencial, como o encaminhamento do infrator ao AAA ou ANON, ou outras entidades, como é que fica a reinserção social do indivíduo? É isso que vamos fazer aqui: auxiliá-los a se desenvolver, a acreditar que são capazes, a recuperar a cidadania e a dignidade”.
Durante quatro sábados, os participantes terão aulas intensivas de Introdução à Informática, Digitação, Formatação de Currículo, Técnicas de Vendas, Motivação Pessoal, Português e Técnicas de Redação, com voluntários e monitores do Telecentro. A expectativa é que ao término do curso, com a qualificação profissional para acrescentar no currículo, a recolocação dessas pessoas no mercado de trabalho se torne mais fácil.
Idealizado pelos promotores do Fórum Criminal da Regional Santana, Mário Sérgio Sobrinho e José Roberto Rochel de Oliveira, o projeto conta com parceria do Centro de Apoio ao Trabalhador (CAT) Santana, órgão da Secretaria Municipal do Trabalho, e do Telecentro Municipal, equipamento da Secretaria Municipal para Participação e Parceria.
“Estamos numa região carente, com 2,3 milhões de habitantes. E percebemos que grande parte das pessoas que se envolvem em pequenos delitos não tem emprego. Não é justificativa para nada, mas constatamos que é um fato. Por isso esse projeto pioneiro de inclusão social ajudará na busca por uma ocupação. Vale salientar que o curso não os exime da pena”, explicou o promotor Oliveira.
Para o secretário municipal do Trabalho, não interessa o que os infratores fizeram no passado. “Já pagaram por isso. Infelizmente, essas pessoas ficam estigmatizadas e sofrem com preconceito. A idéia não é apenas dar qualificação profissional, aumentando as chances de conseguirem emprego, mas também resgatar a sua auto-estima”.
De acordo com a 2ª promotora criminal do Fórum de Santana, Cinthia Maria Gruber, em torno de 80% das pessoas atendidas nas audiências só têm o primeiro ciclo do ensino fundamental, poucos têm o ensino médio e um número ainda mais reduzido possuem o curso superior. Além da questão da escolaridade, as pessoas não possuem habilidades manuais desenvolvidas.
“Com o Projeto Nova Chance acreditamos que isso pode mudar. A questão criminal foi solucionada. Agora dependerá das pessoas o aproveitamento da oportunidade”, analisou Cinthia Gruber.
Resgatar a identidade, voltar a ser cidadão
Deixar a chance passar e ir embora é justamente o que não pretende fazer o ex-microempresário, separado, 40 anos, condenado a três anos de prestação de serviço em uma entidade assistencial, uma vez por semana, oito horas por dia. “Fiquei dois anos respondendo ao processo e com a prisão preventiva decretada. Fiquei sem identidade e sem poder fazer nada, era como se não existisse. Tenho sorte de ter uma família legal, o apoio dela foi fundamental”.
Para o ex-microempresário, o curso veio na hora certa. “Achei interessante a oportunidade de me atualizar e estar na sociedade como cidadão. Até agora eu só navegava na internet, mas no curso posso aprender mais. Além disso, não é um curso só de informática, tivemos palestra de motivação, de auto-estima, que falava sobre a autoconfiança”.
Segundo ele, “o curso é uma forma de desafogar o sistema prisional. Existem 400 mil processos para serem cumpridos. Isto tem que ser analisado pelo poder público. Senão cada vez mais vão construir presídios, até formarem cidades-presídio. E a lei poderia agir de outra forma, principalmente nos casos mais leves”.
Uma nova chance também é o que espera Alex (nome fictício), para quem o curso será. Quarenta anos, vivendo de “bicos” desde 1999, cumpriu pena de cinco anos e quatro meses em regime semi-aberto e vê no curso a oportunidade de recomeçar.
“Voltarei a estudar no próximo ano, vou continuar de onde parei, a 8ª série. Estou com vontade de aprender. Voltando a estudar terei mais chances de trabalho. Vou me reciclar. O curso é um diferencial para procurar trabalho. Vai ser meu primeiro passo”, disse ele.
Confiança no grupo de alunos foi o que sentiu o professor voluntário Haroldo Neves, que ministrou a palestra sobre motivação pessoal e iniciou o módulo de Técnicas de Vendas. “No começo eles estavam um pouco inibidos, mas depois começaram a participar da aula, a fazer perguntas. Diria que a participação foi de 100%, estou confiante no grupo. São pessoas realmente interessadas em mudar a vida”, afirmou Neves.
De acordo com a supervisora do Telecentro Biblioteca Nuto Sant’Anna, Helena Salvate, o objetivo é oferecer várias edições do curso. “Depois que a parte jurídica é feita, e muitas vezes até a assistencial, como o encaminhamento do infrator ao AAA ou ANON, ou outras entidades, como é que fica a reinserção social do indivíduo? É isso que vamos fazer aqui: auxiliá-los a se desenvolver, a acreditar que são capazes, a recuperar a cidadania e a dignidade”.
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