Secretaria Especial de Comunicação

Quinta-feira, 24 de Agosto de 2006 | Horário: 17:38
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Convênio garante restauração da Vila Maria Zélia

O INSS vai liberar seis imóveis, que vão sediar projetos de revitalização da área e de desenvolvimento de atividades, através de parcerias entre as secretarias do Trabalho e da Cultura.
Depois de quase dois anos de negociação, a Prefeitura de São Paulo conseguiu a liberação dos imóveis da Vila Maria Zélia, que retrata um pedacinho do início da industrialização na cidade de São Paulo. O prefeito assina nesta sexta-feira (25/08), a partir das 9h, convênio com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que vai liberar seis imóveis da vila para implementação de projeto de revitalização da área e desenvolvimento de atividades.

O projeto da Prefeitura de revitalização da Vila Maria Zélia inclui a restauração dos imóveis degradados e a instalação de Centros de Capacitação Profissional em Reforma e Restauro e outro de Memória do Trabalho. O projeto será desenvolvido por intermédio de parceria entre as secretarias municipais do Trabalho e da Cultura.

Durante anos os prédios históricos ficaram abandonados e os moradores impossibilitados de recuperar as construções. Com a liberação, a Vila Maria Zélia será transformada em centro de capacitação profissional, onde os alunos poderão também auxiliar no restauro de vários imóveis, unindo teoria e prática.

Importância histórica

Idealizada e financiada por Jorge Street, jovem dono da indústria de Tecelagem da Juta, a Vila Maria Zélia foi construída no início do século XX para abrigar as famílias dos 2.100 operários que trabalhavam na empresa. Na época, foi um empreendimento que mudou a vida de toda a região e até hoje mantém um inestimável valor histórico para a cidade de São Paulo.

Projetada pelo arquiteto francês Pedaurrieux, com base nas cidades européias do início do século XX, a infra-estrutura da vila proporcionava moradia, educação e lazer para os moradores. Street batizou a vila de Maria Zélia por causa de uma das filhas dele. A antiga fábrica de tecidos chegou a funcionar, no período da ditadura, como presídio político por onde passaram diversos comunistas, aliancistas e simpatizantes.

Com o passar do tempo, o empresário endividou-se com o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Algumas construções e parte do terreno que pertenciam à Vila foram tomadas como parte do pagamento da dívida.

Serviço

Horário: 25/08, às 9h
Endereço: Rua Cachoeira com Praça Doutor Street - Belém, na Zona Leste

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