Secretaria Especial de Comunicação

Sexta-feira, 25 de Agosto de 2006 | Horário: 14:59
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Prefeitura vai administrar oficialmente o Parque do Povo por 20 anos

Com a posse, ficará mais fácil para a Prefeitura acelerar a transformação do Parque do Povo em um dos principais espaços de convivência da capital, onde a população possa realizar atividades esportivas e de lazer gratuitamente.
Após vários meses de negociação, a Prefeitura de São Paulo recebeu oficialmente nesta quinta-feira (24/08) a cessão do Parque do Povo, um terreno de 111 mil m² que passará a ser administrado pela Prefeitura por 20 anos, renováveis por mais 20 anos.

Situado no Itaim Bibi, uma das áreas mais nobres de São Paulo, o parque pertencia à Caixa Econômica Federal e ao Ministério da Previdência, que não o utilizavam e por isso tinha sofrido diversas ocupações. Desde 1985, o local vinha sendo explorado comercialmente por um circo, um teatro e alguns clubes que cobravam pelo uso dos campos de futebol, além de manterem bares, casas de shows e estacionamentos no parque. A vegetação foi alvo de degradação, com a retirada de dezenas de árvores.

“A partir deste momento, o Parque do Povo volta definitivamente para o povo da cidade de São Paulo”, disse o prefeito, durante a assinatura do termo de concessão de direitos de superfície do Parque do Povo à Prefeitura. O documento também foi assinado pelos ministros Márcio Fortes (Cidades) e Nelson Machado (Previdência) e pela presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho. “Esta é uma demonstração de que os poderes públicos funcionam, se entendem e geram um desenvolvimento que corresponde às aspirações da população”, completou o prefeito.

Com a posse, ficará mais fácil para a Prefeitura continuar e acelerar o processo de transformação do Parque do Povo em um dos principais espaços de convivência da capital, onde a população possa realizar atividades esportivas e de lazer gratuitamente. O local deverá contar ainda com playground e pistas para corridas, caminhadas e bicicletas. Uma ponte deverá ligar a estação da CPTM ao parque. “Nós estamos preparando toda a área do parque para a implantação do projeto, com a demolição de todas as construções ilegais que havia nesta área”, explicou o secretário de Coordenação das Subprefeituras.

Sobre o parque

O Parque do Povo tem mais de 111 mil m². Desde 1985, 11 clubes, apropriando-se ilegalmente do espaço, passaram a explorar comercialmente bares e estacionamento e a cobrar da população pelo uso dos campos de futebol. Em 1995, o parque foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo). Em 1996, um acordo passou à Prefeitura o direito de administrar o local para transformá-lo num parque, mas as gestões anteriores pouco ou nada fizeram para que o acordo saísse do papel, e os clubes continuaram a usufruir o espaço público em proveito próprio.

Em janeiro de 2006, após uma série de ações na região, a Prefeitura conseguiu interditar todas as atividades comerciais que eram desenvolvidas no parque. Na seqüência, foram derrubados os muros, as cercas e os alambrados que dividem a área interna do Parque do Povo, durante a operação chamada de “Abre-Alas”. Esse foi o primeiro passo para iniciar o processo de devolução do espaço público à sociedade.

Em fevereiro, o “Abraço no Parque” reuniu a população para o plantio de 75 mudas de árvores, entre paineiras e ipês brancos, roxos e amarelos. O evento marcou o início da rearborização do parque, que teve dezenas de árvores arrancadas e mortas durante as últimas décadas - o que caracterizou crime ambiental. Atualmente, em todas as áreas onde não há pendências judiciais estão sendo removidas as edificações. Os campos de futebol, por exemplo, estão sendo aterrados.

As 93 famílias que construíram barracos no parque foram cadastradas pela Secretaria de Habitação, com vistas à desocupação do local. Dos estabelecimentos comerciais, o único que fica no parque é o Teatro Vento Forte, que fechou parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e oferecerá atividades culturais para a população.

Por seu importante trabalho cultural e educacional, o circo-escola que por muitos anos funcionou no parque recebeu uma área temporária para continuar exercendo suas atividades na região da Subprefeitura do Butantã, até que encontre um lugar definitivo para funcionar.

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