Secretaria Especial de Comunicação

Segunda-feira, 23 de Outubro de 2006 | Horário: 17:55
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Prefeitura licita novo modelo de gestão para abastecimento de veículos

Com adoção do novo modelo para o abastecimento dos mais de 3.500 veículos da Prefeitura, a Secretaria de Gestão pretende obter economia de 24% no gasto anual de R$ 17 milhões com combustível - isto é, R$ 4 milhões.
Terminará na sexta-feira (27/10) a consulta pública à minuta do edital para contratação de empresa especializada em gerenciamento de abastecimento de frota de veículos, para fornecimento de combustíveis, que a Secretaria Municipal de Gestão colocou no portal da Prefeitura de São Paulo na internet.

Com adoção do novo modelo para o abastecimento dos mais de 3.500 veículos da Prefeitura, a secretaria resolverá duas importantes questões gerenciais: logística e controle. Ao resolvê-las, pretende obter economia de 24% no gasto anual de R$ 17 milhões - isto é, R$ 4 milhões.

Questões do modelo atual

Hoje, a Prefeitura de São Paulo compra combustível a granel (por ata de registro de preços) e o distribui através de postos de abastecimento próprios. O primeiro problema do modelo atual é, além da localização dos 44 postos de abastecimento hoje em funcionamento, o fato de que muitos se encontram sem condições de uso ou estão instalados em locais não adequados, o que vem forçando a redução da rede ao longo do tempo.

Por isso mesmo, os veículos vêm sendo obrigados a percorrer grandes distâncias para se abastecer. Isso significa dizer que parte do combustível é gasto nas idas e vindas para abastecimento, um importante desperdício que tem de ser evitado.

Mais grave ainda é o tempo perdido na operação de abastecimento – item muito relevante nos casos de veículos de pronto atendimento, como é o caso das ambulâncias.

A segunda questão existente no modelo atual se refere ao controle do abastecimento, que tem sistemática rudimentar e altamente suscetível a falhas, não possibilitando a tomada de decisões gerenciais sobre a frota de forma rápida e adequada.

TI a serviço da boa gestão

O novo modelo proposto se baseia no uso de Tecnologia da Informação (TI). A empresa vencedora da licitação deverá ser, antes de mais nada, uma empresa de alta tecnologia, que dispõe de rede de postos de abastecimento, nos quais tem instaladas máquinas semelhantes às usadas pelos consumidores comuns para pagamento com cartões de crédito/débito pelo abastecimento.

Também fornecerá aos motoristas de cada veículo da frota de cada órgão um cartão magnético idêntico aos cartões de débito de banco que será utilizado com uso de uma senha individual e secreta. O motorista, ao abastecer, terá esse procedimento gravado em um sistema de acesso pela internet.

O gestor de cada órgão saberá instantaneamente quem abasteceu, quanto pagou e quando foi feita a reposição do combustível. Poderá ainda criar regras, como por exemplo: tal carro pode abastecer somente 20 litros a cada dois dias; ou ainda, se o motorista tentar abastecer seu carro com mais do que o previsto, o cartão será bloqueado. Ou seja, o gestor poderá adotar a regra que quiser.

Os registros que serão obtidos permitirão a identificação da movimentação de toda a frota da Prefeitura, por veículo e motorista, possibilitando ainda a comparação de consumo e a definição das atividades da frota, através do trajeto costumeiro de cada veículo.

O modelo a ser adotado permite a fixação do preço máximo a ser pago por litro de combustível, preço máximo que será a média dos preços praticados em cada região da cidade. Isso impedirá a utilização de postos que pratiquem preços acima da média.

A empresa vencedora da licitação pagará o gasto de cada órgão, acrescido de sua taxa de administração por litro, e cobrará a fatura da Secretaria Municipal de Gestão, que também administrará a ata de registro de preços, que fixará a taxa de administração.

Com a realização de uma única licitação para a escolha da empresa e fixação da taxa de administração do gerenciamento do abastecimento dos mais de 3.500 veículos da Prefeitura, haverá importante ganho de escala, o que reduzirá o custo para a Prefeitura, além, é claro, de aumentar a eficiência do processo, passando dos 44 postos próprios para mais de 400.

Embora seja parecido ao já usado por empresas públicas e privadas, o método da Prefeitura é pioneiro na área governamental, em todo o país, e respeitará os diversos tipos de serviços da frota municipal: carros da administração e da Guarda Municipal; ambulâncias da Secretaria de Saúde; e tratores e outros veículos de grande porte, como os do Corpo de Bombeiros.

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