Secretaria Especial de Comunicação

Quinta-feira, 30 de Novembro de 2006 | Horário: 15:55
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Núcleo de Desenvolvimento Local da Casa Verde é o primeiro da cidade

Inicialmente, 53 empresas e entidades da região da Casa Verde trabalharão em conjunto com a subprefeitura, procurando identificar as principais necessidades locais e apontar melhorias. A região tem 2.152 indústrias e 6.516 lojas.
Criar programas que estimulem o desenvolvimento dos 96 distritos de São Paulo, para promover o desenvolvimento e estimular a geração de emprego e renda, além de proporcionar a melhoria da qualidade de vida das populações locais. Nesta quinta-feira (30/11), foi lançado o primeiro Núcleo de Desenvolvimento Local (NDL) da cidade. O pontapé inicial foi dado na área sob abrangência da Subprefeitura da Casa Verde, na Zona Norte de São Paulo. A idéia é estender o programa para as demais 30 subprefeituras da cidade.

Inicialmente, 53 empresas e entidades de bairro da região da Casa Verde (engloba os distritos da Casa Verde, Cachoeirinha e Limão) vão participar das atividades. Elas irão desenvolver trabalhos em conjunto com a subprefeitura, procurando identificar as principais necessidades locais e apontar as melhorias para solucionar os problemas. A região possui 2.152 indústrias e 6.516 lojas.

O prefeito participou da cerimônia de lançamento do Núcleo de Desenvolvimento Local da Casa Verde, realizada no auditório da empresa jornalística O Estado de S. Paulo. De acordo com o subprefeito da Casa Verde, a idéia é, a partir de agora, elaborar planos e estratégias de desenvolvimento para a região, independentemente de mudanças que por ventura ocorram no comando da cidade. “Infelizmente, existe a prática na vida política brasileira de, uma vez no poder, o novo governante negar o que o outro fez”, afirmou o subprefeito. "Isso tem que acabar".

O Núcleo de Desenvolvimento Local é baseado na conjugação de esforços entre poder público, iniciativa privada e organizações da sociedade. O prefeito ressaltou a necessidade de planejar o crescimento da cidade. “São Paulo cresceu desordenadamente nas últimas décadas e é por meio de grupos de trabalho como esse, em parceria com a sociedade civil e com os meios de comunicação, que nós poderemos, com um Plano Diretor adequado, planejar a cidade, fazendo com que ela tenha, daqui para frente, um crescimento mais compatível com as suas possibilidades e com a realidade existente”, declarou o prefeito.

Na região da Casa Verde vivem 400 mil habitantes. Segundo o subprefeito, a legislação de zoneamento precisa ser mais rigorosa para que o crescimento vertical não estrangule o bairro. “A infra-estrutura pode ficar comprometida, e isso prejudicaria a qualidade de vida da população”. Em relação ao bairro do Limão, o subprefeito afirmou: “Ele está numa região privilegiada, ao lado da Marginal Tietê e próximo dos aeroportos de Guarulhos e de Congonhas. Temos que incentivar as indústrias de alta tecnologia, para que usem os aeroportos para escoar produtos”.

Já a Vila Cachoeirinha tem problemas relacionados a invasões de terrenos, com risco iminente de deslizamentos. “Por isso os estudos não podem ficar limitados a apenas uma administração. São questões complexas, que precisam de continuidade ao longo de várias gestões”, considerou o subprefeito.

O presidente da Agência de Desenvolvimento da Cidade de São Paulo, Clóvis Carvalho, ressaltou que o diálogo estabelecido entre a Prefeitura e a iniciativa privada vai ajudar a eliminar obstáculos e estimular o desenvolvimento de negócios que contribuam para a criação de empregos e renda nas diferentes regiões do município. “Existe a possibilidade dos Núcleos se expandirem para as demais subprefeituras de São Paulo. Para isso, é preciso haver a articulação dos subprefeitos com as empresas e entidades de cada região”, afirmou Carvalho.

Empresário estabelecido no Jardim São Bento, na Zona Norte, Laércio Consentino ressaltou que, no mundo moderno, cada vez mais as empresas interagem com o comando da administração pública, com o intuito de colaborar com o crescimento sustentado dos bairros nos quais se encontram. “Hoje em dia, os governos não têm capacidade de fazer todos os investimentos sozinhos. Se quisermos que a Zona Norte de São Paulo esteja melhor daqui há 10 anos, é preciso que, desde já, façamos um planejamento de médio e de longo prazo”.

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