Secretaria Especial de Comunicação
Palestrante espanhol fala sobre mudanças durante o Congresso de Educação
''Mudanças implicam riscos'', disse o professor Mariano Hernandez Enguita, catedrático de Sociologia na Universidade de Salamanca, durante sua palestra no IV Congresso Municipal de Educação.
O professor Mariano Hernandez Enguita, catedrático de Sociologia na Universidade de Salamanca (Espanha), aludiu hoje em sua palestra “A cidade e a escola numa era de transformação, informação e globalização”, aos recentes distúrbios ocorridos na França. Para ele, houve falha “na escola e nas cidades”.
Os processos de mudanças implicam riscos, lembrou. Ele participou da abertura do IV Congresso Municipal de Educação Contextos e Protagonistas, realizado pela Secretaria Municipal de Educação. O Congresso termina amanhã (18).
Enguita, cuja obra é dedicada em grande parte à Educação, foi fundador e diretor da revista “Política e Sociedade”. Também fundou e dirigiu a revista Educação e Sociedade. Como pesquisador, o professor tem se dedicado à investigação na área da Sociologia da Educação, das Organizações e da Cidadania. No Brasil, seu livro Educar em tempos incertos, publicado pela Artmed, tem sido tomado como referência por educadores interessados em refletir sobre os processos de transformação, pelos quais passam a educação e a escola brasileira.
Para ele, o que está em jogo não é o partido que está no governo, mas a sociedade, suas referências e seu sistema. Para Enguita, vivemos mudanças “difíceis de entender e que requerem análise”. Para o educador, vivemos numa sociedade de mudanças e a escola tem um papel fundamental neste momento já que enfrenta as mudanças das formas de convivência em sociedade. “O que o educador aprende hoje é só uma parte do que vai precisar em seu trabalho a vida toda”, observou. Neste sentido, disse, a escola precisa aprender a conviver com as famílias e com as cidades.
Enguita deu um histórico sobre os distúrbios na França, lembrando que eles começaram em Saint Denis, onde a miséria é grande e o parque industrial fortíssimo. “A política tem que acompanhar o desenvolvimento industrial e a escola joga um peso capital nesse processo”, observou.
Para ele, a educação não aceita receitas. “Os profissionais de Educação devem ter as condições objetivas para a mudança”. A escola hoje não é o centro, ela está na rede, ao lado da igreja, o clube, a ONG. “Tudo isso é escola, essa rede conjunta”.
Como projeto educativo, Enguita defende os projetos de trabalho em rede em cooperação com usuários. “É a escola como centro”, numa renúncia à escola como santuário e distante da comunidade. A escola tem de ser hoje um foco gerador de ação comunitária”, encerrou.
É a primeira vez que a Secretaria Municipal de Educação reúne importantes nomes internacionais que contribuem para a educação em um só evento. Além de Enguita, o público pode ouvir palestrantes de peso como o português Nuno Rebelo dos Santos, o mexicano Eduardo Almeida Acosta e Mwalimu Shujaa, dos EUA.
Sucesso
Antes da palestra do educador espanhol, a Sinfônica Heliópolis, do maestro Bacarelli, arrasou. Os meninos e meninas executaram músicas populares – teve até hino de clubes de futebol – o que balançou o auditório principal do Palácio das Convenções do Anhembi.
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Os processos de mudanças implicam riscos, lembrou. Ele participou da abertura do IV Congresso Municipal de Educação Contextos e Protagonistas, realizado pela Secretaria Municipal de Educação. O Congresso termina amanhã (18).
Enguita, cuja obra é dedicada em grande parte à Educação, foi fundador e diretor da revista “Política e Sociedade”. Também fundou e dirigiu a revista Educação e Sociedade. Como pesquisador, o professor tem se dedicado à investigação na área da Sociologia da Educação, das Organizações e da Cidadania. No Brasil, seu livro Educar em tempos incertos, publicado pela Artmed, tem sido tomado como referência por educadores interessados em refletir sobre os processos de transformação, pelos quais passam a educação e a escola brasileira.
Para ele, o que está em jogo não é o partido que está no governo, mas a sociedade, suas referências e seu sistema. Para Enguita, vivemos mudanças “difíceis de entender e que requerem análise”. Para o educador, vivemos numa sociedade de mudanças e a escola tem um papel fundamental neste momento já que enfrenta as mudanças das formas de convivência em sociedade. “O que o educador aprende hoje é só uma parte do que vai precisar em seu trabalho a vida toda”, observou. Neste sentido, disse, a escola precisa aprender a conviver com as famílias e com as cidades.
Enguita deu um histórico sobre os distúrbios na França, lembrando que eles começaram em Saint Denis, onde a miséria é grande e o parque industrial fortíssimo. “A política tem que acompanhar o desenvolvimento industrial e a escola joga um peso capital nesse processo”, observou.
Para ele, a educação não aceita receitas. “Os profissionais de Educação devem ter as condições objetivas para a mudança”. A escola hoje não é o centro, ela está na rede, ao lado da igreja, o clube, a ONG. “Tudo isso é escola, essa rede conjunta”.
Como projeto educativo, Enguita defende os projetos de trabalho em rede em cooperação com usuários. “É a escola como centro”, numa renúncia à escola como santuário e distante da comunidade. A escola tem de ser hoje um foco gerador de ação comunitária”, encerrou.
É a primeira vez que a Secretaria Municipal de Educação reúne importantes nomes internacionais que contribuem para a educação em um só evento. Além de Enguita, o público pode ouvir palestrantes de peso como o português Nuno Rebelo dos Santos, o mexicano Eduardo Almeida Acosta e Mwalimu Shujaa, dos EUA.
Sucesso
Antes da palestra do educador espanhol, a Sinfônica Heliópolis, do maestro Bacarelli, arrasou. Os meninos e meninas executaram músicas populares – teve até hino de clubes de futebol – o que balançou o auditório principal do Palácio das Convenções do Anhembi.
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