Prefeitura de São Paulo

O prefeito Fernando Haddad visitou nesta quinta-feira o canteiro de obras dos córregos Sumaré e Água Preta, que ficam sob as avenidas Sumaré e Pompéia (subprefeitura Lapa, Zona Oeste), respectivamente. As obras de ampliação das galerias, uma demanda histórica de moradores e comerciantes da região, aumentarão a capacidade máxima de vazão dos córregos. A estimativa é que os alagamentos na avenida Francisco Matarazzo sejam sanados em até um ano e meio.

“A obra já tem o recurso em caixa e pelas informações que eu tive, é uma obra de 30 meses, aproximadamente, mas em um ano, um ano e meio, você já tem um impacto importante na Francisco Matarazzo, pois a obra já terá chegado aqui”, afirmou o prefeito. “Nós poderemos ter, por exemplo, no verão de 2015/2016 essa virada e a região já não sofrerá problemas de alagamentos”.

A capacidade de vazão máxima do córrego Sumaré passará dos atuais 24 m³/segundo para 62,5 m³/seg. No córrego Água Preta, a capacidade será ampliada dos atuais 13 m³/seg para 62,5 m³/seg. A avaliação feita para determinar a cessão da galeria que lava a água desses córregos para o rio Tietê foi conforme o pico de chuvas dos últimos 100 anos.

“Estatisticamente falando, são mínimas (as chances de alagamentos). Você nunca pode prever a natureza, nunca pode desafiá-la. Mas o que está sendo levado em conta é o pico de chuva dos últimos 100 anos. Se não chover mais que isso, haverá espaço para vazão máxima e, portanto, teremos resolvido o problema dos alagamentos aqui”, afirmou Haddad.

Com as intervenções, a possibilidade de alagamentos na região das ruas Turiassu, praça Marrey Junior, e avenidas Pompéia e Sumaré também será bastante reduzida. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura (CGE), no último verão foram registradas 36 ocorrências de alagamento na região.

“Essa obra é uma demanda de duas décadas. Há 20 anos a turma daqui espera essa obra e o grande empecilho dela era a licença ambiental. Então a secretaria do Verde elaborou um plano de trabalho de compensações ambientais. Isso foi aprovado por todos os órgãos competentes de maneira que a ordem de serviço foi dada. Agora estamos por conta da construtora”, destacou o prefeito.

As intervenções somam um investimento aproximado de R$ 143 milhões, com recursos da Operação Urbana Água Branca. O prazo de execução é de 33 meses, contados a partir do último dia 25.

“Nós conseguimos que a obra fosse liberada, coisa que não conseguimos nas gestões anteriores. Não havia dinheiro e agora tem. Finalmente iremos fazer algo que lutávamos há mais de 18 anos”, afirmou Maria Antonieta, da Associação Amigos da Pompéia. Neste período inicial, está prevista a contratação de cerca de 100 operários.

As frentes iniciais de obra estarão localizadas na avenida Nicholas Böer, na rua Padre Antônio Tomás e na marginal Tietê.

Intervenções na cidade
Outros 79 pontos com recorrência de alagamento, distribuídos em 21 subprefeituras, estão passando por intervenções. Os locais receberão restauração de margens, sistemas de galerias de águas pluviais e pavimentação, somando um total de R$ 133 milhões. As obras começam neste mês e serão entregues entre dezembro deste ano e janeiro de 2014.

Somam-se a estas intervenções cerca de R$ 1,6 bilhão provenientes de recurso do Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), que servirão para custear nove conjuntos de obras na área de drenagem, com a construção de 18 reservatórios, entre eles, cinco com capacidade de 600 mil m³ e oito para amortecimento de cheias. Estão previstas ainda, canalizações dos córregos Paciência e Tremembé, na Zona Norte, Freitas, Capão Redondo, Uberaba, Paraguay, Éguas e Riacho do Ipiranga, na Zona Sul. A implantação de oito parques lineares também está dentro do pacote.

Semáforos
O sistema de semáforos da cidade, que sofre com constantes panes em dias chuvosos, também está passando por uma reestruturação. As intervenções foram iniciadas neste dia 1º. No total, serão revitalizados 4,8 mil cruzamentos semaforizados na cidade. Serão instalados de no-breaks e controladores para garantir garantem o funcionamento dos semáforos por duas horas quando há falta de energia, além de evitar problemas em decorrência de sobrecargas.

“Tem uma questão de zeladora que nós estamos cuidando. Nós decidimos enfrentar o primeiro problema que me parecia mais grave e que incomodava muita gente, que era o investimento na rede semafórica”, afirmou Haddad, que ressaltou: “Nós estamos a cada etapa do processo fazendo uma licitação. Tudo que está sucateado precisa ser substituído”.

Fotos
Créditos Luiz Guadagnoli / SECOM.

Foto 1 – Prefeito conhece radar de solo, que será utilizado na obra.

Foto 2 – Haddad verifica detalhes do projeto

Foto 3 – Haddad conversa com Maria Antonieta, da Associação Amigos da Pompéia.