Política sobre Drogas
Terapia sintónica é tema de palestra na SMDHC
Profissionais da saúde e familiares de dependentes químicos acompanharam nesta segunda-feira (25/06) a palestra do psicólogo e professor da Universidade do Porto, Carlos Fugas, responsável pela criação da terapia sintónica. O encontro foi promovido pela Coordenação de Políticas sobre Drogas da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e faz parte da programação do Dia Internacional de Combate às Drogas.
A terapia tem como objetivo diminuir o estresse interno, fazendo com que o consciente e o inconsciente estejam em equilíbrio. Para o Dr. Carlos Fugas, a dependência química pode estar relacionada a fatores psicológicos que marcaram o indivíduo. “O uso de drogas é a tentativa de acalmar o nervosismo e de preencher lacunas existentes. A procura por essas substâncias também ocorre, em alguns casos, para repor elementos que deixaram de ser produzidos pelo organismo por conta de episódios intensos”.
Para o especialista, a contração dos pensamentos pode ser primordial para agravar casos de problemas psicológicos. “Quando abafamos nosso mundo interno ficamos tensos, fator que motiva nosso cérebro a criar mecanismos de defesa, e a partir daí, sentimos a sensação de vazio”.
A técnica é utilizada na Europa para tratamento de transtornos mentais e foi elaborada nos anos 90, depois de experiências clínicas e da observação de indivíduos que moravam no bairro Casal Ventoso, em Lisboa, local que ficou conhecido pelo número de dependentes químicos.