Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania

Tekoa Krukutu: Guarani M´bya

Lideranças: Tranquilino – Krukutu, Luciana – Itakuaju Mirim, Beatriz – Itapé Mirim, Fábio/Danilo – Coordenador Cultural do CECI

Totalizando 14 aldeias no território, esta visita, que contou com lideranças de diversas aldeias, ocorreu no CECI Krukutu na T.I Tenondé Porã.

O acesso para Tekoa é pela estrada de terra, localizada na Barragem do Extremo Sul de São Paulo, sendo 65,2 km até o centro da cidade, totalizando 2 horas de carro para chegar ao território.

Apresentaram a demanda sobre a qualidade na alimentação que chega no CECI e no CEI, respeitando a alimentação do povo Guarani. Relatam que é necessário que a Organização da Sociedade Civil (OSC) respeite a forma como a comunidade produz seus alimentos e, para isso, faz-se necessário que eles sejam ouvidos pela SMDHC para pensar o planejamento alimentar.


Solicitaram também que recebem cestas com itens alimentares que estivessem de acordo com a alimentação Guarani. Neste sentido, articulam-se com a Secretaria Municipal de Educação sobre o funcionamento dos equipamentos educacionais e estudam a questão da alimentação.

A Coordenação de Povos Indígenas media o diálogo com a Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Nutricional Abastecimento e Agricultura (Sesana) no intuito de atender a solicitação de adequação da “cesta indígena”. Para pensar numa proposta que atenda a comunidade, uma nutricionista da Sesana esteve presente na visita.

A Tekoa Krukutu apresenta melhor infraestrutura, ainda assim, as dificuldades apresentadas não se diferem da realidade de outras aldeias da Tenondé Porã, tais como a manutenção da estrada, bem como falta de iluminação e segurança pública da mesma. Temem a invasão e intrusão no território.

A comunidade sugere que a alimentação escolar seja produzida dentro da Tekoa Krukutu, uma vez que haja um espaço que possa receber o Programa Cozinha Cidadã, atendendo assim as demais aldeias.

Ao longo dos anos, com a construção de uma  linha férrea pelo Rumo Logística (companhia ferroviária e de logística, pertencente ao Grupo Cosan) a comunidade experimentou danos ambientais para os quais pede reparação. Ainda que a empresa venha investindo em projetos na terra indígenas, segundo a Tranquilino (conselheiro titular de COMPISP, representante de sociedade civil da Krucutu), a compensação feita até agora deixa a desejar.

Este projeto em específico é de construção de um espaço para exposição e venda de artesanato, uma cozinha comunitária e um espaço para receber barcos próximo ao rio Guarapiranga. Aguardam ainda a ação de reparação de FURNAS no território, que está sendo discutidas em reuniões com representantes indígenas.