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Samba da Vela presente na 5ª edição do Festival de Direitos Humanos
A tradicional roda de samba criada em 2000, Samba da Vela, fez parte neste ano do Festival de Direitos Humanos. Na noite desta segunda-feira, a sede do grupo (a Casa da Cultura de Santo Amaro) ficou repleta de participantes que cantaram, cada um ao seu jeito e estilo, diversos sambas. Foi também uma noite de homenagem ao cantor e compositor Osvaldinho da Cuíca, um dos maiores nomes da história do samba brasileiro. A secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eloisa Arruda, e o coordenador de Educação em Direitos Humanos e Promoção do Direito à Cidade, Veguinaldo Rodrigues Filho, prestigiaram o evento.
Para José Marilton da Cruz, o Chapinha (e um dos fundadores), o Samba da Vela também está ligado às questões dos Direitos Humanos. Antes mesmo da música começar é realizada uma roda de conversa sempre abordando temas importantes, como os direitos do cidadão, respeito ao próximo, uso da cidade. “Não somos só o samba pelo samba, a música pela música; aqui é um espaço, acima de tudo, de formação de cidadania”, explicou o fundador.
O Samba da Vela
Todas as segundas-feiras uma mesa é colocada no meio da sala da Casa de Cultura. Sobre o móvel há uma vela, que é acesa e queima enquanto a roda de samba canta. Compositores e cantores ligados ao universo do samba são convidados para soltar a voz. Esse encontro, que vem sendo realizado há mais de 17 anos, atrai participantes de diversas regiões da cidade.
Segundo os sambistas que participam do grupo, a ideia da vela surgiu como uma forma de encerrar os saraus musicais de forma delicada. Entre as opções cogitadas estavam despertador, ampulheta e até um galo – mas optaram pela vela que, além do sentido simbólico, passou a ser também um cronômetro. O samba começa quando a vela acende, e os músicas cantam apenas e somente até o momento em que ela se apaga.