Descrição

Neste curso os participantes serão convidados a se tornarem pesquisadores de seus modos de atuar diante dos conflitos. Experimentaremos, juntos, colaborativa e reflexivamente, repertórios afins à Mediação, à Restaurativa e à Comunicação Não Violenta. A partir das experiências em conflitos dos participantes, teremos sempre por norte os pressupostos ético-políticos dessas práticas e seus desafios no contexto educacional.

Objetivo

Contribuir para a formação de pessoas na atuação em resolução de conflitos e cultura de paz.

Metodologia

Para a realização das aulas e para alcançar o objetivo geral desse plano de trabalho serão utilizados os seguintes métodos:

- Teórico-reflexivo-vivencial: combinação de aprendizado teórico, momentos reflexivos e práticas, de maneira a permitir um percurso de pesquisa, aprendizado e cuidado de si, corporificando outras formas de subjetivar-se diante dos conflitos;

- Exercícios de práticas de diálogo, mediação, restaurativa e comunicação não violenta;

- Teatro do oprimido: usar o teatro como ferramenta de trabalho político, social, ético e estético, contribuindo para a transformação social;

- Educação somática-existencial: campo teórico-prático que se interessa pelas relações entre o corpo, a consciência e o aprendizado;

- Repertórios do método cartográfico: remetendo à atitude pesquisadora que se aproxima e flui com o seu campo de pesquisa de forma a acordar sua sensibilidade para os relevos, rugosidades, texturas, diferenças de velocidade e densidades; percebendo relações inusitadas, permitindo fluxo livre por rotas impensadas, criando novas relações e modo de se relacionar com territórios existenciais e permitindo habitar outras subjetividades.

Conteúdo programático

Assuntos abordados:

• ética do cuidado de si;
• modos de subjetivação;
• subjetivação e assujeitamento;
• potência e ressentimento;
• conflito, violência e cultura de paz na escola;
• desconstruir: patologização / criminalização / discriminações veladas;
• família e escola;
• sensação de segurança;
• processo de mudança no coletivo / relações de poder;
• princípios de trabalho: autonomia, imparcialidade?, corresponsabilidade, sigilo, empoderamento?, fazer comum;
• mapeamento do conflito;
• cuidados para abrir espaços de diálogo;
• perguntas que fazem diferença;
• estratégias e necessidades / pedidos e exigências;
• processo de conversa na mediação;
• processo de conversa nas práticas restaurativas;
• processo de conversa na comunicação não violenta.