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Entre os dias 02 e 25 de maio de 2024, a UMAPAZ sediou as exposições de Alberto Duvivier Tembo e Theo Sciotti. Artista das antigas, Alberto propõe três instalações, resultado de aspectos subjetivos que o movem, como o seu repúdio à crueldade animal e a sua pesquisa com materiais orgânicos e pigmentos naturais. Com A-MOR-TE-CE, a polêmica está instaurada: de pronto surgiram diversas críticas ao teor das obras, até com pedidos de remoção das artes, em meio a diversos elogios pela criatividade, proposta e pelo talento do artista.

Bem ou mal, como explica a curadora da exposição, Helena Quintana Minchin, a arte está ali cumprindo perfeitamente a sua função. Não é sobre estética ou convergência, necessariamente, mas sobre diálogo, inspiração e reflexão. Inovações artísticas refletem o mundo contemporâneo e as problemáticas existentes, que pairam sobre a vida de todos. Se a arte lhe agrada ou incomoda, isso diz muito mais a respeito da sua própria subjetividade do que daquela do artista que a criou. Aí que moram as facetas da arte.

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Já Theo Sciotti, de apenas 17 anos, expõe uma série de montagens mesclando fotografias e pinturas digitais. As imagens são registros da região metropolitana de São Paulo transformadas em obras de arte com desenhos de animais personificados, majoritariamente urbanos. A curadoria de Bichurbanos foi montada com o auxílio de seu tio, José Augusto Sciotti. Um pouco menos controversa, contudo igualmente ousada, as obras de Theo despertam apreço pela pegada artística digital.

O equilíbrio entre as interfaces (digital e analógica) é totalmente presente na exposição de Sciotti, ainda que no dia a dia o artista prefira se ater ao digital/virtual. O seu instagram é @sciottist, no qual podem ser admirados e curtidos outros desenhos do artista, mas não as montagens que estão na UMAPAZ. A exposição é uma oportunidade de mão dupla, tanto para o público conhecer a proposta do artista fora da internet e das telas, quanto para Theo mostrar o seu trabalho para um público totalmente diferente daquele que poderia acessá-lo pelas redes sociais.

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Ambas ficaram dispostas no saguão de entrada da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, acesso pelo Portão 7A do Parque Ibirapuera, abertas ao público de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h. No último dia de exposição, excepcionalmente um sábado, dia 25 de maio, um Sarau foi programado para proporcionar uma visita guiada com os curadores e os artistas, seguida de uma conversa e depois da desmontagem conjunta da exposição. A desmontagem coletiva não é uma atividade comum, mas é interessante para chamar atenção para a importância do cuidado e o processo de preservação das obras.