Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
A programação por trás da irrigação
A Divisão de Difusão e Projetos de Educação Ambiental – DDPEA da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz - UMAPAZ ofereceu o curso de Automação de Irrigação, ministrado pelo professor Rainer Grassmann, que ensina o bê-á-bá da programação por trás dos sistemas de irrigação. Na última aula, os alunos encerraram o ciclo de aprendizados colocando à prova os testes de programação feitos no decorrer do curso com Arduino, hardware de prototipagem eletrônica.
Sabe aquela matéria de física elétrica do Ensino Médio que você achou que não usaria para nada? Pois bem, não são só eletricistas, físicos e engenheiros que adquirem este conhecimento para o seu dia a dia. Na turma de terça-feira, inclusive, havia donas de casa, professoras e aposentados, além das profissões mencionadas anteriormente. Entre conceitos de corrente elétrica e ferramentas como a válvula solenoide, o curso ensina como pensar e implantar um sistema de irrigação para hortas.
A alimentação elétrica do sistema deve ser pensada para entregar o maior benefício ao munícipe, auxiliando em seu jardim/horta, ou até mesmo ao pequeno agricultor. As fontes podem ser de corrente alternada (menor perda de energia e mais eficiência) ou de corrente contínua (mais estabilidade). Uma vez que a escolha é feita, basta organizar os cabos e fios para criar o fluxo desejado. Os próprios alunos realizaram a soldagem dos cabos em aula para ampliar o fio e permitir a conexão entre o Arduino (programado em um software no computador) e a água (que simula a fonte do sistema de irrigação real).
Os alunos conseguiram comandar o sistema para propulsar a corrente elétrica na água (que é o princípio básico da automação da irrigação) num determinado intervalo e período de tempo. A partir disso, é importante pensar na proteção do hardware sendo utilizado, que varia em graus de proteção IP (indicativo do grau de proteção). Os valores numéricos vão de 00 a 68 (IP00 e IP68), sendo que o primeiro número do grau diz respeito à proteção contra objetos sólidos e o segundo à proteção contra a água.
Ou seja, um hardware classificado em IP23 protege mais contra objetos sólidos do que um IP41, mas menos contra partículas de água. Então, o que vai importar mais depende da região em que se encontra a horta ou jardim e das necessidades de irrigação da(s) cultura(s).
Um exemplo didático de um sistema de irrigação hiper eficiente e sustentável para uma área pequena foi o Projeto Gotas, responsável pelas Hortas Mandalas, que têm no centro um reservatório de água com capacidade média de 30 mil litros e além de irrigar a plantação com a ajuda de uma bomba elétrica (como estudado em aula), serve para a criação de peixes.
Para completar o sucesso dos alunos com os pequenos sistemas criados em aula, o professor Rainer lembrou da possibilidade de modelagem e impressão 3D, matéria do curso de Desenho de Irrigação também. Finalmente, o encontro encerrou com o combinado de uma confraternização entre turmas e cursos na sexta-feira, dia 24/05/2024.