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Quarta-feira, 23 de Abril de 2025 | Horário: 08:55
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Capital faz mais de 7 mil exames em ação para pacientes com diabetes nas UBSs

Causada pela falta de controle da doença, neuropatia diabética periférica ou pé diabético afeta os nervos das extremidades do corpo, fazendo com que o indivíduo perca a sensibilidade

As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da rede municipal da capital realizaram 7.790 avaliações de pé diabético durante a ação “Caminhando com saúde – cuide dos pés”, na última quinta-feira (17). Em dois anos, a Prefeitura de São Paulo triplicou o número deste tipo de exame: se em 2022 foram realizados 14.025 exames, em 2024, esse número chegou a 41.896, e em 2025, de janeiro a março, foram 11.978 exames, número que cresceu com a iniciativa nas UBSs. 

A ação foi voltada à conscientização sobre a importância que pessoas com diabetes devem ter com os pés. O diabetes é uma doença crônica de alta incidência que acomete crianças, adolescentes, adultos e gestantes. A enfermidade faz com que o corpo humano não produza insulina (hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue) suficiente ou a quantidade produzida seja insuficiente. 

Entre as diversas consequências do diabetes não controlado está a neuropatia diabética periférica, o chamado “pé diabético”, complicação que afeta os nervos das extremidades corpo. Uma em cada quatro pessoas com diabetes pode desenvolver problemas nos pés, como úlceras e amputações, tornando a conscientização uma prioridade Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que faz busca ativa com as pessoas monitoradas pelo Programa de Automonitoramento Glicêmico (Pamg). 

O pé diabético surge quando a oscilação de glicemia provocada pela doença faz com que a sensibilidade dos pés – principalmente nas plantas – seja reduzida. O resultado desse processo de adormecimento é o aparecimento de machucados que se agravam e podem levar à amputação do membro. Entre outros aspectos, o exame do pé diabético avalia a sensibilidade dos pés, a circulação e outros fatores de risco, como alterações na estrutura óssea. O objetivo é identificar precocemente problemas que possam levar a úlceras, gangrena e amputação.

Entre os 7.790 pacientes avaliados na última quinta-feira (17), 1.257 tinham alterações de sensibilidade e 453 apresentavam lesões nos pés. 

No Brasil, mais de 282 mil cirurgias de amputação de membros inferiores (pernas ou pés) foram realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) de janeiro de 2012 a maio de 2023. Apenas em 2023, foram 31.190 cirurgias realizadas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

“É essencial que a pessoa com diabetes tenha atenção aos pés, pois podem ter perda de sensibilidade e desenvolver lesões que podem ser agravar, sem que percebam”, orienta o endocrinologista Carlos Guilherme Lyra Pereira, do Hospital do Servidor Público Municipal. 

Ele dá algumas orientações:


- evitar andar descalço, para estar menos sujeito a cortes, machucados e ferimentos nos pés;
- usar calçados confortáveis e, no caso de sandálias, é importante que não tenham tiras entre os dedos;
- hidratar os pés para evitar fissuras;
- enxugar bem entre os dedos e após banho, praia ou piscina;
- ao cortar as unhas, tomar cuidado para não se machucar, pois caso ocorra, o ferimento pode evoluir e infeccionar;
- habituar-se a realizar o autoexame, olhando diariamente dedos, calcanhar, peito e planta dos pés para verificar se há algum ferimento.

Prevenção e tratamento


Por se tratar de uma doença que não tem cura, o diagnóstico precoce do diabetes é importante e garante a qualidade de vida do paciente. Um simples exame de sangue, realizado pela rede municipal de saúde, é capaz de identificar os níveis glicêmicos de uma pessoa. Caso a análise confirme algum desequilíbrio, o médico pode solicitar novos exames e encaminhar o paciente para acompanhamento, que inclui uma equipe multidisciplinar.

Por meio do Programa de Automonitoramento Glicêmico (PAMG), nos últimos cinco anos a rede municipal da capital já ofereceu a mais de 142 mil pacientes diabéticos insulinodependentes insumos como tiras, lancetas e seringas, bem como canetas de aplicação de fácil manuseio, que hoje representam 70% da insulina distribuída aos pacientes.

As unidades da rede municipal de saúde podem ser consultadas por meio da página Busca Saúde.

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